A relação da mulher com o cabelo, é algo intrigante.
Tudo pode não estar a contento, se o cabelo estiver arrumado, as coisas fluem. Mas tente trocar a estrutura desta frase e veja o que acontece.
Nada pode irritar mais uma mulher do que ter que sair sem dar uma escovada básica nas madeixas.
Antes de ingressar no episódio que vou narrar, quero deixar claro que tenho conhecimento de que nem todas as mulheres são iguais...e nem todos os cabelos.
Por isso existem várias categorias:
A) mulheres com cabelos lisos “de nascença”, lavou sacudiu e ta ótimo
B) mulheres desprovidas de vaidade
C) mulheres que adoram a indústria farmacêutica e os salões de beleza.
D) Outros (essa categoria é para alguma “pentelha” que ler esse post e inventar outras milhões de categorias)
Isto posto, vamos nos ater à categoria C!!!
Como eu dizia, uma mulher para se sentir segura e pronta para qualquer batalha, tem que estar com os cabelos imprimindo atitude.
Entenda que nas mulheres não há auto estima suficiente para ignorar um cabelo sem brilho e todo trabalhado na oleosidade.
Para ir em busca do liso perfeito, esta espécime fará qualquer coisa...qualquer coisa mesmo!
Durante o Festival de Verão, eu e a minha amiga Nanda, ficamos hospedadas em um hotel próximo ao Parque de Exposições, para facilitar o nosso trabalho...pois é, enquanto você se diverte, a gente trabalha.
Em um desses dias de evento, estávamos indo de carro quando paramos em um sinal no bairro de Itapuã e avistamos um salão de beleza muito simples, que ficava em frente a um ponto de ônibus. Nanda brincou e disse: “olha aí um salão onde a gente pode dar escova!” em seguida demos uma boa gargalhada e eu completei “seria ótimo, todo mundo no ponto de ônibus olhando para nós”.
Seguimos e deixamos a piada para trás!
Dois dias depois, ainda acontecendo o evento, estávamos com muito trabalho e não tivemos tempo de marcar um salão para ir cedo. Os cabelos estavam gritando por ajuda e não dava para confiar no secador do hotel...são péssimos!
Começamos a ligar para os salões que freqüentamos, sem querer parecer burguesinha, nos shoppings e bairros mais privilegiados da cidade. Todos lotados e sem previsão para a fila de espera.
O tempo passava e a possibilidade de ter um cabelo arrumado idem!
Foi então que Nanda falou “e se a gente fosse lá no Cai Duro?” (Cai Duro: apelido usado na Bahia, para bibocas e afins). E eu respondi “será?”.
Num piscar de olhos, tomamos o rumo do que dias atrás era uma piada e por ironia (sacana?) do destino, tornou-se uma promessa de beleza.
Chegamos e não tinha sequer um lugar para estacionar na rua. Pensei que aquilo fosse um sinal de que eu deveria retornar e ir embora, mas Nanda continuava firme “estaciona naquela rua ali, amiga!”. Obedeci e quando saímos do carro, nos deparamos com uma casa bem humilde com uma placa “ALISA, CORTA E HIDRATA. JANETE CABELEREIRA”. Foi então que Nanda disse “se lá no Cai Duro tiver fila de espera, a gente vem aqui” e eu respondi “Ah não!”... mas juro que não tinha firmeza nenhuma nessa minha resposta.
Atravessamos a rua e finalmente entramos. O salão era praticamente a extensão do ponto de ônibus, pois os passageiros aguardavam o “carro” encostados na porta de entrada.
Para nossa felicidade, não tinha fila de espera, mas nos deparamos com um agravante que, obviamente, não foi previsto: não havia ar condicionado. E começamos a derreter como se estivéssemos no caldeirão do inferno.
Para resumir, fomos atendidas pelas cabeleireiras de plantão e paqueradas por vários “gatinhos” que estavam no ponto de ônibus.
Na hora de pagar, nos dirigimos à um pequeno balcão encostado na parede e vimos uma placa informando “Pagamento na Diretoria”. Quase dei um cutucão em Nanda para ela não perguntar aonde era a diretoria. O salão tinha pouquíssimos metros quadrados e só uma pequena divisória onde estavam guardadas bananas, marmitas e água. Mas pelo que percebemos através da placa, a empresa tinha um organograma.
Enfim, nada disso importava, nenhum ambiente externo poderia afetar a nossa satisfação em ter saído de lá com os cabelos lavados e escovados.
E cá entre nós, a escova não deixou nada a desejar para as que costumamos fazer nos salões que freqüentamos. A única diferença gritante foi no preço....pagamos bem menos!
E assim, fomos lindas e felizes para o Festival!
Moral da história: até mesmo a vaidade, precisa da humildade!
UPDATE: a minha amiga Litza, que por pouco não conheceu o Cai Duro, foi a responsável pela pesquisa da foto que ilustra o post.
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
ResponderExcluirFAN-TÁS-TI-CO!!!!!
Luci
Amei o post. Aquele "Cai Duro" merece o nosso respeito, afinal, o que teria sido de nós sem aquelas escovas?!
ResponderExcluirNossa cara essa aventura!!!!
Bjs,
Nanda
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmeiiii, muitooooo!!!
ResponderExcluirCabelos são um grande problema na vida das mulheres letra C. O meu é liso, mas não basta ser liso, tem q não ter volume, não ter fritz (é assim q escreve?)e brilhar...
Antes era enorme...tinha franjão e não lavava em casa, só no salão...pq já saia escovada e com a auto estima lá nas nuvens, e claro, com conta fixa do salão nas despesas do mês.
Hoje, depois que me livrei do apego ao cabelão...os mantenho curto há um ano...mas , me preocupo com a franja...afinal, a franja é a dignidade da pessoa..hehehehe!!!
E sim, morri de rir com o post, e mais, passa o endereço pq qdo precisar, pego itapuan x Lapa e caiu na escova feita quase no ponto de ônibus...
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, tá vendo miga que em Itapuã tem salão bom e barato?! rsrsrssr
ResponderExcluirEsses Cai Duro de vez em quando é a salvação... Mas eu sei q no fundo no fundo vc e Igor, queriam morar em Itapuan, pq eu nunca vi alguém falar tão bem de um bairro como vcs, e além disso ainda me teriam como vizinha.... rsrsrs
Esse post foi SENSACIONAL!!!!!!
Ivynha