Redirect By Betto Adami

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Quando você dorme


Quando você dorme consigo ver além de você.
Observo os seus olhos fechados e o seu rosto sem nenhuma expressão.
O corpo relaxado deixa os braços caídos.
Nenhuma defesa... nenhum gesto.
A respiração é suave e o sorriso se esconde.

Acho a cena perfeita!
Seu corpo deitado parece ainda mais bonito.
Chego a pensar que te perdoaria de qualquer erro naquele momento.

Fico observando sem que você perceba.
Se você se move, eu finjo dormir.
As vezes abre os olhos devagar, me vê e estica o braço para me tocar.
Como se quisesse se fazer presente... mas depois volta ao sono.

Tranço tramas imaginando os seus sonhos.
Gosto de brincar que posso soprar no seu ouvido uma ordem para sonhar comigo.
Chego perto e tento fazer isso, mas você dá um sorriso e muda de posição.

Me aproximo de novo para sussurrar e você me abraça.
Desisto... pode sonhar com o que quiser!
Deslizo da conchinha e volto a te olhar.
Inconscientemente você percebe e acorda...

Sorri e me pergunta o que estou olhando.
E eu respondo “você”!
Me dá mais um sorriso, toca o meu rosto e diz “eu te amo”.

Acaba toda a minha inquietação.
Transcendo, transbordo, transmuto...
E finalmente, durmo!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cinderela - Capítulo IV


Atendendo à pedidos, mais uma da Cinderela moderna!

Prezada Cinderela,

Não nos vemos há bastante tempo, mas acabaram de retwittar uma frase sua na minha timeline, então me deu uma certa saudade de você.
Como sabe, continuo vivendo aqui na Corte, estou casado e muito feliz, mas não posso negar que ainda lembro dos nossos momentos especiais e confesso até que gostaria de reviver alguns deles, obviamente estou falando do lado sexual da nossa relação.

Como disse anteriormente, estou muito feliz e o meu casamento é perfeito!
Viajamos muito, passeamos, nos divertimos bastante.
Reparei que você está mais bonita e, com perdão da palavra rasteira, mais gostosa.
O que anda fazendo?

Quero muito reencontrá-la! Tenho certeza que você vai gostar bastante.
Acho que podemos matar a vontade e relembrar o que fazíamos de melhor!
Não sei se já disse, mas estou casado e muito feliz, portanto não espere nada de mim, além do que você já sabe que vai receber.

Bom, aguardarei a sua carta me dando um retorno o mais breve possível.
Mandarei o Bôbo da Corte ir buscar a missiva na portaria do seu castelo, até amanhã antes das carruagens serem recolhidas.

Com as minhas sinceras recomendações!

..............................................................................................................


Prezado Príncipe,

Não sei o que andaram retwittando sobre mim, mas me sensibilizo com a sua comovente saudade.
Obviamente, tenho conhecimento que vossa alteza está casado e ainda vivendo neste reino, o que me surpreende é essa sua felicidade toda.
Vamos combinar que uma pessoa que está feliz com o casamento, não anda por aí querendo resgatar velhas histórias com antigas namoradas, concorda?
Quanto ao seu amor por ela, até acredito que seja verdadeiro, visto que de aparência ela é fraquíssima: se apresenta muito mal nos bailes da Corte, vive com o cabelo oleoso e usa roupas de gosto muito duvidoso.
Portanto, só posso acreditar que o seu amor seja verdadeiro e que enxerga apenas as qualidades internas da moça, pois do lado de fora não há muito o que admirar, não é mesmo?

Não tenho nenhum interesse em revê-lo, muito menos da forma que me propõe.
Sabe... o mundo dá voltas, a fila anda e os nossos padrões de exigência, melhoram muito.
Vossa Alteza, hoje em dia, está muito aquém do que desejo, ainda que só para me satisfazer na cama.

Bom, me perdoe se envolvi a sua preciosa esposa no meu relato e se me dirijo à ela de forma tão pejorativa.
Mas garanto que isso não é nada, perto do que Vossa Alteza me classificou ao fazer um tipo de proposta como esta.

Sem recomendações nenhuma!
Cindy

N.R: para os que começaram a acompanhar o blog agora, a cinderela tem mais três histórias: "Cinderela versão 2010", "Cinderela: o retorno" e "Mais uma da Cinderela moderna.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Saudade boa


Sim! Eu sei que nem todas as saudades são doces!
Mas não quero falar da saudade onde os poetas imortalizaram os seus amores impossíveis, não é da saudade de alguém que foi embora e nunca mais voltará, não é da saudade de alguém que não sente o mesmo e nunca vai perceber a sua...
É da saudade boa, leve e correspondida que me refiro.
Aquela que faz acordar sorrindo e pensando o quanto é bom sentí-la.
Saudade das lembranças, do beijo, do cheiro e dos desejos.
Saudade dos corpos juntos e dos abraços.
Saudade da voz e dos gestos.
Saudade de alguém que você sabe que vai encontrar de novo.
A espera é por vezes cruel!
Os ponteiros rastejam.
As horas riem despreocupadas.
O coração aperta e dispara.
O sabor do beijo já passou, o perfume já não está no seu corpo.
A imagem do rosto se confunde na memória.
E o sorriso se não fosse tão lindo, já teria sido apagado.
É hora de acabar com a distância!
O encontro é iminente!
Foi desejado, mas nem por isso planejado... vai acontecer.
Peito arfando, mãos tremulas, sorriso rasgado, ansiedade, tensão, alegria... chegou a hora de rever.
É bom olhar nos olhos, sentir o toque e se jogar sem medo nos braços desse alguém... sem se preocupar com o que vem depois, apenas vivendo cada minuto desse momento especial.

Sensação boa de estar um perto do outro...grudados como se não fosse permitido se afastar, uma obrigação criada apenas pela vontade de ficarem abraçados.

Agora sim... saudade aliviada!!!
Será?
E quando se separarem de novo, ela acaba?
Bom... se não acabar, tenha certeza que essa saudade não é boa... é ótima!!!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Amor X Amizade


Ele a conheceu em um dia comum, como tantos outros que já havia vivido.
Pelo seu relato, não sabe dizer se foi amor, atração, desejo ou pelo fato dela estar completamente molhada de chuva naquele momento, mas ele não conseguiu parar de olhá-la, nem esquecê-la.

Depois de uma primeira aproximação, tornaram-se amigos, além de colegas de faculdade.
Estavam sempre juntos.
Ela nem imaginava o que havia no coração dele e ele queria, simplesmente, se alojar no dela e nunca mais sair de lá.

Ela pensava, ele realizava.
Ela sorria, ele se aproximava.
Ela precisava, ele estava sempre junto... e continua assim!

Muito tempo depois, surge uma oportunidade de revelar para ela, o que ele já não suportava esconder.
Estavam em uma festa, beberam e ele aproveitou a situação para disparar em uma só frase o que sentia... e a beijou.

Para ele, o beijo foi o que faltava para confirmar e aumentar aquele sentimento que já não cabia no peito, foi como materializar o amor que tinha construído.
Para ela, nada!
Foi um beijo sem sentimentos que mais pareceu uma brincadeira entre amigos, em uma noite onde os dois acabariam a festa sozinhos.
A única coisa que a atormentava, era o que ele tinha revelado e como ficaria a amizade dos dois depois daquele dia.

Ele sabia que não teria o seu amor, ela achou que perderia o grande amigo!
Conversaram, se entenderam e a amizade continua... ele ainda sente a mesma paixão, ela ama imensamente, mas não do jeito que ele gostaria.
Nunca mais houve outro beijo.

Ele ainda é aquela pessoa que ela pode contar em todas as horas.
Ajuda, acalma, dá bronca, cuida e ouve de forma paciente quando ela precisa contar os seus problemas.
Ele namora outras mulheres, se diverte... mas sempre diz que o amor por ela não acabou e nunca vai acabar.
Não cobra nada, entende que no coração não temos ingerência e que ela não tem culpa de não ama-lo da mesma forma.

Ela pensa, pensa, pensa, pensa (ela pensa muito) e não entende porque nunca conseguiu se apaixonar pelo amigo.
Sabe o grande homem que ele é e de todos os seus valores e qualidades.
Já chegou a se sentir culpada e desejou que ele não a amasse.
Apesar de não conseguir conceber a possibilidade de tê-lo longe, já cogitou até se afastar.
Mas ele não quer... e nem ela!

Querem ficar juntos!
Continuar compartilhando uma amizade fortalecida em sentimentos tão distintos.
E contrariando todas as teorias, até agora esse amor híbrido tem dado muito certo!
Mas até quando?

domingo, 26 de setembro de 2010

Evoluindo



Antes eu queria falar de forma desmedida, hoje sei o valor do silêncio oportuno.

Antes eu achava que tudo precisava ser do meu jeito, hoje entendo que preciso aprender com as pessoas.

Antes eu criticava e abominava a paciência, hoje sei que ela é um dom.

Antes eu queria “agora”, hoje sei o quanto é importante que as coisas venham na hora certa.

Antes eu traçava todos os planos da minha vida como se fosse um roteiro, hoje entendo quem é O Redator da minha história.

Antes brigava por besteira e fazia tempestades, hoje sei o quanto é precioso o tempo que estamos ao lado de quem amamos.

Antes eu queria abraçar o mundo de uma única vez, hoje eu sei esperar e gosto de abraços intermitentes.

Antes eu queria provar todos os beijos, hoje quero apenas os especiais.

Antes eu acreditava em mentirinhas, hoje só a verdade me excita.

Antes eu aceitava uma noite qualquer, hoje quero uma que me faça feliz.

Antes eu não me importava em chorar, hoje não abaixo a cabeça para fazer isso.

Antes qualquer prazer me divertia, hoje só tenho tesão por quem me fascina.

Antes eu dava muitas chances, hoje poucas oportunidades.

Antes era fácil me enganar, hoje é difícil conquistar a minha confiança.

Antes a beleza era fundamental, hoje para me encantar só ela é muito pouco.

Antes só a minha felicidade importava, hoje percebo que sem compartilhar ela não tem o mesmo sabor.

Antes acreditava em críticas que me magoavam, hoje conheço todas as minhas qualidades e não permito que potencializem os meus defeitos.

Antes acreditava em príncipes encantados, hoje fico feliz em encontrar homens verdadeiros.

Antes eu amava intensamente, sem reservas e com entrega, hoje negligencio as dores e lágrimas passadas e continuo amando da mesma forma.

Antes, hoje, amanhã e sempre... só vale a pena amar se for assim!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sexta-feira


Alô você que está solteira e apostando todas as suas fichas no final de semana!
Sexta é o dia em que Nossa Senhora das Chamadas Telefônicas, é mais aclamada e recorrida.

Dizem até que o consumo de velas nesse dia, aumenta substancialmente.

O fato é que se você está solteira, certamente amanheceu já imaginado que em algum momento do dia, o seu celular receberia uma ligação ou SMS de algum paquera, lhe convidando para sair.
E que bom que na maioria dos casos, isso aconteceu!

Mas digamos que os seus pedidos não foram ouvidos pela santa, nessa sexta e então o seu dia não caminhou como você gostaria...
Qualquer ligação, você sai louca para atender achando que é algum convite e não é.

As mensagens que chegam, causam até um arrepio na coluna, tamanho o susto e expectativa... nada... é só a operadora avisando que você pode ganhar trocentos milhões se responder ao torpedo.

Entra no twitter e publica aquelas frases óbvias, do tipo:

E aí galera!? Sexta-feira e eu aqui super animada. “

Nenhum reply...
Tenta mais uma:

“Indo para o salão me produzir para arrasar hoje à noite..”

Nenhum reply masculino...
No máximo, as migas respondendo que você vai arrasar mesmo.

No MSN, o seu nick está como: É hoooooje!
E não sobe nenhuma janelinha perguntando o que você está programando e se aceitaria companhia.

A sexta está indo embora e você se pega sem nenhuma programação, pois ficou esperando o dia inteiro uma ligação dele....
Preste atenção, pois o sol já se foi, o dia logo acaba e você não deve ficar aí desanimada e esperando que a sua diversão venha através de um convite que não acontecerá.

Se você não quiser perder o fim de semana inteiro, se movimente!

Levanta, sacode a poeira, se agarra no vestidinho e na maquiagem e pega o caminho da balada.
Corra atrás dos sorrisos, olhares, corpos dançando, bebida para animar e certamente você não acabará no zero a zero.
Vá...curta a noite, aproveite e se permita.

Afinal, hoje é sexta e só espera quem é besta!!!



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Quando tem que ser...

Algumas pessoas precisam se encontrar!
Não importa a distância física, geográfica ou as condições normais de temperatura e pressão.
Pode ser que um esteja no Cazaquistão e o outro em Canoa Quebrada, que um seja geminiano e o outro canceriano, que você goste de uva e ele de abacate, que você queira vermelho e ele o preto, que você esteja fugindo e ele se encontrando... mas vocês irão se esbarrar.

Precisar se encontrar, não significa exatamente que esta pessoa vá fazer parte, definitivamente, da sua vida.
Ela pode passar um dia, uma semana, apenas um período, um ano ou até a vida inteira, mas o importante é que vocês se conheçam.
Existe uma troca de energia, sentimentos e aprendizado que vocês devem compartilhar.
É como se essa pessoa trouxesse mais um pedacinho que contribuísse para a sua construção...ou reconstrução.

O universo usa os seus aliados para que essa aproximação aconteça... e assim ele conclui o que já estava escrito.
Você pode receber uma ligação errada que acabou sendo certa, um e-mail de um desconhecido que se tornará muito próximo, um empurrãozinho de uma amiga que enxerga possibilidades entre vocês dois... enfim, em algum momento vocês estarão frente a frente.

É normal que ao conhecer essa pessoa, depois de um tempinho você se pegue olhando para ela e pensando como tudo aconteceu tão rápido e como ela chegou até você, mas no fundo você sabe que se veio, foi por algum propósito.

A sensibilidade para entender o motivo desses encontros, é que torna tudo mais precioso.
É importante perceber e sentir tudo o que esse alguém está trazendo e se doar da mesma forma.
Essa troca de carinho, aprendizado e momentos bons, serão o grande legado!

E não adiantou traçar caminhos tão distintos... vocês precisavam se encontrar.
Tinha que ser...
O tempo que vai durar não importa.
Pode ser por uma vida, um dia ou só enquanto durar a primavera!




“Todo universo pra gente se perder
Não foi suficiente... olha e vê!
Fez a minha órbita
Passar rente de você
E a tua gravidade me prender...”

(Lulu Santos)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cavalheirismo, por onde andas?


Hoje, pela manhã, fui à uma consulta médica e me deparei com a seguinte situação:

Cheguei meio atrasada e fui correndo pegar o elevador para subir, quando a porta já estava se fechando e um rapaz, vendo o meu desespero para conseguir entrar, sequer se deu ao trabalho de apertar o botão para segurar a porta.
Tudo bem! Enfiei o meu braço entre as portas, correndo o risco de perdê-lo e consegui entrar no elevador.

Éramos quatro no recinto e todos os andares acesos no painel, iam para depois do sétimo, que era o meu destino.
Enquanto estávamos subindo, o meu celular tocou e quando puxei da bolsa para atender, o ticket do estacionamento veio junto e caiu nos pés do troglodita que não segurou a porta para mim.

O papel estava praticamente, embaixo do sapato do moço e ele nem insinuou se abaixar para pegar.
Então eu que estava com a bolsa, o celular na orelha e na outra mão um livro para ler na sala de espera, tive que me abaixar aos pés dele... convenhamos que em uma posição até constrangedora, visto que estávamos um de frente para o outro, e pegar o ticket.

O “das cavernas”, aparentava uns 35 anos, estava bem vestido e tinha uma cara antipática.
Acreditem... esse rapaz conseguiu me tirar do sério!
A minha vontade era de dizer um monte de desaforos para ele, mas fui racional o suficiente para engolir tudo.

É óbvio que ele não tinha obrigação de fazer nada disso para mim, mas gentileza é uma virtude.
Que tipo de educação esse rapaz teve?
Não tenho medo de arriscar em dizer que ele deve ser um péssimo namorado.
Esse tipo de comportamento denota falta de educação, preguiça e arrogância.

Fico revoltada quando encontro homens assim.
Não acredito que aquele foi apenas “um momento” dele e que normalmente, deve ser um cara muito solícito e educado.
O cavalheirismo é involuntário... quase automático.
Nenhum homem força ou esquece de ser.

Não vamos ser radicais e “exigir” que nos dêem passagem, lugares para sentar ou que abram a porta do carro... isso aí já é um plus e são raros os que agem assim.
Mas o mínimo de educação não faz mal à ninguém, concordam rapazes?

A mulher tem lutado durante anos pela igualdade, sim... mas nunca pela falta de gentileza entre os sexos.
O homem há muito não tem mais o papel específico de provedor, mas protetor ele precisa ser sempre.
Se não for assim perde a graça, meninos!

Talvez alguém ache que me irritei com besteira ou me acusem de estar na TPM.
Não penso que foi à toa, achei o motivo muito contundente... e a minha reação também não foi hormonal.

Apenas confesso que cavalheirismo é bom e eu gosto!


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Eu prometo


Prometo não me apaixonar!
Prometo ficar quieta e quase sem respirar.
Prometo fingir que a sua pele não me causa nenhum arrepio.
Prometo te beijar com os olhos abertos e lembrando da escalação de algum time.
Prometo escapar do seu abraço e fazer de conta que não gosto dele.
Prometo mudar de lugar quando perceber que você se aproxima.
Prometo fechar os olhos para não encarar os seus.
Prometo apenas sorrir quando você perguntar o que estou pensando.
Prometo mudar de assunto quando você falar que gosta de mim.
Prometo que não vou me deixar seduzir pelo seu cheiro.
Prometo escapar das suas mãos na primeira oportunidade.
Prometo não pensar em você, quando estiver longe.
Prometo não gravar o número do seu celular na minha agenda.
Prometo não me concentrar no seu sorriso.
Prometo ir embora sempre que sentir vontade de ficar.
Prometo não perceber o quanto você é doce e carinhoso.
Prometo fechar os ouvidos para não escutar a sua voz perfeita.
Prometo lembrar que estamos só “de passagem”.
Prometo entender que não posso ter você quando tiver vontade.
Prometo saber separar sexo de amor, paixão de tesão e corpo de coração.
Prometo não misturar, nem trocar a ordem dos sentimentos.
Prometo não esperar nada, mesmo que queira tudo.
Prometo ser rasa e esconder todo o meu infinito.
Prometo sufocar o grito e apenas falar, educadamente, o seu nome.
Prometo esconder o riso quando souber que você vem.
Prometo disfarçar a tristeza quando você for.
Prometo saber quando parar.
Prometo não sentir...

Prometo aprender a cumprir promessas, pois nunca soube fazer isso.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Viu o que não queria


O texto de hoje seria outro, mas em edição extraordinária e para ajudar uma pessoa indecisa, mudamos o rumo da narrativa.


Imagine que você chega em um lugar e tem o infortúnio de encontrar a namorada de um amigo seu, beijando outro cara.
Nesse momento, você não está sendo o algoz da situação, mas tem vontade que o chão se abra, que role um tsunami ou que você consiga se disfarçar de árvore para não encarar a criatura.

Não se assuste! Isso é só uma crise de vergonha alheia.
Mas você não precisa se envergonhar de nada... se a moça não se preocupou em esconder o fato, porque motivo você precisa se sentir mal em ter visto?

O problema que você precisa enfrentar, é outro muito maior do que esse.
Conta ou não conta para o seu amigo?
Essa é aquela famosa situação de impasse que nunca estamos preparados para encarar.
Já diz o ditado que “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”.
Mas como não meter? Digo.... como não contar?

Como olhar para o seu amigo, saber que ele é um cara muito bacana, apaixonado pela garota e deixar que ele continue sendo enganado?
Na outra via: como agir se você contar, eles se perdoarem, retomarem o namoro com muito amor e achar que você é um X9 que só queria ver a separação do casal?

Quem nunca passou por isso, certamente, dirá: conta! Ele tem que saber!
Mas quem está vivendo esse tormento, sabe que não é muito fácil.
Além de correr o risco de passar por fofoqueiro, ainda ter que ver o sofrimento nos olhos de alguém que você gosta, é complicado!

O ideal seria que a própria garota contasse, evitando assim maiores constrangimentos.
Mas ao que parece, ela não quer terminar com o namorado...

E agora? Faz o quê?

Não está regulamentado!
É constitucional a sua livre escolha.
Cada um vai reagir do seu jeito... os mais nervosos vão contar ao amigo e ainda tentar dar uma lição de moral na moça. Os mais prudentes vão optar por esperar mais um tempo até que as coisas se acalmem e (quem sabe!) ela mesma conte.

Os que dariam tudo para não ter visto a cena e não sabem que atitude tomar, vem aqui no blog e pede ajuda aos universitários...ou melhor, aos comentaristas.
Espero que a opinião de vocês possa ajudar nesta difícil decisão.

E este foi mais um texto de utilidade pública!

domingo, 19 de setembro de 2010

Fogo e gasolina



A nossa pele queima ou só as nossas mãos sentem esse calor?

A nossa voz hipnotiza ou apenas os nossos ouvidos sucumbem?

Os nossos braços se prendem ou somos nós quem não conseguimos nos livrar?

As nossas bocas são capazes de roubar todas as palavras ou apenas nos calamos?

Quando nos tocamos disfarçamos ou o mundo percebe o desejo?

Os nossos corpos colados tremem ou é fruto da nossa imaginação?

A nossa atração é normal ou algo mesmo arrebatador?

O tempo em que esperamos é angustiante ou somos precipitados?

A vontade de começar tudo de novo demora para chegar ou é normal vir apressadamente depois de termos um ao outro?

É comum gostar do antes, do durante e do depois ou a nossa sintonia é perfeita?

Somos fáceis ou é difícil dizer “não”?

É natural acordamos sorrindo e com sede um do outro ou deveríamos dar prioridade ao despertador?

Todos os toques, mordidas, beijos, abraços e momentos são bons ou estamos nos iludindo?

Quando nos abraçamos o corpo inteiro responde ou é uma disfunção hormonal?

Não precisamos de respostas!
Nenhuma explicação será capaz de justificar ou mudar o que sentimos.



“Eu sou a veia e você é a agulha
Eu sou o gás e você é a fagulha
Eu sou o fogo e você é a gasolina
Eu sou a pólvora e você a mina.

O nosso jogo perigoso combina

Nós somos fogo
Nós somos fogo
Nós somos fogo e gasolina...”

(Roberta Sá)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Com ou sem barba?


Não há regra... nem preferência.
Alguns homens ficam bem com a barba cheia ... quando bem tratada, remete a um ar misterioso, de seriedade, maturidade e perfil intelectual.
Outros a conservam mais desleixada, dando uma impressão de bad boy, artista ou daqueles cafajestes que adoram fazer charme coçando o queixo.

Na outra metade, temos os bem barbeados.
Sempre com a pele macia e aspecto que acabou de sair do banho.
Mostra cuidado com a aparência, rosto saudável e o sorriso fica mais evidente.

A barba por fazer... não diria que é uma preferência entre as mulheres, pois muitas não gostam de serem arranhadas, mas posso dizer que é um dos estágios mais instigantes no quesito barba.
Me acompanhem...

Esse estágio é alcançado quando o homem passa um ou dois dias longe da lâmina.
Não caracteriza barba, mas o rosto já não está tão lisinho.
Você olha para ele e o imagina acordando em uma manhã de domingo, sem compromissos.
É como se ele estivesse da sua maneira mais natural, sem se preocupar com a aparência, sem obrigação de estar impecável.

Além dessa impressão visual, a barba por fazer causa efeitos devastadores em um pescoço feminino.
É muito bom! Que me desculpem as fofinhas que não gostam de ficar com a pele vermelha.
Se eu puder dar um conselho para elas, digo que arrisquem, é por um excelente motivo!

Mas há um segredinho interessante!
Mesmo quando eles estão barbeados, existe uma parte bem abaixo do queixo, que normalmente não fica muito lisa... pois é!

Meninos, esse queixo quando se aproxima do nosso pescoço é match point!
Satisfação garantida e retorno no investimento.
Vá por mim...
Mulher observa e adora esses detalhes.
O mais interessante é perceber que alguns homens nem sabem que possuem esse tipo de apelo sensual, menos óbvio.
As vezes quando a mulher toca no seu maxilar não tão barbeado, eles se surpreendem e se antecipam em dizer que "não teve tempo de fazer".
Bobinhos... a gente gosta!
Ah.. os homens!
Reclamamos, difamamos, amaldiçoamos... mas adoramos!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Nada não!



ELE: O que foi? Você está estranha, o que houve?
ELA: Nada não!

Esse é um diálogo comum entre casais.
Normalmente ele vem acompanhado de uma cara meio fechada e respostas lacônicas.
Ocorre que o “nada não” quando dito pela mulher, pode significar tudo, menos nada.
Eu explico!

As mulheres as vezes, só as vezes, gostam de complicar um pouco as coisas.
Nem digo que de propósito, mas inconscientemente tomam atitudes impensadas quando estão de birra, voltando à menina da infância que uma vez contrariada, fazia biquinho.

Quando a pergunta é respondida com o “nada não”, nesta expressão não há nada de superficial.
Se você for analisá-la a fundo, descobrirá motivos tardios ou recentes que transbordaram nessas simples palavrinhas.
Pode ter sido pelo fato de você ter preferido jogar futebol no fim de semana à ficar com ela, pode ser por conta do elogio que ela estava esperando e você não deu, pode ser por ter lembrado que no natal você não escreveu um cartão para ela (que delay horroroso!!!), pode ser que você nunca mais tenha dito “eu te amo”, pode ser que disse algumas palavras sem pensar e que a magoaram e pode ser que você tenha pisado na bola mesmo... afinal, vocês vivem fazendo isso!

Não me excluo dos comportamentos peculiares à maioria das mulheres, mas confesso que sou contra ao “nada não”.
Porque não contar? Preguiça de falar ou medo de desgastar a relação?
Não adianta querer omitir em palavras o que os gestos, olhares e falta de sorrisos vão deixar explícito.

Para não parecer “a melhorzinha”, confesso que passei um bom tempo dizendo “nada não”.
Dizia para evitar discussões, mesmo sabendo que eu tinha motivos sérios e não apenas capricho de menina mimada.
Engoli muitos sapos!

Mas eu cansei.
Viver às margens de alguém e dizendo “nada não” o tempo inteiro, não é o que queremos para nossas vidas.
E o bacana é descobrir isso, jogar pro alto o que não te faz bem e começar a falar sempre o que tiver vontade.
Não é simplesmente falar pelos cotovelos e sem limites, mas falar no momento certo, com propriedade e acima de tudo valorizando e respeitando as suas opiniões.

Não vale a pena camuflar as razões, sejam elas sérias ou bôbas.
Se forem sérias, é ainda mais necessário que sejam ditas e caso não sejam importantes, fale também e talvez vocês possam rir juntos do mal entendido ou melhorar pontos da relação.

Só não devemos calar.
O que sentimos é muito grande para ser resumido ao nada!
Nada, não... fale tudo.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dica de um homem


Ele diz que gosta dela, gosta muito!
Ela reclama que ele é fechado como uma ostra, frio, coração endurecido, não fala, não é carinhoso e que isso faz muita falta (elementar!).
Mas ainda assim, ela é apaixonada.

Os dois brigaram por conta dessa falta de coragem que o rapaz tem de expressar os sentimentos, então ele me liga contando e pedindo a minha opinião.
Meu nome não é Lexotan, nem Freud, mas tentei acalma-lo e mostrar o meu ponto de vista.

Como não sou psicóloga e estou longe de desejar ser, procurei um exemplo bem lúdico para mostrar onde o meu amigo estava errando.

Foi então que recorri às dicas de um homem chamado Gustavo.
Gustavo é o meu sobrinho de 2 anos e dono do maior número de ações do meu coração.
Como toda criança da sua idade, é sapeca e cheio de energia.
Mas, Gugu já apresenta sinais de que será um homem com personalidade forte e um comportamento muito carinhoso com as mulheres.

Ele me diz coisas do tipo:

Tia Lola (tia loura), vem aqui me dar um beijinho.
Tia Lolinha (tia lourinha) deita aqui no meu colo.
Tia Lola, tô com saudade.
Tia Lola, amo (eu te amo)

Vejam bem rapazes!
Se Gugu consegue dizer todas essas frases, mesmo ainda trocando várias letras e com o seu jeitinho de bebê, é claro que vocês também podem dizer isso para as suas mulheres!

Parem com esse conceito absurdamente ridículo de que não devem expressar o que sentem, para que as mulheres não fiquem “se achando”.
Isso não existe!
As mulheres não utilizam esse tipo de artifício para pisar nos homens ou para acharem que estão comandando a relação.

Se não há sentimento em jogo, é reservado o direito de vocês ficarem calados, obviamente... mas caso estejam apaixonados, digam!!!
Vai fazer bem falar e melhor ainda para quem vai ouvir.

Sejam carinhosos!
Ofereçam abraços, beijos e colo também (Gugu sabe das coisas!).
Derretam essa pedrinha de gelo que vocês teimam em jogar no coração, como se ele fosse um copo de whisky.
Dizer que ama e dar carinho, não é vergonha nenhuma.

Se depender de mim, Gustavo vai ser um verdadeiro gentleman com as mulheres.
E sei que ele vai ser um homem sem vergonha de amar.

Pois então, meninos!
Aprendam de uma vez por todas... o que vocês devem manter endurecido é outra coisa e não o coração.

N.R: só para evitar ruídos, informo que o texto não tem a intenção de generalizar...sim, existem homens carinhosos!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Lembre da nossa música


Se você tem uma música que faz lembrar a pessoa que gosta, não se sinta sozinho.
A grande maioria tem.

Quase nunca ela é escolhida de forma aleatória... tem um contexto.
Do contrário, todo mundo iria eleger uma música do seu cantor favorito e pronto.
Mas precisa ter um significado, um momento especial onde ela tenha marcado a sua memória, associando à imagem da pessoa.

Alguns escolhem a que estava tocando na hora do primeiro beijo (será que dá para lembrar?), a que rolava no instante em que os olhares se cruzaram, a que passava no rádio depois que você recebeu a primeira ligação ou até mesmo uma que toca em um fim de tarde sem graça e te faz lembrar essa pessoa especial.

Certo!
Também concordo que isso é mais comum nas mulheres, mas conheço homens que dão valor à esses detalhes.

Depois que você escolhe e adota a música como trilha, sempre que ela tocar, o seu coração vai dar pulinhos e a memória vai buscar quem você quer.
Vai lembrar dos momentos bons e a vontade de estar ao lado desse alguém, vai aumentar.

Por muito tempo ela terá as suas frases escritas nos torpedos, e-mails e bilhetinhos deixados em lugares escondidos.
Se conseguirem ir juntos ao show do cantor, certamente dirão que a música foi cantada especialmente para vocês.
E assim, esses detalhes vão transformando os relacionamentos em histórias especias.

Só tenha cuidado para não conhecer esse alguém em um pagodão de final de semana e passar a vida inteira lembrando dele quando ouvir:
eu sou o lobo mau, eu sou o lobo mau... vou te comer, vou te comer, vou te comeeer”.

Ou então em um desses forrós que antecedem as festas juninas.
Se no momento em que vocês forem dançar juntos, estiver tocando:
você não vale nada mais eu gosto de você, tudo o que eu queria era saber porquê”...

Fuja! A música já é um prenúncio do que te espera.




“...Se voltar desejos
Ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música
Música
Se lembrar dos tempos
Dos nossos momentos
Lembre da nossa música
Música...”

(Vanessa da Mata)


domingo, 12 de setembro de 2010

Mulher grudenta



Se tem uma coisa que é tão desgastante quanto homem cafajeste, é uma mulher grudenta.
Acho que na escala dos tipos de pessoas que nos relacionamos, essas duas condições são inversamente proporcionais, no nível “quero distância”.

Mas hoje não vou falar dos cafajestes, pelo contrário, o assunto será em defesa dos rapazes.
Difícil ter dó e piedade de mulheres que ficam correndo atrás de homens que já deram provas suficientes de que não querem mais nada com elas.

Ontem aconteceu uma situação que prova isso e resolvi trazer a pauta para vocês.

Estávamos em um barzinho e o celular de um amigo tocou.
Ele não só apertou para ignorar a chamada, como praguejou com a garota que ligava. E eu, que adoro me meter, nessas faltas de gentilezas, fui logo recriminando o coitado, dizendo que eles só querem "pegar" e depois não dão a devida atenção e bla, bla, bla... quando quero, sei ser chata!

Foi então que ele me contou que ficou com essa menina só duas vezes...até tentou continuar, mas achou meio chatinha.
Ligou para ela e disse que gostou de ficar, mas que não estava disposto a namorar naquele momento e era melhor não marcarem mais nada para evitar uma aproximação maior.


Pois muito bem! Atitude louvável!

Ocorre que a moça parece não ter escutado ou assimilado o que ele disse e desde então, continua ligando e enviando mensagens to-dos os di-as.
No sábado, ele me mostrou o celular e só de mensagens dela eram 6... todas insistindo para marcar algo à noite.
Já passavam das 22h quando ela ligou de novo, nesse momento em que eu estava perto e por isso ele agiu daquela forma.

Depois que o meu amigo convenceu à todos nós de que ele não estava sendo um sacana, mudamos o rumo da conversa e já não lembrávamos mais da garota, quando esse mesmo amigo resolveu tirar uma foto de todos nós e postar no twitter, informando que ele estava no barzinho tal, se divertindo em companhia de grandes amigos.

Mas minha gente, o twitter não é de Deus!
Assim que ele acabou de postar, recebeu várias ligações de outros amigos comentando a foto... e não foi só isso!
Pasmem!!!
A garota grudenta, que também é sua seguidora, apareceu lá no bar com uma amiga.

Eu não consigo conceber o que leva uma mulher a tamanha exposição ou até mesmo humilhação dessas.
Ela ultrapassou todos os limites e se na minha avaliação foi over, imagina o que o meu amigo não estava achando daquela situação.

Reza a boa educação que deveríamos convida-la a se juntar à nós na mesa e assim o fizemos, para desgosto e insatisfação da vítima em questão.
Ele ficou tão chateado que acabou saindo mais cedo e, óbvio, foi leva-la em casa.

Não acho que o comportamento dela possa ser atribuído à determinação, persistência ou que ela nunca desiste do que quer.
Só consigo enxergar deméritos nessa postura.
Todos nós estamos passíveis de nos apaixonarmos enlouquecidamente de uma hora para outra, mas exigir que a pessoa faça o mesmo por nós, é um pouco demais.
Não existe nada pior do que estar ao lado de alguém que não queremos estar, mas pelo jeito a auto estima da moça é tão poderosa que ela nem pensou nessa hipótese.

Homens gostam de mulheres que se valorizam, independente se a intenção é ficar, namorar ou casar.
Se o desejo dela era ficar com ele mais vezes, agiu da pior forma possível.

Ficar grudado só é bom em alguns momentos... na cama e em posição de conchinha, por exemplo.
Nas outras situações, não!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Agora não


Tentei fazer você ficar.
Lutei de forma nobre e incansável.
Chorei por noites intermináveis, quando tudo terminou.
Vivia esperando a sua volta.
Imaginei e ensaiei todas as frases que queria dizer.
Por muito tempo conservei o seu travesseiro ao meu lado, esperando ver novamente você dormindo.
Acordava todos os dias com a esperança de ouvir a sua voz me chamando.
Dormia triste por ter se passado mais um dia sem notícias suas.
Estremecia todas as vezes que alguém falava o seu nome.
Sofria por saber que não lhe associavam mais a mim.

Perdi as contas de quantas horas do meu dia eram destinadas a pensar em você.
Percebia que não havia muito sentido nas outras horas em que não pensava.
Morria um pouquinho a cada pensamento de ver alguém ao seu lado.
Renascia com o meu melhor sorriso ao mínimo contato feito por você.

Coloquei a prova todas as minhas qualidades e sentimentos.
Cheguei a pensar que nada em mim era suficientemente bom.
Notei que me boicotava e me enterrava em um poço escuro e de fundo falso.

Abri os olhos.
E mesmo não sendo fácil e rápido, esqueci você e me encontrei.
Descobri quem eu realmente era e só então enxerguei tudo o que você não era.
Me tornei melhor e mais forte.

E agora você vem...como se pudesse retomar de onde parou.
Diz que não devia ter me perdido e que descobriu que me ama.
Pergunta o motivo que me faz sorrir e quer saber se o meu coração está ocupado, se existe alguém.
Lembra o quanto eu me dediquei e fui apaixonada e supõe que tudo aquilo não pode ter acabado.

Mas acabou.
O seu tempo expirou e daquele sentimento, só resta nada.

E agora?
Agora não! Nem depois.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cruel sinceridade



Todos vocês sabem o quanto defendo aqui nesse espaço, a questão da sinceridade nos relacionamentos.
Acredito que esta é a base de tudo!
Sinceridade quanto aos sentimentos, opiniões, desejos, diferenças e principalmente, na dignidade de dizer que “não quer mais”, sem enrolações, subterfúgios ou até a atitude clássica do “sumir”, deixando a outra pessoa com cara de paisagem sem saber o real motivo...imaginando se a criatura ainda vai dar notícias, se está vivo ou se morreu.

Não entendo a dificuldade de alguns em dizer o que quer e colocar um ponto final nos seus envolvimentos. A grande maioria usa reticências... e assim, ficamos sem saber se a história continua ou terminou como uma crônica do Nelson Rodrigues...daquelas com um final meio sem sentido e mórbido.
Por essas e outras, levanto a bandeira da sinceridade sempre... mas ela não precisa ser cruel, pelo menos em se tratando de uma relação educada.

Semana passada, conversava com um amigo sobre vários assuntos e acabamos por falar sobre relacionamentos.
Ele me contou que estava saindo com uma mulher há um certo tempo, mas que em determinado momento “travou” e achou que não iria conseguir levar aquela relação a frente.
Ela percebeu que ele estava diferente e resolveu perguntar o motivo da involução e mudança repentina. Foi quando ele, sutil como um elefante, derrubou:

É que o seu corpo me incomoda um pouco... não gosto de mulher gorda!

(um minuto de silêncio para que vocês possam digerir)

Pronto! Agora que estamos recuperados, vamos às nossas costumeiras considerações.
Antes preciso explicar que ele disse ter ignorado ela estar 10kgs acima do peso, pelo fato da moça ser bacana, boa companhia e outras qualidades além de físicas. Mas não conseguiu sustentar por muito tempo.
Talvez por não ter se envolvido completamente e se apaixonado...talvez!

Expliquei para ele que existiam adjetivos menos ofensivos para dizer à ela, do tipo: vaca, cachorra, vadia, safada... qualquer um, menos gorda!
Nenhuma mulher está preparada para ouvir isso, mesmo as que estão às vias de uma obesidade mórbida.

Entendo que ele queria ser sincero, mas esse tipo de sinceridade pode ser guardada ou pelo menos maquiada com cores mais amenas, do contrário pode se transformar em ofensa.
Não acho que estar acima do peso seja um problema, desde que a pessoa se sinta feliz. Assim como entendo as preferências de cada um... por exemplo, eu não gosto de homem com bigode (tipo só o bigode sem a barba, sabe?), mas não vou dizer isso de qualquer jeito e deixar um rapaz sem graça.

O meu amigo não entrou em detalhes sobre a reação da moça, mas não notei nenhuma cicatriz no rosto dele, portanto ela não deve ter sido agressiva.
Em sua defesa, digo que ele ficou muito arrependido de ter dito isso e disse que jamais terá outro tipo de comportamento como este, que terá mais cuidado ao ser sincero.

Bom... não vamos deixar de defender a sinceridade por conta do citado episódio, mas vamos começar a pedir que os rapazes usem com moderação.



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Dia do sexo



Mesmo sendo publicitária, ainda me assusto com a extensão do calendário de datas promocionais.
Dia do beijo, dia do abraço, dia do homem, dia do orgasmo...e hoje, dia do sexo.

Não me lembro de ter comemorado em anos anteriores este dia, pelo simples fato de não saber que ele existia. Obviamente, algum “criativo” tratou de batizar o 6/9, como o dia do sexo.

O fato é que isso mexeu com a cabeça (sem duplo sentido) e libido de algumas pessoas.
Hoje o dia inteiro, no twitter e no facebook só se falava nisso.
Alguns super empolgados!

Então fiquei imaginando os prováveis tipos de comemoração...

Se você está acompanhado e no início do relacionamento: deve ter enviado sms para o parceiro com frases insinuantes e sensuais, vai comprar um vinho ou uma lingerie, vai encher a casa de velinhas aromáticas, um cd com músicas suaves tocando ao fundo e se empenhar bastante na hora da comemoração.

Se você está acompanhado e vivendo um relacionamento morno: passou o dia inteiro dizendo que essa data é só uma sacada publicitária, que o dia do sexo é todo dia, que está com dor de cabeça, que vai deixar para festejar no domingo, pois hoje o seu time joga ou então vai fazer uma comemoração “rapidinha” só para não passar batido.

Se você está solteiro: tudo pode acontecer, inclusive nada!!!

Não sou contra a exaltação ao dia do sexo, pelo contrário, acho que as coisas boas da vida, devem ser comemoradas.

Claro que ele é bom de qualquer jeito, mas na minha opinião, a homenagem especial vai para aqueles que apreciam e “sabem” fazer um sexo de qualidade.
Fazer, todo mundo faz... mas causar arrepios involuntários, despertar desejo quando mentalmente evocamos o que foi vivido, conseguir provocar tesão só com um olhar ou um abraço... isso sim, deve ser reconhecido como um bom desempenho.

Feliz dia do sexo... aquele que é bom e inesquecível!

domingo, 5 de setembro de 2010

Senta e espera, filha!

Ontem à noite, em uma conversa com amigos, acabei me surpreendendo com a revelação de uma das mulheres presentes no lugar onde estávamos.
Em um momento da noite, acredito que o teor alcoólico nem estava tão elevado, ela falou, em alto e bom som, a seguinte pérola:
Estou sozinha porque quero! Não aceito qualquer um. Estou em busca do homem perfeito!

A imagem acima, é uma simulação de como estará essa moça, daqui há alguns anos, esperando este homem.

Não vamos entrar no mérito de uma discussão aprofundada sobre pessoas perfeitas, pois sabemos que elas não existem... ou pelo menos, não há regras e receita de como ter um comportamento irretocável.
O que me assustou foi saber que alguém tenha este tipo de pensamento atrasado e náufrago.

Depois que ela falou, fiquei com vontade de perguntar qual era o perfil de um homem perfeito na sua concepção, mas entendi que entraria num papo surreal demais para um sábado a noite e acabei desistindo.
O engraçado foi ter percebido vários defeitos nela em um único contato, assim a exigência se tornou ainda mais infundada.

Devo confessar que em algum lugar do passado, também já tive aspirações de encontrar um “príncipe encantado e perfeitinho” dentro de padrões que eu estabelecia. Mas nessa época eu não conhecia nada sobre pessoas, relacionamentos e muito menos sobre homens.

Quando você começa a viver diferentes histórias de amor, conviver com personalidades e temperamentos diferentes, percebe que perfeição, é algo que você nunca encontrará nas pessoas, mesmo porque essa condição também não lhe pertence.

As experiências funcionam para algumas pessoas e a grande maioria consegue aprender com elas. Assim, o conceito de ter alguém ao lado, muda consideravelmente com o tempo.
Se você conseguiu aprender e crescer com os relacionamentos que já teve, saberá que o mais importante não é ter alguém perfeito, mas alguém que saiba entender e conviver com as suas imperfeições, além de admitir as próprias.

Não podemos exigir do outro o que nem mesmo temos para dar.
Relacionamento é troca, aprendizado, parceria, cumplicidade, conseguir rir juntos, de si mesmo e da vida, As diferenças são capazes de fortalecer e dar credibilidade ao amor.

Além de tudo isso, é preciso algo essencial para construir uma relação sólida: admiração! Podem até dizer o contrário, mas no meu entendimento, não dá para amar quem não se admira, esse é um combustível que não deixa o amor ficar morno.

E sem querer julgar ninguém e já fazendo isso... como admirar uma pessoa, que como qualquer outra, possui vários defeitos mas quer alguém perfeito?
Não dá... nem para admirar, nem para aceitar.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Preste atenção nos sinais

Siga.
O caminho está livre e a passagem para o coração aberta.
Tenha cuidado aonde pisa, mas entre sem medo e sem reservas.
Perceba todos os sentimentos e possibilidades que te esperam.
Se permita ser amado e seja prudente ao receber esse amor.
É um direito seu não aceitá-lo, mas caso o faça... retribua!
Se você chegou até aqui, algum mérito deve ter, pois essa passagem não é livre para qualquer um, o acesso é restrito.

Atenção.
Olhe para todos os lados.
Observe atentamente as suas escolhas e esteja seguro do que está fazendo.
A indecisão não é permitida aqui dentro e caracteriza ponto negativo.
Se está feliz, siga... se não está, desista!
Mas seja claro nas suas opções!
A trilha não está bloqueada, você pode recuar assim que quiser.
Mas não destrua a passagem.
Saia sem deixar marcas profundas.

Pare.
Proibido seguir adiante.
Os sinais foram claros e as tentativas de entendimento excessivas.
Se você não quis aproveitar, perdeu o espaço e a porta se fechou.
Pode continuar por perto, mas não vai ser possível ultrapassar a linha de isolamento.
Lá dentro, você não volta mais!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Hoje tem aniversário!!!!!!!!!!!

Como eu disse ontem, hoje o Coisas de Liz completa um ano!
Na minha sempre tão cruel auto crítica, acho até que estou exagerando nas comemorações e textos, mas este espaço é, realmente, muito especial para mim.

Há um ano em um dia de ócio, talvez criativo, resolvi pensar em alguma coisa que funcionasse como uma terapia ocupacional... algo que me desse prazer de fazer e que me fizesse esquecer trabalho, problemas ou um dia sem graça. Foi então que tive a idéia de criar o blog.

Não sou escritora... registro aqui o que já vivi e vivo, nos diferentes relacionamentos que tive, que não foram muitos, porém todos me trouxeram um grande aprendizado. Nem todas as experiências foram boas, mas na decepção também se cresce.

Já amei e fui amada, já me amaram e eu não correspondi, já me desesperei por alguém que não me queria, já construi relacionamentos felizes e que acabaram por propósitos maiores, já depositei todas as minhas fichas em alguém que não fez o mesmo por mim, já traí e fui traída, já senti ciúmes e também sentiram de mim, já passei pelos papéis de ex e atual, já acreditei muito nas pessoas, já perdi a fé em outras tantas, já acordei achando que nunca mais me apaixonaria novamente e no outro dia provei o contrário... já sofri e sofro quando amo, mas nunca deixei de acreditar no amor.

Todas essas situações que passei são comuns a tantas pessoas, inclusive à vocês que vem até aqui lêem os textos e muitas vezes se identificam.
Posso não estar apaixonada ou sofrendo para escrever sobre um grande amor ou uma decepção, pois volto às antigas experiências e relato o que passei naquele momento.

As vezes costumo informar que o texto publicado não diz respeito aos meus sentimentos, pois algumas pessoas acham que são... mas nem sempre é.

Sou uma pessoa, extremamente, romântica e basta recorrer às minhas memórias, músicas preferidas, amores do passado ou do momento e até histórias de amigos, para escrever o post do dia.
A interatividade com vocês, me deixa muito feliz e com vontade de escrever cada vez mais, por isso continuo.

Não há uma obrigatoriedade na publicação dos textos, procuro escrever de domingo à quinta (sexta e sábado só excepcionalmente), as vezes outros compromissos me deixam distante daqui por uns quatro ou cinco dias...assim explico o motivo das ausências, pois algumas pessoas queridas me ligam perguntando se eu abandonei o estabelecimento.
Esse carinho e receptividade de todos vocês, para mim não tem preço!

Enfim... um ano que sou muito feliz nesse espaço que gosto tanto e divido com vocês!

Feliz aniversário para nós!!!