Redirect By Betto Adami

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Amigos? Até que página?

Muito se questiona sobre a sinceridade da amizade entre um homem e uma mulher.
Há os que duvidem que um homem possa nutrir um sentimento desinteressado e os que acreditam que mulher sempre é carente e pode vacilar em algum momento.
Mas o fato é que essa amizade, realmente, pode existir e tenho uma opinião muito particular de que são as mais verdadeiras.
É um tipo de relacionamento onde não há nenhuma disputa ou inveja.
Amizade entre mulheres, por maior e mais fiel que seja, sempre esbarra em algumas questões do âmago, da alma e do inconsciente feminino.
Não vamos entrar no mérito, mas sabemos que o temperamento feminino é muito complexo...muito...até para as próprias mulheres!

Mas, o ser humano é uma fonte inesgotável de possibilidades, metamorfoses e...ops!...você se apaixonou pela pessoa que era o seu melhor amigo.

Do you hear me, I'm talking to you
Across the water across the deep blue ocean
Under the open sky oh my, baby I'm trying

As conversas intermináveis e os abraços desinteressados, já não existem mais.
Agora fica complicado olhar, falar sem comprometimento, beijar sem dar choquinho e o ponto principal: controlar o ciúme!
Se o melhor amigo (ou amiga) estiver comprometido, não será tranquilo encarar a pessoa que agora tem um lugar diferente no seu coração, beijando e abraçando outro alguém que não seja você.

They don't know how long it takes
Waiting for a love like this
Every time we say goodbye
I wish we had one more kiss
I wait for you I promise you, I will

Tudo mudou e apesar do sentimento ser bom, as coisas ficaram bem mais complicadas.
E como resolver?
Como medir as consequências das decisões?
Contar que se apaixonou e correr o risco de perder o amigo e o amor?
Sufocar o sentimento até que tudo passe e que você logo possa ter seu melhor amigo de volta? Será que passa?

And so I'm sailing through the sea
To an island where we'll meet
You'll hear the music, feel the air
I put a flower in your hair
And though the breeze is through trees
Move so pretty you're all I see
As the world keep spinning round
You hold me right here right now

Situação difícil, claro!
Mas somos passíveis de nos apaixonar e não adianta se penitenciar por isso. A vida é feita de escolhas e resolver essa questão, será apenas mais uma delas.
Mas nem tudo está perdido! Talvez a paixão chegue para os dois.
E aí merece uma reflexão: se vocês se apaixonaram conhecendo todos os segredos um do outro, os defeitos, as mancadas, o mau humor e ainda assim conseguiram aceitar todas as restrições para construir um sentimento maior...só pode ser amor!

I'm lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
I'm lucky we're in love in every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday

E se é amor, tudo vale a pena!
Dessa vez, a amizade foi só até a página 5.

Obs: os trechos em inglês são da música “Lucky” de Jason Mraz e Colbie Caillat.

domingo, 22 de novembro de 2009

Mais do mesmo...


E vem chegando o final de mais um ano!
Parece que o último natal foi ontem e você já está novamente tirando nomes nos sorteios de vários Amigos Secretos.
Lojas e casas enfeitadas com árvores, luzes e aquele velho papai Noel que fica tocando uma musiquinha insuportável.
Nada contra o natal, hein! Só não gosto dessas tais musiquinhas instrumentais!

O consumo começa a operar em alta! São tantas pessoas para presentear que o ideal é começar a riscar a lista, a partir de agora.
Muitos Amigos Secretos para participar: no trabalho, na academia, na faculdade, no grupo de melhores amigos, na família...são tantos que é preciso fazer uma planilha com várias colunas onde se possa administrar: o sorteado, qual será o presente, o grau de intimidade (os que são novos no grupo vão sobrar com um vale CD ou DVD), grau de satisfação pela pessoa sorteada, possível negociação (esse item refere-se à potencial chance de você subornar um colega e trocar a pessoa que tirou). Uma vez que os campos estejam devidamente preenchidos, é hora de ir ao shopping, que aliás é um ambiente inóspito nessa época do ano, e comprar todos os presentes.

Depois vem a segunda parte, onde você precisa descrever o seu amigo secreto, para que todos possam adivinhar. Até parece que há alguma surpresa...cem por cento de certeza que todo mundo já sabe quem tirou quem!
Tente, pelo menos, inovar e não começar com aquela frase batida: "o meu amigo secreto é uma pessoal muito especial". Mude um pouco, não é tão difícil.

E ainda tem o reveillon para pensar e programar, além da lista das resoluções para 2010...aquela lista onde elencamos tudo que mudaremos e faremos no próximo ano:

Voltar para academia
Economizar
Ser mais organizado
Trocar de carro
Encontrar um novo amor
Fazer aquela viagem dos sonhos
Emagrecer
Emagrecer
Emagrecer...

Enfim, cada um com os seus desejos e expectativas de uma mudança radical na vida.
É como se depois da contagem regressiva, zerássemos os ponteiros e viesse um novo começo. Confesso que esse é um sentimento bom e que me agrada muito.
Ter uma sensação, ainda que ilusória, de que tudo está ficando para trás e que somente as coisas boas virão, a partir do momento em que você pular a sétima onda, é quase um prazer físico.

O intrigante é que metade dessa lista de resoluções não será cumprida: isso é fato!
Acredito que o encanto está em “fazer” os planos, é este ato que faz com que adrenalina, endorfina e todos esses hormônios que “batem onda” funcionem.

Fim de ano é assim...sempre igual!
Cansaço, correria, cartões, presentes, árvores de natal e sentimentos aflorados.
Ganhamos uma sensibilidade maior que nos fazem mais humanos. Como diria uma música que gosto muito “que bom se todo dia fosse sempre assim”.
Então é isso...vamos começar a escrever a nossa lista!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Short Message Service

Adoro as mensagens de texto no celular.
Gosto de enviar e acho uma delícia recebê-las, principalmente porque sempre que recebo são notícias boas, engraçadas ou até mesmo demonstrações de carinho de amigos, parentes e...outros!
Claro que não preciso pedir para desconsiderarem aquelas que são enviadas pelas operadoras, afinal são insuportáveis!

Mas as vezes me surpreendo com a comodidade que as pessoas acham em resolver tudo através de um simples SMS...ou seria acomodação? Isso tem tornado a relação humana um pouco fria.
Assuntos de trabalho, financeiros e pessoais são cada vez mais resumidos à alguns caracteres. Nem vou me referir aos e-mails pois se fôssemos estabelecer um parâmetro, os torpedos seriam muito mais impessoais que os e-mails.

Conversando com um amigo meu, depois da corridinha na orla, tive a minha maior surpresa e decepção com um tipo de SMS que imaginei não existir.

Ele me contou que estava ficando com uma garota há algumas semanas e que não estava mais a fim dela. Até aí...tudo normal!

Quando perguntei como faria para acabar com esses encontros, ele me respondeu: vou mandar um torpedo dizendo que não quero mais.
Nesse momento, me imbuí de todo o meu senso de humanidade e disse que ele era um tremendo sacana (chamei de coisa pior, mas achei melhor não publicar aqui).

Como assim, gente?
O cara sai com a garota durante vários dias, beija, leva pra cama, ao cinema, brinca de namoradinho e "se manda" enviando apenas um torpedo? Achei isso péssimo e de um mau gosto imperdoável!

Não vamos deixar que a objetividade atropele o cuidado com os sentimentos das pessoas. Achei muito nobre da parte dele, assumir para ela que não quer mais “ficar” ao invés de sumir sem dar satisfações, mas tenho certeza que o aviso não deve ser enviado dessa forma.

A tecnologia nunca vai poder substituir a integridade.
Ter coragem de olhar nos olhos do outro e dizer, mesmo que de forma muito direta, a verdade...ainda é a melhor forma de apertar o send.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Fala...mas não cutuca!

A linguagem corporal corresponde a todos os movimentos gestuais e de postura que fazem com que a comunicação seja mais efetiva. Uma das primeiras formas para trocar informações foi a gesticulação.
Mesmo depois do aparecimento da palavra falada os gestos continuaram e foram tornando-se secundários, mas sempre constituindo um complemento da expressão.
Há pessoas que não conseguem falar sem gesticular. Normalmente, elas costumam transformar uma simples conversa em um ritual onde voz, braços, mãos e caretas ajudam a dar ênfase ao assunto tratado.

No entanto, se você fechar os ouvidos, não entenderá o que está sendo dito, pois na maioria das vezes esses gestos não traduzem nada do que o indivíduo está falando.
Mas é até interessante ficar de longe observando essas pessoas falarem...parecem um bando de loucos.

Não é incômodo nenhum conviver com os que gostam de animar a conversa com as suas habilidades gestuais, afinal isso não atinge ninguém... a menos que se esteja muito perto da pessoa...assim é provável que alguma mão ou braço lhe alcance.

Mas há um tipo de interlocutor que incomoda bastante: AQUELES QUE FALAM CUTUCANDO.

É, impressionante! Eles não conseguem dizer uma só palavra sem bater no seu braço ou no seu ombro ou em qualquer lugar. Se você ignorar, ele vai continuar batendo várias vezes até você olhar e ele, finalmente, conseguir dar continuidade a frase.
Alguns são mais educados e dão tapinhas suaves. Outros combinam o ritmo da conversa com a intensidade do toque...se for um relato de uma situação violenta, corre-se o risco de sair cheio de hematomas quando o papo terminar.
Desista, não adianta tentar se afastar, disfarçadamente!
Ele vai acompanhando. Não importa onde você for, ele irá segui-lo, afinal sem cutucar ele não consegue dialogar.

Gosto muito da maneira próxima com que os brasileiros se tratam, mas nessa questão prefiro os europeus e americanos que não invadem o seu espaço.
Onde foi parar o nosso direito de ir e vir se não conseguimos nem manter uma distância segura do chato que nos cutuca?
E a história de que o seu espaço termina onde começa o do outro?
Alguém precisa passar essas informações para os cutucadores oficiais.

O pior de tudo é quando você tenta demonstrar de várias formas que não gosta dos malditos tapinhas e a pessoa sequer percebe.
Chega um ponto que não há mais como prestar atenção na conversa, afinal você está ali parado pensando, qual será o seu próximo golpe de defesa.

Talvez eu esteja sendo muito intolerante, talvez isso não incomode outras pessoas, talvez (admito!) eu esteja precisando de férias e a paciência já assinou o recibo no RH antes de mim...
Então que me perdoem os que cutucam e os que não se incomodam com isso, mas putz... se quiserem cutucar alguém, procurem uma onça e de preferência, levem uma vara curta.




sábado, 7 de novembro de 2009

Tá se achando!

A construção da auto estima começa na infância.
Nesta fase tem início o planejamento tático para criação da imagem que você vai manter e “vender” ao longo da vida.
Acreditar em si mesmo, se amar, se admirar e se aceitar, exatamente, como se é... tarefa difícil?
Pode acreditar que, no mínimo, trabalhosa.

Estamos acostumados a ter um comportamento derrotista no que diz respeito aos próprios valores e qualidades.
Li em uma revista, daquelas com conteúdos de pouco (ou nenhum) valor agregado, que o ator Rodrigo Lombardi - atual sex symbol e assunto entre as mulheres - tinha medo de levar um fora quando se aproximava de alguma garota que o interessava. Qualquer pessoa que estivesse lendo a matéria e olhasse para a foto que a ilustrava, fatalmente, daria uma gargalhada e o chamaria de louco.

No entanto, a atriz Luana Piovani já confessou em várias entrevistas que se acha bonita sim e que está muito satisfeita com a sua imagem. Todos os comentários tecidos à essa sua declaração foram depreciativos. Alguns a taxaram de metida, outros disseram que ela “se acha” e que ela foi, extremamente, antipática ao se pronunciar de forma tão convencida.

Ou seja, se a pessoa se coloca pra baixo, ela é humilde e boazinha, mas se consegue mostrar que se valoriza e “se acha” (porque não?), ela é de imediato classificada como arrogante.

É preciso chegar naquele ponto em que Ícaro deveria ter voado: nem muito alto, nem muito baixo.

Se houver um desequilíbrio na auto imagem, isso levará ao excesso ou à falta de confiança em si mesmo e ambos são prejudiciais ao desenvolvimento e construção de uma pessoa segura e feliz.
O excesso de confiança em si mesmo mostra uma pessoa com a mesma ou maior fragilidade do que aquela que se diz tímida e insegura.
Se a causa for investigada, descobriremos algum hiato lá atrás, na infância, onde tudo começou.

O estágio ideal é aquele onde confiança, coragem e ousadia, caminham juntas e não se atropelam.

Esse assunto é complexo e levaria à muitas considerações, inclusive acredito que não tenho propriedade para discutir e dar conselhos sobre “como administrar a sua auto estima”, só quero mostrar o quanto somos cruéis em alguns dos nossos julgamentos.
Constantemente, utilizamos expressões como: ele se acha, ela ta se achando, você se acha...e imprimimos sempre uma carga negativa nelas.

Estamos em um século onde quebrar paradigmas se transformou em competição. Todos os dias somos desafiados a tentar quebrar mais um. E lá se vão as convicções que tínhamos como tão certas.

Talvez esse seja um paradigma novo a ser quebrado. Vamos valorizar os que se acham!
Mesmo que nem sempre a gente concorde com eles...temos, no mínimo, que respeitar a atitude do exibido...ops, do bem resolvido!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

As vezes quero dar um tempo.

As vezes quero poder revelar os meus medos
As vezes quero me sentir insegura sem precisar esconder isso
As vezes não quero andar arrumadinha
As vezes não quero pentear o cabelo
As vezes quero sair sem rumo
As vezes não quero ser certinha
As vezes quero tomar banho com o chuveiro ligado por muito tempo
As vezes não quero usar material reciclado
As vezes quero me entregar sem reservas e sem culpas
As vezes quero gritar o nome de quem quero perto de mim
As vezes quero perder a hora...não ser pontual
As vezes quero enfiar o pé na jaca
As vezes quero passar a noite dançando
As vezes não quero esconder que ainda sou “muito” criança
As vezes quero ser irresponsável
As vezes não quero comer o que é saudável (quase sempre!)
As vezes quero poder não fazer nada
As vezes não quero arrumar a bagunça
As vezes quero alguém que cuide de mim
As vezes não quero ser politicamente correta
As vezes não quero ser gentil por pura educação
As vezes quero fugir um pouco

As vezes tento fazer algumas dessas coisas e passar por cima de todos os princípios, crenças, normas, responsabilidades e tudo o que me ensinaram que é correto.
É difícil! Mas faz um bem enorme!
Vale a pena se dar esse tempinho...