
As vezes até defendem que infância e adolescência são os melhores anos. Pois é... acho injusto!
A vida é linda e plena em qualquer fase, basta se entregar e aproveitar... as outras considerações devem ser reduzidas a meros rótulos.
Mas abro um parêntese nesse pensamento, para falar um pouco das mulheres que estão na casa dos 30, as ditas balzaquianas.
Não quero ser contraditória e afirmar que é a melhor época ou coisa parecida, mas acreditem, há uma mudança significativa quando elas chegam nessa idade.
Não atribuo esses sintomas a estar mais ou menos feliz e sim ao amadurecimento e, por conseqüência, o conhecimento total e contínuo de si mesma.
Não é lenda, nem matéria de revista feminina para atrair leitores... é um fato!
Os próprios homens podem confirmar e tirarem suas conclusões.
Ser balzaquiana é ter características especiais.
É ser pouco complicada e quase perfeitinha...
Elas são assim:
Não falam mais sobre vestibular, intercâmbio, conflitos com os pais, orientação vocacional ou briguinhas com a melhor amiga... possuem conteúdo interessante na conversa sem serem cansativas e preservam um senso de humor que as deixam mais leves
Não transam para agradar o parceiro ou fingem orgasmos... o seu prazer está acima de qualquer coisa
Sabem, exatamente, do que gostam e já aprenderam detalhes importantes e necessários na anatomia masculina
Não precisam assistir ao filme “Ele não está tão afim de você”, para saber que quando um cara não liga é porque ele não quer nada mesmo... algumas que assistiram, saíram do cinema com a expressão “me-conte-uma-novidade”
São independentes e não temem dizer o que pensam
Sim, claro, são mais exigentes com os homens... passaram por desilusões e conhecem todos os tipos de cafajestes, portanto tendem a nivelar por baixo os que chegam sem mostrar muito a que veio
Apesar de saberem, exatamente, o que esperam de um homem, ainda se permitem viver os estágios nebulosos e inseguros dos “ficantes”
Não vivem à mercê dos relacionamentos, aprenderam que cuidar de si mesma e se valorizar, são prioridades que não vão ser violadas por nenhum macho alfa
Também aprenderam a transar só por desejo, sem vislumbrar um relacionamento seguro depois de alguns minutos de luxúria... e isso, por incrível que pareça, ainda choca alguns homens
Quando apaixonadas, sabem coordenar sentimentos, necessidades, renúncias e a liberdade individual
Conhecem todas as desculpas que os homens usam quando querem enrolar e escolhem não ouvi-las, evitando assim uma sucessão de imposturas desnecessárias
Não são mais vítimas do amor à primeira ereção... para deixá-las apaixonadas, é necessário muito mais que um bom sexo. Vale lembrar que nesta etapa, não se aplica aquele ditado "amor que fica é amor...que fica"
Mas como “ser mulher” é um estado constante de ebulição hormonal, ainda conservam um pouco da insegurança da adolescência e apesar das desilusões ou experiências que nada agregaram, continuam acreditando no amor, como se ainda fossem aquela garotinha que viveu a sua primeira paixão lá nos primeiros anos da escola.