Não sou a favor da forma que algumas pessoas separam as etapas da vida. Sabe quando elas atribuem épocas boas ou más ao ciclo que foi vivido?
As vezes até defendem que infância e adolescência são os melhores anos. Pois é... acho injusto!
A vida é linda e plena em qualquer fase, basta se entregar e aproveitar... as outras considerações devem ser reduzidas a meros rótulos.
Mas abro um parêntese nesse pensamento, para falar um pouco das mulheres que estão na casa dos 30, as ditas balzaquianas.
Não quero ser contraditória e afirmar que é a melhor época ou coisa parecida, mas acreditem, há uma mudança significativa quando elas chegam nessa idade.
Não atribuo esses sintomas a estar mais ou menos feliz e sim ao amadurecimento e, por conseqüência, o conhecimento total e contínuo de si mesma.
Não é lenda, nem matéria de revista feminina para atrair leitores... é um fato!
Os próprios homens podem confirmar e tirarem suas conclusões.
Ser balzaquiana é ter características especiais.
É ser pouco complicada e quase perfeitinha...
Elas são assim:
Não falam mais sobre vestibular, intercâmbio, conflitos com os pais, orientação vocacional ou briguinhas com a melhor amiga... possuem conteúdo interessante na conversa sem serem cansativas e preservam um senso de humor que as deixam mais leves
Não transam para agradar o parceiro ou fingem orgasmos... o seu prazer está acima de qualquer coisa
Sabem, exatamente, do que gostam e já aprenderam detalhes importantes e necessários na anatomia masculina
Não precisam assistir ao filme “Ele não está tão afim de você”, para saber que quando um cara não liga é porque ele não quer nada mesmo... algumas que assistiram, saíram do cinema com a expressão “me-conte-uma-novidade”
São independentes e não temem dizer o que pensam
Sim, claro, são mais exigentes com os homens... passaram por desilusões e conhecem todos os tipos de cafajestes, portanto tendem a nivelar por baixo os que chegam sem mostrar muito a que veio
Apesar de saberem, exatamente, o que esperam de um homem, ainda se permitem viver os estágios nebulosos e inseguros dos “ficantes”
Não vivem à mercê dos relacionamentos, aprenderam que cuidar de si mesma e se valorizar, são prioridades que não vão ser violadas por nenhum macho alfa
Também aprenderam a transar só por desejo, sem vislumbrar um relacionamento seguro depois de alguns minutos de luxúria... e isso, por incrível que pareça, ainda choca alguns homens
Quando apaixonadas, sabem coordenar sentimentos, necessidades, renúncias e a liberdade individual
Conhecem todas as desculpas que os homens usam quando querem enrolar e escolhem não ouvi-las, evitando assim uma sucessão de imposturas desnecessárias
Não são mais vítimas do amor à primeira ereção... para deixá-las apaixonadas, é necessário muito mais que um bom sexo. Vale lembrar que nesta etapa, não se aplica aquele ditado "amor que fica é amor...que fica"
Mas como “ser mulher” é um estado constante de ebulição hormonal, ainda conservam um pouco da insegurança da adolescência e apesar das desilusões ou experiências que nada agregaram, continuam acreditando no amor, como se ainda fossem aquela garotinha que viveu a sua primeira paixão lá nos primeiros anos da escola.
Aqui é o meu espaço! As vezes será sério, as vezes será engraçado, as vezes será sem sentido e as vezes será bem sentido! Aqui estarão as minhas coisas.
Redirect By Betto Adami
quarta-feira, 28 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Cinderela versão 2010
Cara Cinderela,
Há tempos gostaria de bater um papo com você, mas por conta da minha agenda atribulada, não pude marcar esse encontro.
Resolvi então escrever e espero, sinceramente, que você me entenda.
Ocorre que desde o último baile que tivemos aqui na Corte, tenho em meu poder um sapato que você deixou cair, de propósito, nas escadarias do meu castelo, com o intuito de criar uma situação para que eu pudesse vê-la novamente... não se sinta constrangida!
Isso é normal, já estou acostumado.
Achei você bonitinha, bem produzida e tudo mais... acontece que existem muitas plebéias e até princesas no meu encalço e preciso dividir espaços para todas, então fiquei sem tempo de ir lhe procurar e marcar uma saída para tomarmos um vinho, tá ligada?
De modo que vou deixar o sapato aqui na portaria da fortaleza onde ficam os guardas, para que você possa vir buscar quando lhe for conveniente.
Caso o desejo de me ver continue latente, envie uma DM para o meu twitter que tentarei encaixá-la, com perdão do trocadilho, em algum momento.
Em tempo: recomendações às suas primas gostosinhas.
Sua Alteza
............................................................
Prezado Príncipe,
Realmente, tenho a nítida lembrança de ter perdido o meu sapato naquele fatídico baile, inclusive ainda nem terminei de pagá-lo pois dividi em 12 prestações.
Apenas gostaria de esclarecer que ao perdê-lo, não tive a intenção de usá-lo como isca para chamar a vossa atenção.
Na verdade, eu estava atrasada para um outro compromisso inadiável que eu tinha...espero que não se ofenda mas naquela noite, o baile da província vizinha estava bem melhor.
Lá o whisky era de qualidade e os príncipes bem mais interessantes.
Entendo, perfeitamente, a sua falta de tempo afinal sofro com o mesmo problema.
São cursos de idiomas, aulas de dança, arte e ainda uma série de convites que tenho que administrar.
Ao contrário de vossa majestade, não preciso bipartir o meu tempo entre plebeus e príncipes, eles é que disputam para penetrarem, com perdão do trocadilho, na minha agenda.
Mas estou de olho mesmo é em outros reinos distantes, onde os homens são mais inteligentes, educados, ricos e portadores de pênis bem mais substanciais que o seu.
Em tempo: pegue o sapato e enfie no.... no... no pé de alguma outra garota que use o mesmo número, terei um imenso prazer em ceder o outro par.
Moral da história: já não existem príncipes como antigamente... nem princesas!
Há tempos gostaria de bater um papo com você, mas por conta da minha agenda atribulada, não pude marcar esse encontro.
Resolvi então escrever e espero, sinceramente, que você me entenda.
Ocorre que desde o último baile que tivemos aqui na Corte, tenho em meu poder um sapato que você deixou cair, de propósito, nas escadarias do meu castelo, com o intuito de criar uma situação para que eu pudesse vê-la novamente... não se sinta constrangida!
Isso é normal, já estou acostumado.
Achei você bonitinha, bem produzida e tudo mais... acontece que existem muitas plebéias e até princesas no meu encalço e preciso dividir espaços para todas, então fiquei sem tempo de ir lhe procurar e marcar uma saída para tomarmos um vinho, tá ligada?
De modo que vou deixar o sapato aqui na portaria da fortaleza onde ficam os guardas, para que você possa vir buscar quando lhe for conveniente.
Caso o desejo de me ver continue latente, envie uma DM para o meu twitter que tentarei encaixá-la, com perdão do trocadilho, em algum momento.
Em tempo: recomendações às suas primas gostosinhas.
Sua Alteza
............................................................
Prezado Príncipe,
Realmente, tenho a nítida lembrança de ter perdido o meu sapato naquele fatídico baile, inclusive ainda nem terminei de pagá-lo pois dividi em 12 prestações.
Apenas gostaria de esclarecer que ao perdê-lo, não tive a intenção de usá-lo como isca para chamar a vossa atenção.
Na verdade, eu estava atrasada para um outro compromisso inadiável que eu tinha...espero que não se ofenda mas naquela noite, o baile da província vizinha estava bem melhor.
Lá o whisky era de qualidade e os príncipes bem mais interessantes.
Entendo, perfeitamente, a sua falta de tempo afinal sofro com o mesmo problema.
São cursos de idiomas, aulas de dança, arte e ainda uma série de convites que tenho que administrar.
Ao contrário de vossa majestade, não preciso bipartir o meu tempo entre plebeus e príncipes, eles é que disputam para penetrarem, com perdão do trocadilho, na minha agenda.
Mas estou de olho mesmo é em outros reinos distantes, onde os homens são mais inteligentes, educados, ricos e portadores de pênis bem mais substanciais que o seu.
Em tempo: pegue o sapato e enfie no.... no... no pé de alguma outra garota que use o mesmo número, terei um imenso prazer em ceder o outro par.
Moral da história: já não existem príncipes como antigamente... nem princesas!
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comportamento
domingo, 25 de abril de 2010
A sustentável leveza da nossa rotina
Nunca pensei que fosse fácil dividir a vida e a casa com alguém...
Mas também não imaginei que fosse tão difícil.
As vezes quero te dizer que sinto falta da minha individualidade, do meu apartamento organizado, mas já não sei como seria ficar sem a sua presença constante perto de mim.
Comprei aqueles cestos para as nossas roupas sujas, um rosa e um azul para facilitar a sua total falta de atenção, mas percebo que você deixa a roupa em qualquer lugar, menos dentro deles. Então desisti de alimentar essa briga!
Os minutos preciosos que antecedem o meu amanhecer, já não são silenciosos... a despeito do despertador que insiste em me acordar, você do chuveiro solta a voz cantando alguma velha canção do Barão Vermelho, na intenção de animar o seu dia e irritar o meu.
Mas a estratégia é falha, pois adoro acordar com a sua voz e com o cheiro do pós-barba que entra pela porta do quarto.
Tinha necessidade de chegar em casa depois do trabalho e ficar algum tempo em silêncio para desacelerar...
Contraditório, mas agora assim que entro em casa já quero falar que te amo e então não preciso mais do silêncio.
Vou sair para correr e quando procuro o meu MP3, vejo que você foi mais rápido e levou antes de mim... ameaço alguns palavrões, mas depois me pego rindo e adorando saber que você está usando algo que é meu.
Por conta de uma semana agitada, percebemos que ficamos sem fazer amor por cinco dias, mas quando chega o sábado, estamos enlouquecidamente felizes por atualizar o calendário.
Odeio aquela narração chata do futebol ecoando pela casa inteira, enquanto eu poderia estar vendo algum programa interessante no GNT, mas esqueço tudo quando chego perto e você me pede para sentar e ver o jogo com você.
Entro no banheiro enquanto você toma banho e percebo que a bagunça está instalada... água por todos os lados, roupa suja no chão e o meu shampoo caro escorrendo pela sua mão desajeitada... tento brigar e sou surpreendida com um sorriso e um puxão para dentro do box, onde sou forçada a entrar com roupa e raiva contida.
No meio da noite, involuntariamente, roubo todos os seus travesseiros e deixo o seu corpo congelando sem o lençol que detenho por completo, mas você não reclama... prefere me abraçar e se aquecer com o meu corpo.
Quando penso que a rotina será implacável e nos destruirá no próximo momento, percebo que ela nos torna mais próximos e até arrisco dizer que gostamos dela.
E os espaços que antes eu queria só para mim, agora ficam vazios demais sem você.
Mas também não imaginei que fosse tão difícil.
As vezes quero te dizer que sinto falta da minha individualidade, do meu apartamento organizado, mas já não sei como seria ficar sem a sua presença constante perto de mim.
Comprei aqueles cestos para as nossas roupas sujas, um rosa e um azul para facilitar a sua total falta de atenção, mas percebo que você deixa a roupa em qualquer lugar, menos dentro deles. Então desisti de alimentar essa briga!
Os minutos preciosos que antecedem o meu amanhecer, já não são silenciosos... a despeito do despertador que insiste em me acordar, você do chuveiro solta a voz cantando alguma velha canção do Barão Vermelho, na intenção de animar o seu dia e irritar o meu.
Mas a estratégia é falha, pois adoro acordar com a sua voz e com o cheiro do pós-barba que entra pela porta do quarto.
Tinha necessidade de chegar em casa depois do trabalho e ficar algum tempo em silêncio para desacelerar...
Contraditório, mas agora assim que entro em casa já quero falar que te amo e então não preciso mais do silêncio.
Vou sair para correr e quando procuro o meu MP3, vejo que você foi mais rápido e levou antes de mim... ameaço alguns palavrões, mas depois me pego rindo e adorando saber que você está usando algo que é meu.
Por conta de uma semana agitada, percebemos que ficamos sem fazer amor por cinco dias, mas quando chega o sábado, estamos enlouquecidamente felizes por atualizar o calendário.
Odeio aquela narração chata do futebol ecoando pela casa inteira, enquanto eu poderia estar vendo algum programa interessante no GNT, mas esqueço tudo quando chego perto e você me pede para sentar e ver o jogo com você.
Entro no banheiro enquanto você toma banho e percebo que a bagunça está instalada... água por todos os lados, roupa suja no chão e o meu shampoo caro escorrendo pela sua mão desajeitada... tento brigar e sou surpreendida com um sorriso e um puxão para dentro do box, onde sou forçada a entrar com roupa e raiva contida.
No meio da noite, involuntariamente, roubo todos os seus travesseiros e deixo o seu corpo congelando sem o lençol que detenho por completo, mas você não reclama... prefere me abraçar e se aquecer com o meu corpo.
Quando penso que a rotina será implacável e nos destruirá no próximo momento, percebo que ela nos torna mais próximos e até arrisco dizer que gostamos dela.
E os espaços que antes eu queria só para mim, agora ficam vazios demais sem você.
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relacionamento
sábado, 24 de abril de 2010
Esperando algumas respostas
Quem foi que instituiu que devemos esconder o sentimento quando ele não é retribuído?
Quem teve a idéia absurdamente ridícula de definir que temos que sofrer em silêncio e não mostrar fraqueza?
Por que tenho que não ligar quando o que mais quero é ouvir a sua voz?
Por que preciso fingir um sorriso no estilo "tá-tudo-bem" quando te encontro, se o que eu tenho vontade mesmo é dizer o quanto você me faz falta?
Por que tenho que fingir que não percebo a sua presença em uma sala com inúmeras pessoas, quando na verdade o seu perfume é o único cheiro que sinto em meio a todos os outros?
Por que não posso te mandar um SMS com a letra daquela música que eu queria cantar para você?
Por que preciso sufocar um amor que escapa por todo o meu corpo, transbordando nos meus olhos todas as vezes que te vejo?
Por que preciso me mostrar forte, bem resolvida, fria e distante para não deixar você perceber o quanto ainda te amo?
Por que preciso chorar baixinho e escondido quando na verdade o meu grito acordaria um planeta inteiro?
Por que preciso aceitar seu toque de amigo como se a minha pele não estremecesse ao menor sinal da sua aproximação?
Por que tenho que ter prudência e renegar tudo o que eu sinto em função da sua cruel felicidade longe de mim?
Por que tenho que me forçar a beijar outras bocas, deitar com outros corpos, ouvir outras vozes ao meu ouvido para tentar matar alguém que está tão vivo dentro de mim?
Por que preciso reagir, levantar, não chorar, dar a volta por cima e não posso ter direito a uma quarentena de amor perdido?
Por que tenho que enxugar as minhas lágrimas e não deixar que elas caiam o quanto quiserem para ajudar a lavar a saudade que sinto de você?
Por que um sentimento lindo, altruísta e incondicional, como esse que tenho dentro do peito, precisa ser morto?
Por que ninguém inventou ainda um antídoto que acabe com a dor dilacerante de perder um amor? Onde estão os cientistas?
Por que eu vivo com a sensação eterna de que ainda vou ter o seu sorriso de volta?
Queria respostas para essas perguntas que não calam e me acompanham por esses dias onde até o sol resolveu não brilhar... ou talvez ele continue brilhando e eu ainda não tenha coragem de abrir os olhos para ver!
Se você conseguir me responder algumas delas, posso concordar que preciso mesmo te esquecer.
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sentimento
quinta-feira, 22 de abril de 2010
A mulher do blog
A administração deste estabelecimento, achou relevante publicar recente conversa.
Amigo: Você precisa ter cuidado com os textos que publica no blog... se você fala sobre paixão as pessoas acham que você está apaixonada, se fala de sexo, acham que você está transando, se fala de traição pensam que você está traindo e por aí vai...
Mulher do blog: Mas escrevo sobre tudo e quase nunca é o que estou vivendo...tenho um instinto de auto-preservação que me proíbe de expôr demais o que sinto.
Amigo: Tá... mas vão continuar achando que é tudo sobre você. Experimenta escrever um post sobre mulheres que querem engravidar.... vai ser um problema! Se alguém estiver te paquerando, vai sumir!
Mulher do blog: Seguinte... não vou mudar o ritmo dos textos. Posso discorrer laudas e laudas na primeira pessoa e a história não pertencer à mim, assim como narrações na terceira pessoa, poderão ter um pedaço meu em cada palavra. E mesmo que a história do dia não seja minha, em algum momento eu já devo ter passado pela situação em questão.
Apesar do blog não ser uma biografia, não vai perder a identidade da dona!
Só para fins de esclarecimento!
Amigo: Você precisa ter cuidado com os textos que publica no blog... se você fala sobre paixão as pessoas acham que você está apaixonada, se fala de sexo, acham que você está transando, se fala de traição pensam que você está traindo e por aí vai...
Mulher do blog: Mas escrevo sobre tudo e quase nunca é o que estou vivendo...tenho um instinto de auto-preservação que me proíbe de expôr demais o que sinto.
Amigo: Tá... mas vão continuar achando que é tudo sobre você. Experimenta escrever um post sobre mulheres que querem engravidar.... vai ser um problema! Se alguém estiver te paquerando, vai sumir!
Mulher do blog: Seguinte... não vou mudar o ritmo dos textos. Posso discorrer laudas e laudas na primeira pessoa e a história não pertencer à mim, assim como narrações na terceira pessoa, poderão ter um pedaço meu em cada palavra. E mesmo que a história do dia não seja minha, em algum momento eu já devo ter passado pela situação em questão.
Apesar do blog não ser uma biografia, não vai perder a identidade da dona!
Só para fins de esclarecimento!
Eu sei que você está olhando!
Vamos pular aquela parte onde eles explicam que “bunda é preferência nacional”.
Tudo bem... até aí eu entendi.
E a despeito de Freud já ter levantado a questão de que o homem gosta de bunda por possuir tendências homossexuais incubadas, também não vou entrar nesse mérito.
A única coisa que eu queria entender era a questão da “olhadinha”.
Eu explico:
Tudo bem... até aí eu entendi.
E a despeito de Freud já ter levantado a questão de que o homem gosta de bunda por possuir tendências homossexuais incubadas, também não vou entrar nesse mérito.
A única coisa que eu queria entender era a questão da “olhadinha”.
Eu explico:
O ato de olhar para trás todas as vezes que passa uma mulher, é genético ou comportamento adquirido?
Pergunto pelo fato de ter visto o meu sobrinho de dois anos olhando para a bunda da vizinha. Coincidência ou não, fiquei intrigada com essa questão.
Não é segredo para ninguém que quando uma mulher está caminhando, os homens naturalmente (eu diria até que primitivamente), declinam o olhar para as suas nádegas. Estranho será o dia em que eles não fizerem isso!
O engraçado é como eles se comportam na realização desse ato.
Os mais observadores, vão concordar comigo nessas conclusões...
Existem aqueles que olham sem qualquer tipo de preocupação ou receio...e ainda fazem questão de relatar em frases curtas e sonoras o que achou do alvo observado. Se pudessem, rezariam um pai nosso à cada bunda expressiva que passasse.
Os mais tímidos e reservados, preferem olhar sem serem percebidos... Normalmente, eles se sentem mais a vontade em filas, elevadores, praia... esses lugares onde possam, facilmente, se justificar caso sejam questionados pelo feito, entende?.
Quando o rapaz está acompanhado e sente vontade de olhar para alguma bunda, ele possui algumas estratégias para justificar ou não deixar que a namorada perceba, do tipo: a mulher passa e ele diz “olha só que calça jeans vulgar, meu amor!! Não quero que você use isso, hein?”... ou então... “engraçado! Achei que essa moça fosse a namorada daquele amigo meu...será que é ela?” (olhando apenas para a bunda, vai ser difícil identificar).
Ah! E tem outra técnica super manjada que eles nem imaginam que nós sabemos... ele avista uma mulher a distância, conclui que ela tem potencial para uma boa e bela bunda, então antes que ela se aproxime, ele já se vira na cadeira para ficar na posição certa de olhar a retaguarda da criatura quando ela passar.
Tsc, tsc... tão inteligentes esses rapazes!
Além disso, bunda para eles é sentido de referência, serve para descrever e qualificar uma mulher: “Joaninha, aquela da bunda arrebitada” ... “Luluzinha super bunda”... “Paulinha chulada”... “Maria rabão”... e outros!
Acho mais sensual quando os homens valorizam os seios, mas tudo bem... não vou recriminar a preferência dos meninos.
Inclusive, sou muito a favor do direito de resposta!
Ofereço espaço aqui no blog, caso algum dos leitores masculinos queiram esclarecer ou argumentar algo do que eu disse!
(um dia ainda convenço um certo alemão a ser meu parceiro aqui nos textos!)
Enfim, verdade seja dita... apesar dos homens não serem muito criativos nesses momentos em que olham para nossas bundas, adoramos um elogio com classe ou até mesmo aquele meio vulgar (why not?) dito na hora certa!
That´s all, guys!!!
Enfim, verdade seja dita... apesar dos homens não serem muito criativos nesses momentos em que olham para nossas bundas, adoramos um elogio com classe ou até mesmo aquele meio vulgar (why not?) dito na hora certa!
That´s all, guys!!!
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comportamento
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Dia do rei
Talvez por achar tão triste ele perder a mãe no dia do próprio aniversário, hoje senti vontade de falar sobre Roberto Carlos aqui.
Cresci ouvindo as suas músicas... a minha mãe sempre foi fã!
Eu gostava de olhar o sorriso apaixonado que ela mantinha nos lábios, enquanto cantarolava alguma das inúmeras canções do rei.
Quando me tornei adolescente, comecei a me conhecer melhor, entender do que realmente gostava e não mais sofrer a influência dos meus pais.
Mas Roberto Carlos, nunca saiu das minhas preferências... e se gostar dele é ser brega, assumo esse estigma sem o menor problema ou preconceito.
No ano passado tive o privilégio de ir à um show dele... cantei todas as músicas e chorei em várias delas. Era a materialização da minha infância, adolescência e de alguns amores, em forma de terno azul e cabelos grisalhos.
Eu sou uma romântica incurável... e não desejo ser curada!
Só sendo romântico para entender o quanto as letras do rei são sensíveis.
Sem nenhuma pretensão Shakespeariana, Roberto fala de amor da forma mais simples e mais tocante que já ouvi.
Há os que o acusem de piegas, mas para mim ele é perfeito.
E apesar de gostar das suas músicas mais antigas, percebo o quanto elas são atuais ainda hoje...
A música que vou postar aqui, é a minha preferida dentre todas as do rei.
E sei que muita gente também gosta, por isso não é nenhuma exclusividade minha ou de qualquer outra pessoa que possa escolhê-la.
Antes que alguém pergunte se ela me traz recordações de algum amor do passado, afirmo que NÃO.
Gosto dela pela perfeição com que descreve a sensação de não estar com alguém que se ama ... de saber que esse amor foi embora e que talvez você nunca o tenha de volta.
Curiosamente, a letra não é do rei... mas foi na sua doce voz que eu conheci, ouço até hoje e sempre me emociono.
Se algum dia aparecer alguém assim na sua vida...
Não ouça essa música depois que ele for embora.
Vai doer!
Você foi!
O maior dos meus casos
De todos os abraços
O que eu nunca esqueci
Você foi!
Dos amores que eu tive
O mais complicado
E o mais simples prá mim...
Você foi!
O melhor dos meus erros
A mais estranha história
Que alguém já escreveu
E é por essas e outras
Que a minha saudade
Faz lembrar
De tudo outra vez...
Você foi!
A mentira sincera
Brincadeira mais séria
Que me aconteceu
Você foi!
O caso mais antigo
E o amor mais amigo
Que me apareceu...
...
Você foi!
Toda a felicidade
Você foi a maldade
Que só me fez bem
Você foi!
O melhor dos meus planos
E o maior dos enganos
Que eu pude fazer...
Das lembranças
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
Só assim!
Sinto você bem perto de mim
Outra vez....
(trechos da música Outra Vez)
Cresci ouvindo as suas músicas... a minha mãe sempre foi fã!
Eu gostava de olhar o sorriso apaixonado que ela mantinha nos lábios, enquanto cantarolava alguma das inúmeras canções do rei.
Quando me tornei adolescente, comecei a me conhecer melhor, entender do que realmente gostava e não mais sofrer a influência dos meus pais.
Mas Roberto Carlos, nunca saiu das minhas preferências... e se gostar dele é ser brega, assumo esse estigma sem o menor problema ou preconceito.
No ano passado tive o privilégio de ir à um show dele... cantei todas as músicas e chorei em várias delas. Era a materialização da minha infância, adolescência e de alguns amores, em forma de terno azul e cabelos grisalhos.
Eu sou uma romântica incurável... e não desejo ser curada!
Só sendo romântico para entender o quanto as letras do rei são sensíveis.
Sem nenhuma pretensão Shakespeariana, Roberto fala de amor da forma mais simples e mais tocante que já ouvi.
Há os que o acusem de piegas, mas para mim ele é perfeito.
E apesar de gostar das suas músicas mais antigas, percebo o quanto elas são atuais ainda hoje...
A música que vou postar aqui, é a minha preferida dentre todas as do rei.
E sei que muita gente também gosta, por isso não é nenhuma exclusividade minha ou de qualquer outra pessoa que possa escolhê-la.
Antes que alguém pergunte se ela me traz recordações de algum amor do passado, afirmo que NÃO.
Gosto dela pela perfeição com que descreve a sensação de não estar com alguém que se ama ... de saber que esse amor foi embora e que talvez você nunca o tenha de volta.
Curiosamente, a letra não é do rei... mas foi na sua doce voz que eu conheci, ouço até hoje e sempre me emociono.
Se algum dia aparecer alguém assim na sua vida...
Não ouça essa música depois que ele for embora.
Vai doer!
Você foi!
O maior dos meus casos
De todos os abraços
O que eu nunca esqueci
Você foi!
Dos amores que eu tive
O mais complicado
E o mais simples prá mim...
Você foi!
O melhor dos meus erros
A mais estranha história
Que alguém já escreveu
E é por essas e outras
Que a minha saudade
Faz lembrar
De tudo outra vez...
Você foi!
A mentira sincera
Brincadeira mais séria
Que me aconteceu
Você foi!
O caso mais antigo
E o amor mais amigo
Que me apareceu...
...
Você foi!
Toda a felicidade
Você foi a maldade
Que só me fez bem
Você foi!
O melhor dos meus planos
E o maior dos enganos
Que eu pude fazer...
Das lembranças
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
Só assim!
Sinto você bem perto de mim
Outra vez....
(trechos da música Outra Vez)
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comportamento
domingo, 18 de abril de 2010
Eu dancei!
Sim, meninas, ele é lindo! Podem olhar de novo...
E vocês, meninos, não tenham vergonha de reconhecer esse fato, pois isso não os tornarão menos machos.
A beleza desse rapaz não passaria incólume nem mesmo à um sertanejo brabo que vive nesse mundão de meu Deus...da sua maneira rude e tosca, certamente o peão diria: “Araaa...o cabra é muntcho apessoado messsm, sô!"
Aconselho não tentar ficar decifrando o motivo da beleza, já fiz isso e me atrapalhei ainda mais. Não adianta achar que é o sorriso ou as covinhas ou a cor da pele ou algum outro ponto.
A natureza foi perfeita... e sacana, pois ele tem um irmão gêmeo! (diga aí se a mãe dele não merecia um Oscar em direção de arte!?!)
Bom, Marcelo Timbó além de cantor, músico e gato, agora também é ator.
Participa da nova e impecável montagem da peça Os Cafajestes, com a luxuosa direção de Fernando Guerreiro e produção das queridíssimas Marlucia Morais e Milena Leão.
E é agora que começa a história (real, viu gente?) de hoje... atenção:
Sábado à noite e eu ainda não tinha decidido o que fazer.
O meu amigo Caco liga e me chama para ir ver Os Cafajestes. Respondi “de novo?”, pois já tinha ido duas vezes.
Daí lembrei da minha cena preferida que é quando Alencar (Marcelo), canta “Devaneios” do Julio Iglesias, com postura e cara de hombre caliente... depois dessa rápida lembrança, a minha noite estava decidida: “vamos ao teatro!”.
Risadas garantidas, amigos queridos e estava eu lá me divertindo muito novamente com todas aquelas piadas que detonam o nosso universo feminino.
Para quem já viu a peça, sabe que há um momento em que os atores descem do palco e chamam algumas mulheres da platéia para dançar com eles.
Antes de continuar esse pedaço...
Preciso confessar que todas as noites quando rezo, depois que passo do capítulo “desejos de consumo”, entro no capítulo “homens que desejo e nunca vou ter” e mando os meus pedidos lá pra cima... peço coisas simples do tipo: que um dia o Flausino cante “Só Hoje” segurando a minha mão e olhando nos meus olhos, que um dia o Malvino Salvador me pegue de jeito e que um dia eu pudesse dançar juntinho com o Marcelo Timbó... só esqueci de dizer que essa dança seria particular e íntima e não em cima de um palco, cheio de holofotes e com uma platéia de mais de duzentas pessoas assistindo.
A Galera lá de cima as vezes se atrapalha...preciso detalhar melhor as minhas solicitações!
E agora eu retorno ao acontecido...
Pois é, gente! Marcelo me chamou para dançar com ele no palco... e mais desesperador que isso: eu aceitei!
Tá bom, tá bom... eu sei que foi um mico sem precedentes na minha história, mas lanço o desafio para qualquer mulher que consiga resistir àquela mão estendida e àquele sorriso matador!
Quero ver quem é essa poderosa!!!
Depois da parte que eu levanto da cadeira e pego na mão dele, não lembro de mais nada devido à uma mistura de nervoso, vergonha e timidez.
Mas os meus amigos disseram que me comportei direitinho, que não fiz feio... a roupa não era vulgar, a escova tava bem lisa e tal... enfim, ninguém percebeu que eu estava a dois passos de um enfarto fulminante.
Ah! Só lembro que ele é muito cheiroso e que foi gentil com a minha tremedeira.
E sim, eu já conhecia Marcelo!
Já fizemos alguns eventos com a participação dele e sempre fiquei encantada com a educação e atenção que ele sempre me dispensou... não só à mim, mas à todas as pessoas que se aproximam.
A cada dia me convenço mais que ninguém faz sucesso por acaso... e toda essa beleza externa, não é nada diante da humildade e simpatia desse artista.
É isso gente! Não poderia deixar de contar essa história aqui, né?
Também sou filha de Deus e precisei divulgar os meus poucos segundos de fama...
“Nada por acaso
Olhar você ao meu lado
Veja bem quem eu sou...”
(Água e Sal / Marcelo Timbó)
E vocês, meninos, não tenham vergonha de reconhecer esse fato, pois isso não os tornarão menos machos.
A beleza desse rapaz não passaria incólume nem mesmo à um sertanejo brabo que vive nesse mundão de meu Deus...da sua maneira rude e tosca, certamente o peão diria: “Araaa...o cabra é muntcho apessoado messsm, sô!"
Aconselho não tentar ficar decifrando o motivo da beleza, já fiz isso e me atrapalhei ainda mais. Não adianta achar que é o sorriso ou as covinhas ou a cor da pele ou algum outro ponto.
A natureza foi perfeita... e sacana, pois ele tem um irmão gêmeo! (diga aí se a mãe dele não merecia um Oscar em direção de arte!?!)
Bom, Marcelo Timbó além de cantor, músico e gato, agora também é ator.
Participa da nova e impecável montagem da peça Os Cafajestes, com a luxuosa direção de Fernando Guerreiro e produção das queridíssimas Marlucia Morais e Milena Leão.
E é agora que começa a história (real, viu gente?) de hoje... atenção:
Sábado à noite e eu ainda não tinha decidido o que fazer.
O meu amigo Caco liga e me chama para ir ver Os Cafajestes. Respondi “de novo?”, pois já tinha ido duas vezes.
Daí lembrei da minha cena preferida que é quando Alencar (Marcelo), canta “Devaneios” do Julio Iglesias, com postura e cara de hombre caliente... depois dessa rápida lembrança, a minha noite estava decidida: “vamos ao teatro!”.
Risadas garantidas, amigos queridos e estava eu lá me divertindo muito novamente com todas aquelas piadas que detonam o nosso universo feminino.
Para quem já viu a peça, sabe que há um momento em que os atores descem do palco e chamam algumas mulheres da platéia para dançar com eles.
Antes de continuar esse pedaço...
Preciso confessar que todas as noites quando rezo, depois que passo do capítulo “desejos de consumo”, entro no capítulo “homens que desejo e nunca vou ter” e mando os meus pedidos lá pra cima... peço coisas simples do tipo: que um dia o Flausino cante “Só Hoje” segurando a minha mão e olhando nos meus olhos, que um dia o Malvino Salvador me pegue de jeito e que um dia eu pudesse dançar juntinho com o Marcelo Timbó... só esqueci de dizer que essa dança seria particular e íntima e não em cima de um palco, cheio de holofotes e com uma platéia de mais de duzentas pessoas assistindo.
A Galera lá de cima as vezes se atrapalha...preciso detalhar melhor as minhas solicitações!
E agora eu retorno ao acontecido...
Pois é, gente! Marcelo me chamou para dançar com ele no palco... e mais desesperador que isso: eu aceitei!
Tá bom, tá bom... eu sei que foi um mico sem precedentes na minha história, mas lanço o desafio para qualquer mulher que consiga resistir àquela mão estendida e àquele sorriso matador!
Quero ver quem é essa poderosa!!!
Depois da parte que eu levanto da cadeira e pego na mão dele, não lembro de mais nada devido à uma mistura de nervoso, vergonha e timidez.
Mas os meus amigos disseram que me comportei direitinho, que não fiz feio... a roupa não era vulgar, a escova tava bem lisa e tal... enfim, ninguém percebeu que eu estava a dois passos de um enfarto fulminante.
Ah! Só lembro que ele é muito cheiroso e que foi gentil com a minha tremedeira.
E sim, eu já conhecia Marcelo!
Já fizemos alguns eventos com a participação dele e sempre fiquei encantada com a educação e atenção que ele sempre me dispensou... não só à mim, mas à todas as pessoas que se aproximam.
A cada dia me convenço mais que ninguém faz sucesso por acaso... e toda essa beleza externa, não é nada diante da humildade e simpatia desse artista.
É isso gente! Não poderia deixar de contar essa história aqui, né?
Também sou filha de Deus e precisei divulgar os meus poucos segundos de fama...
“Nada por acaso
Olhar você ao meu lado
Veja bem quem eu sou...”
(Água e Sal / Marcelo Timbó)
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quinta-feira, 15 de abril de 2010
Ela traiu...
Não entendeu muito bem como conseguiu chegar até ali em um quarto frio de motel, muito menos o que aquele amontoado de músculos fazia sobre o seu corpo.
O sexo nunca foi tão ruim e tão necessário!
Procurou qualquer eufemismo que suavizasse a atitude de estar ali com um homem que não era o seu namorado, mas nada conseguiu minimizar a posição de algoz em que insistia em se colocar.
Exortada por uma série de razões, decidiu que era hora dele provar um pouco do veneno que servira à ela em doses paulatinas, durante aqueles anos de namoro.
Depois que, definitivamente, afastou as cortinas que usava para esconder todos os erros e traições do homem que amava, as pequenas virtudes que ele possuía não foram suficientes para evitar uma revanche.
Se permitiu trair!
Se deixou levar por um convite que sequer lhe despertava interesse, mas o desejo da alma, superou o da carne.
Traiu duplamente...à ele, por merecimento e à ela que cedeu o seu corpo para alguém que não lhe provocava nenhum desejo.
Se houve algum prazer naquele encontro, certamente não foi sexual.
E enquanto tentava corresponder com o corpo o que o coração repulsava, os pensamentos pareciam difusos e distantes dali...
Não pensava só na entourage de mulheres que já haviam passado pelas mãos do namorado infiel, enquanto ela vivia em função de um amor unilateral... lembrava também de todos os momentos em que precisou de atenção e não teve, de todas as vezes que perdeu a prioridade para qualquer assunto sem importância, de todas as noites em que tentou abraçá-lo e não houve receptividade, da forma grosseira que os seus carinhos eram recebidos, da falta de tato e sensibilidade na hora do sexo, de todas as vezes que desejou ouvir que era amada e não ouviu e dos momentos mais simples como os que precisava só segurar na sua mão e ele nunca estendia...ou entendia.
Olhando para o espelho do teto, não conseguia se encontrar naquela imagem.
Não era ela que estava ali... e essa conclusão não competia à uma crise moral, era apenas a constatação do que ela permitiu que fizessem com a sua vida e não foi condescendente ao se acusar como única culpada de todo aquele embrolho.
Quando acabou o sexo mais confuso e sem prazer que já teve, entendeu o que alguns homens sentem ao irem para a cama com uma mulher que não conhecem.
Desejou imensamente que entre todos aqueles botões que haviam ao lado da cama, existisse um EJECT, para que ela pudesse apertar e desaparecer dali da forma mais rápida possível.
Apesar de todas as sua ponderações, não saiu arrependida...nem fisicamente satisfeita.
Simplesmente achou que fez o que deveria ter feito.
Mas não queria fazer de novo... pior do que ter sofrido com a imaturidade e o egoísmo de um homem que amou, era se comparar à ele e viver praticando os mesmos atos.
Chegaria em casa e depois de um banho onde sentisse o corpo limpo e a alma lavada, esperaria o momento de encontrá-lo para colocar um ponto final naquela história que passava longe de um final feliz!
Depois de ter traído, entendeu menos ainda a infidelidade.
O sexo nunca foi tão ruim e tão necessário!
Procurou qualquer eufemismo que suavizasse a atitude de estar ali com um homem que não era o seu namorado, mas nada conseguiu minimizar a posição de algoz em que insistia em se colocar.
Exortada por uma série de razões, decidiu que era hora dele provar um pouco do veneno que servira à ela em doses paulatinas, durante aqueles anos de namoro.
Depois que, definitivamente, afastou as cortinas que usava para esconder todos os erros e traições do homem que amava, as pequenas virtudes que ele possuía não foram suficientes para evitar uma revanche.
Se permitiu trair!
Se deixou levar por um convite que sequer lhe despertava interesse, mas o desejo da alma, superou o da carne.
Traiu duplamente...à ele, por merecimento e à ela que cedeu o seu corpo para alguém que não lhe provocava nenhum desejo.
Se houve algum prazer naquele encontro, certamente não foi sexual.
E enquanto tentava corresponder com o corpo o que o coração repulsava, os pensamentos pareciam difusos e distantes dali...
Não pensava só na entourage de mulheres que já haviam passado pelas mãos do namorado infiel, enquanto ela vivia em função de um amor unilateral... lembrava também de todos os momentos em que precisou de atenção e não teve, de todas as vezes que perdeu a prioridade para qualquer assunto sem importância, de todas as noites em que tentou abraçá-lo e não houve receptividade, da forma grosseira que os seus carinhos eram recebidos, da falta de tato e sensibilidade na hora do sexo, de todas as vezes que desejou ouvir que era amada e não ouviu e dos momentos mais simples como os que precisava só segurar na sua mão e ele nunca estendia...ou entendia.
Olhando para o espelho do teto, não conseguia se encontrar naquela imagem.
Não era ela que estava ali... e essa conclusão não competia à uma crise moral, era apenas a constatação do que ela permitiu que fizessem com a sua vida e não foi condescendente ao se acusar como única culpada de todo aquele embrolho.
Quando acabou o sexo mais confuso e sem prazer que já teve, entendeu o que alguns homens sentem ao irem para a cama com uma mulher que não conhecem.
Desejou imensamente que entre todos aqueles botões que haviam ao lado da cama, existisse um EJECT, para que ela pudesse apertar e desaparecer dali da forma mais rápida possível.
Apesar de todas as sua ponderações, não saiu arrependida...nem fisicamente satisfeita.
Simplesmente achou que fez o que deveria ter feito.
Mas não queria fazer de novo... pior do que ter sofrido com a imaturidade e o egoísmo de um homem que amou, era se comparar à ele e viver praticando os mesmos atos.
Chegaria em casa e depois de um banho onde sentisse o corpo limpo e a alma lavada, esperaria o momento de encontrá-lo para colocar um ponto final naquela história que passava longe de um final feliz!
Depois de ter traído, entendeu menos ainda a infidelidade.
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quarta-feira, 14 de abril de 2010
A paixão e os seus sintomas
Chega de repente, por alguém que você nem esperava (as vezes esperava, sim!).
Até a ficha cair, você reluta um pouco a aceitar...
Tenta disfarçar, dizer para as pessoas que já percebem, que é só impressão e tal.
Mas chega um momento em que os sintomas se evidenciam e o diagnóstico deixa claro que você está, contaminadamente apaixonado.
Existem situações que podem te ajudar a elucidar e suprimir essa descrença, a saber:
Você começa a sofrer de TDA (transtorno do déficit de atenção), perde facilmente a concentração com o pensamento recorrente na vítima.
O vizinho chato que te acordava no domingo tocando aquela guitarra alta e desafinada, não mais te incomoda tanto.
No trânsito quando alguém buzina, fecha ou empurra o seu carro para a faixa lateral, você sequer tenta objetar, pois está ouvindo aquele cd do James Morrison que já associou a sua alma gêmea.
Se faz sol, o dia está lindo... e se chove, também.
O simples fato de ver a pessoa, mesmo que de longe, faz você ganhar o dia.
Tudo que a criatura falar, você vai achar engraçado, inteligente ou relevante... por mais que a frase seja “passa o sal, por favor!”.
Taquicardia, rubor, perda temporária da fala e mãos trêmulas também são passíveis de ocorrer em organismos com baixa imunidade às atrações físicas.
Estes são só alguns dos sintomas básicos e iniciais, que podem ser agravados com o passar dos dias. Caso você tenha se encaixado em apenas três deles, já é um potencial portador do vírus.
Não adianta ir ao médico... não há remédio ou antídoto identificado até o momento.
O procedimento indicado é esperar o tempo de incubação.
É isso aí... não adianta fugir, todos nós fazemos parte do grupo de risco!!!
Até a ficha cair, você reluta um pouco a aceitar...
Tenta disfarçar, dizer para as pessoas que já percebem, que é só impressão e tal.
Mas chega um momento em que os sintomas se evidenciam e o diagnóstico deixa claro que você está, contaminadamente apaixonado.
Existem situações que podem te ajudar a elucidar e suprimir essa descrença, a saber:
Você começa a sofrer de TDA (transtorno do déficit de atenção), perde facilmente a concentração com o pensamento recorrente na vítima.
O vizinho chato que te acordava no domingo tocando aquela guitarra alta e desafinada, não mais te incomoda tanto.
No trânsito quando alguém buzina, fecha ou empurra o seu carro para a faixa lateral, você sequer tenta objetar, pois está ouvindo aquele cd do James Morrison que já associou a sua alma gêmea.
Se faz sol, o dia está lindo... e se chove, também.
O simples fato de ver a pessoa, mesmo que de longe, faz você ganhar o dia.
Tudo que a criatura falar, você vai achar engraçado, inteligente ou relevante... por mais que a frase seja “passa o sal, por favor!”.
Taquicardia, rubor, perda temporária da fala e mãos trêmulas também são passíveis de ocorrer em organismos com baixa imunidade às atrações físicas.
Estes são só alguns dos sintomas básicos e iniciais, que podem ser agravados com o passar dos dias. Caso você tenha se encaixado em apenas três deles, já é um potencial portador do vírus.
Não adianta ir ao médico... não há remédio ou antídoto identificado até o momento.
O procedimento indicado é esperar o tempo de incubação.
É isso aí... não adianta fugir, todos nós fazemos parte do grupo de risco!!!
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terça-feira, 13 de abril de 2010
Special Day!!!
Hoje é o dia do beijo!
E eu não poderia deixar de render as minhas homenagens à algo que gosto tanto e que tenho falado em tantos posts que já publiquei aqui.
Por mim, a data merecia um feriado!
Eu adoro beijar... posso até não lembrar de detalhes que permearam alguns dos meus relacionamentos, mas dos beijos bons eu nunca esqueço!
Sou apaixonada por esse ato físico e tão íntimo.
Quem inventou essa coisa boa, gente?
Precisamos descobrir para trocar o nome do aeroporto de Salvador e das maiores avenidas da cidade, pelo nome do criador do beijo.
O beijo na boca pode até parecer algo comum, mas não é um procedimento simples, é sofisticado.
Mas não diria que beijar bem é um dom, acredito que todos possam conseguir a perfeição nesse campo, basta ter dedicação.
Pena que muitos não dêem tanta importância e beijam sem entrega, sem prestar atenção no que estão fazendo e no quanto essa ação é boa.
Beijar bem não é atacar a boca do outro com uma língua sufocante, nem começar como se já fosse o final. O beijo é um processo gradativo... começa terno, calmo e carinhoso, para em seguida explodir todo o desejo contido nele.
Não sei vocês, mas para mim, beijo é ponto eliminatório no início de uma relação... se ele não for bom, dificilmente, o resto será.
A questão é que não podemos ensinar ninguém a beijar, cada um tem que ter a sua identidade.
Fico, excepcionalmente, feliz quando encontro um beijo bom... se eu pudesse, faria um anúncio de página dupla na Veja, elogiando o rapaz... até pagaria o seguro do carro dele (é bom lembrar que decidi isso agora e nesse caso a lei não retroage, ainda que para beneficiar o réu, portanto nada de reivindicações retardatárias!)
Existe coisa melhor que aquele momento que antecede o beijo?
Aqueles segundos em que os rostos estão se aproximando e o primeiro toque no nariz indica que a boca está à um fechar de olhos?
A expectativa de beijar alguém que se gosta, chega a causar uma agonia física...uma agonia deliciosa de sentir, fazendo com que a espera o deixe ainda melhor do que já é.
Por tudo isso, me considero submissa à esse ato! Não canso de dizer o quanto beijar é bom.
E de todas as músicas que falam de beijo e que eu poderia escolher para finalizar o post... no momento, essa é a melhor para mim...
“Quanto mais desejo um beijo...um beijo teu
Muito mais eu vejo gosto em viver...”
(Pétala / Djavan)
E eu não poderia deixar de render as minhas homenagens à algo que gosto tanto e que tenho falado em tantos posts que já publiquei aqui.
Por mim, a data merecia um feriado!
Eu adoro beijar... posso até não lembrar de detalhes que permearam alguns dos meus relacionamentos, mas dos beijos bons eu nunca esqueço!
Sou apaixonada por esse ato físico e tão íntimo.
Quem inventou essa coisa boa, gente?
Precisamos descobrir para trocar o nome do aeroporto de Salvador e das maiores avenidas da cidade, pelo nome do criador do beijo.
O beijo na boca pode até parecer algo comum, mas não é um procedimento simples, é sofisticado.
Mas não diria que beijar bem é um dom, acredito que todos possam conseguir a perfeição nesse campo, basta ter dedicação.
Pena que muitos não dêem tanta importância e beijam sem entrega, sem prestar atenção no que estão fazendo e no quanto essa ação é boa.
Beijar bem não é atacar a boca do outro com uma língua sufocante, nem começar como se já fosse o final. O beijo é um processo gradativo... começa terno, calmo e carinhoso, para em seguida explodir todo o desejo contido nele.
Não sei vocês, mas para mim, beijo é ponto eliminatório no início de uma relação... se ele não for bom, dificilmente, o resto será.
A questão é que não podemos ensinar ninguém a beijar, cada um tem que ter a sua identidade.
Fico, excepcionalmente, feliz quando encontro um beijo bom... se eu pudesse, faria um anúncio de página dupla na Veja, elogiando o rapaz... até pagaria o seguro do carro dele (é bom lembrar que decidi isso agora e nesse caso a lei não retroage, ainda que para beneficiar o réu, portanto nada de reivindicações retardatárias!)
Existe coisa melhor que aquele momento que antecede o beijo?
Aqueles segundos em que os rostos estão se aproximando e o primeiro toque no nariz indica que a boca está à um fechar de olhos?
A expectativa de beijar alguém que se gosta, chega a causar uma agonia física...uma agonia deliciosa de sentir, fazendo com que a espera o deixe ainda melhor do que já é.
Por tudo isso, me considero submissa à esse ato! Não canso de dizer o quanto beijar é bom.
E de todas as músicas que falam de beijo e que eu poderia escolher para finalizar o post... no momento, essa é a melhor para mim...
“Quanto mais desejo um beijo...um beijo teu
Muito mais eu vejo gosto em viver...”
(Pétala / Djavan)
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segunda-feira, 12 de abril de 2010
Quem achou?
Atenção equipes de busca:
Favor desprezarem os objetos de escavação, perfurocortantes, mapas, bússolas e desarmarem acampamento.
As evidências são fortes e estamos encerrando a procura, o relatório enviado pela central é claro e definitivo:
A fórmula do amor não existe!
E caso exista, algum engraçadinho achou e guardou só para ele.
Portanto, a partir de agora baixem a guarda e joguem fora os sacos de esperança outrora armazenados.
É, eu sei o quanto é difícil ouvir isso!
Passei a minha vida inteira procurando por ela e agora vejo quanto tempo perdi.
Pensei haver mesmo alguma fórmula para se construir um amor, pois nunca entendia quando não conseguia ter perto de mim alguém que desejasse muito.
Tudo me levava a crer que essa equação existia... perceba:
O que foi que aconteceu quando achei que tudo caminhava bem, que tínhamos empatia, sintonia na conversa, química sexual que saltava aos olhos, poros e pele e não passou de alguns encontros?
Por certo esqueci de jogar alguma molécula extra e sem ela, o composto não funcionou.
Como foi que deu errado aquele encontro que eu tinha como fato e ele não apareceu?
Óbvio! Faltou o Potássio para fundir e o processo crescer (sem trocadilhos, por favor!).
Porque eu vejo em nós um casal perfeito, acho até que a gente fica bem de mãos dadas ou abraçados e ele não percebe algo tão absurdamente claro?
A única justificativa para esse deslize dele, deve ser atribuída à falta de uma dosagem de Bromo que é altamente reativo e um forte agente oxidante na presença de homens desligados.
Por conta de todas essas conclusões, naturalmente sensatas, é que acreditei durante todo esse tempo, existir esta bendita fórmula para o amor.
Mas acabo de dar por encerrada todas as buscas.
Desisto de entender, esperar ou qualquer outro verbo que me deixe parada e perdida.
Mas quero confessar:
Se esta fórmula existir e eu descobrir quem escondeu... vou lá e peço para continuarem escondendo.
Tenho certeza que os amores sem fórmulas e moldes são os melhores e mais intensos.
Favor desprezarem os objetos de escavação, perfurocortantes, mapas, bússolas e desarmarem acampamento.
As evidências são fortes e estamos encerrando a procura, o relatório enviado pela central é claro e definitivo:
A fórmula do amor não existe!
E caso exista, algum engraçadinho achou e guardou só para ele.
Portanto, a partir de agora baixem a guarda e joguem fora os sacos de esperança outrora armazenados.
É, eu sei o quanto é difícil ouvir isso!
Passei a minha vida inteira procurando por ela e agora vejo quanto tempo perdi.
Pensei haver mesmo alguma fórmula para se construir um amor, pois nunca entendia quando não conseguia ter perto de mim alguém que desejasse muito.
Tudo me levava a crer que essa equação existia... perceba:
O que foi que aconteceu quando achei que tudo caminhava bem, que tínhamos empatia, sintonia na conversa, química sexual que saltava aos olhos, poros e pele e não passou de alguns encontros?
Por certo esqueci de jogar alguma molécula extra e sem ela, o composto não funcionou.
Como foi que deu errado aquele encontro que eu tinha como fato e ele não apareceu?
Óbvio! Faltou o Potássio para fundir e o processo crescer (sem trocadilhos, por favor!).
Porque eu vejo em nós um casal perfeito, acho até que a gente fica bem de mãos dadas ou abraçados e ele não percebe algo tão absurdamente claro?
A única justificativa para esse deslize dele, deve ser atribuída à falta de uma dosagem de Bromo que é altamente reativo e um forte agente oxidante na presença de homens desligados.
Por conta de todas essas conclusões, naturalmente sensatas, é que acreditei durante todo esse tempo, existir esta bendita fórmula para o amor.
Mas acabo de dar por encerrada todas as buscas.
Desisto de entender, esperar ou qualquer outro verbo que me deixe parada e perdida.
Mas quero confessar:
Se esta fórmula existir e eu descobrir quem escondeu... vou lá e peço para continuarem escondendo.
Tenho certeza que os amores sem fórmulas e moldes são os melhores e mais intensos.
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domingo, 11 de abril de 2010
dEXintoxicação
As pessoas nutrem uma curiosidade mórbida e irritante pela vida alheia.
Se você namora, querem saber quando casa, se casa querem saber quando vem o primeiro filho, depois do primeiro cobram o segundo...e por aí vai.
Hoje, encontrei com uma amiga comum, minha e do meu ex-namorado, que me veio com a seguinte pérola:
“Menina, soube que o seu Ex se casou, hein! Que rápido, não? E você continua solteira... ainda não apareceu ninguém?”
Gostaria de deixar bem claro que se essa criatura aparecer morta, não fui eu!!!
Mas pode ter sido a Senhorita Rosa, na sala de música, com o candelabro.
E se você nunca jogou Detetive, não vai entender o meu álibe.
Ocorre que não quis aumentar a conversa com a fulana e não me dispus a informá-la que ainda estou em fase de desintoxicação do último namoro.
Veja bem, perceba que não mencionei sofrimento ou qualquer tipo de dor, por essa fase eu já passei e com louvor...
Estou feliz, vivendo e me livrando do ranço, dos vícios, das mentiras que me fizeram acreditar.
Preciso voltar a confiar nas pessoas!
Tenho que internalizar, de uma vez por todas, que eu nunca fui uma ciumenta neurótica, apenas era dotada de uma certa inteligência que me fazia perceber as coisas ao meu redor.
Devo reconhecer meus méritos nos elogios sinceros que recebo.
Quando um homem disser que sou bonita ou inteligente ou divertida... tenho que tomar como verdade e não achar que ele está falando aquilo só por causa do meu decote tamanho 42 (que nem é tão grande assim).
Quero muito não me esconder feito um coelho assustado, quando alguém me oferecer carinho.
Desejo de todo o coração voltar a confiar na sinceridade dos sentimentos, na capacidade de amar e ser amada e na possibilidade de ter alguém ao meu lado que não olhe apenas para o próprio umbigo.
Só depois de alguns ajustes como estes, estarei pronta para um novo relacionamento.
Para quem interessar possa ... quero dizer que tenho conhecido homens interessantes, sim obrigada!
Alguns até com interesse em namorar, portanto até agora, a opção de estar solteira é minha.
Mas quando chegar alguém, tem que ser aquele que me faça esquecer de todas essas regrinhas, paradigmas e medos... me pegue de jeito e consiga domar esse meu coração selvagem.
E sim, eu sei que estarei sujeita a viver tudo o que envolve o amor, novamente, inclusive as suas dores... mas torço que sejam mais amenas que as últimas.
Por fim, se ninguém entender ou concordar com tudo isso, eu canto uma música do Rei e vou seguindo...
“Você não sabe...
Mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez
E tenho medo
De fazer planos.. de tentar e sofrer outra vez”
(Roberto Carlos)
Se você namora, querem saber quando casa, se casa querem saber quando vem o primeiro filho, depois do primeiro cobram o segundo...e por aí vai.
Hoje, encontrei com uma amiga comum, minha e do meu ex-namorado, que me veio com a seguinte pérola:
“Menina, soube que o seu Ex se casou, hein! Que rápido, não? E você continua solteira... ainda não apareceu ninguém?”
Gostaria de deixar bem claro que se essa criatura aparecer morta, não fui eu!!!
Mas pode ter sido a Senhorita Rosa, na sala de música, com o candelabro.
E se você nunca jogou Detetive, não vai entender o meu álibe.
Ocorre que não quis aumentar a conversa com a fulana e não me dispus a informá-la que ainda estou em fase de desintoxicação do último namoro.
Veja bem, perceba que não mencionei sofrimento ou qualquer tipo de dor, por essa fase eu já passei e com louvor...
Estou feliz, vivendo e me livrando do ranço, dos vícios, das mentiras que me fizeram acreditar.
Preciso voltar a confiar nas pessoas!
Tenho que internalizar, de uma vez por todas, que eu nunca fui uma ciumenta neurótica, apenas era dotada de uma certa inteligência que me fazia perceber as coisas ao meu redor.
Devo reconhecer meus méritos nos elogios sinceros que recebo.
Quando um homem disser que sou bonita ou inteligente ou divertida... tenho que tomar como verdade e não achar que ele está falando aquilo só por causa do meu decote tamanho 42 (que nem é tão grande assim).
Quero muito não me esconder feito um coelho assustado, quando alguém me oferecer carinho.
Desejo de todo o coração voltar a confiar na sinceridade dos sentimentos, na capacidade de amar e ser amada e na possibilidade de ter alguém ao meu lado que não olhe apenas para o próprio umbigo.
Só depois de alguns ajustes como estes, estarei pronta para um novo relacionamento.
Para quem interessar possa ... quero dizer que tenho conhecido homens interessantes, sim obrigada!
Alguns até com interesse em namorar, portanto até agora, a opção de estar solteira é minha.
Mas quando chegar alguém, tem que ser aquele que me faça esquecer de todas essas regrinhas, paradigmas e medos... me pegue de jeito e consiga domar esse meu coração selvagem.
E sim, eu sei que estarei sujeita a viver tudo o que envolve o amor, novamente, inclusive as suas dores... mas torço que sejam mais amenas que as últimas.
Por fim, se ninguém entender ou concordar com tudo isso, eu canto uma música do Rei e vou seguindo...
“Você não sabe...
Mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez
E tenho medo
De fazer planos.. de tentar e sofrer outra vez”
(Roberto Carlos)
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Amor de blog
Sempre foi contra os amores virtuais construídos na internet.
Dizia ser impossível se apaixonar por alguém que não conhecesse.
Também nunca levou a sério aquele ditado que diz “nunca diga desta água não beberei”.
Estamos falando de uma garota que tem um blog e gosta de escrever na madrugada, pois é quando sente mais tranqüilidade para pensar.
Era mais um post que falava sobre homens e então precisou fazer uma pesquisa através do google. Quando já tinha achado o que procurava, percebeu o link de um blog que chamou sua atenção e acessou.
Foi aí que tudo começou... o garoto do blog falava de mulheres, sexo e amor de uma forma que a fez congelar. Ele era perfeito!
Leu o primeiro texto e não parou mais... quase perdeu o horário de acordar no dia seguinte.
Pela manhã, chegando no trabalho, a garota do blog chamou a melhor amiga e disse:
“Acho que estou me apaixonando!”
E a amiga mal conteve a alegria:
“Que maravilha! Você merece, depois de tudo que passou com aquilo que parecia se aproximar um pouco de um ser humano!”... melhor amiga sempre exagera!.. e continuou.. “Mas me conta logo quem é”.
A garota do blog disse que contaria depois, ainda era cedo para revelar...
Contava os minutos para chegar a noite e encontrar, novamente, com o garoto do blog, de forma unilateral a bem dizer. Cada texto que ela lia, evocava uma reação diferente... as vezes chorava, as vezes ria, as vezes desejava e em todas as vezes se apaixonava mais um pouco.
Alguns textos dele, pareciam responder o que ela havia escrito em um outro momento. Como pode ser? Se perguntava e não achava resposta...
Resolveu dividir a angústia com os amigos mais próximos:
“Estou apaixonada por um garoto que escreve um blog sobre amor!”
Depois que contou, ouviu as seguintes frases, não necessariamente nessa mesma ordem:
1. Hã??
2. Peraí... volta tudo que fui pegar um cafezinho e acho que perdi algum pedaço.
3. Como assim, apaixonada? Vocês nem se conhecem.
4. PQP! Você gosta de um homem complicado, hein? Haja paciência!
Mas era verdade! A garota do blog não só estava apaixonada, como até abandonou os seus autores preferidos para ler apenas o blog do garoto.
Percebia que os seus textos tinham expressões dele, as vezes, inconscientemente, até escrevia respondendo à algum post que ele havia publicado no dia anterior.
Desabafava com a amiga:
“Estou perdendo minha identidade! Estou contaminada com as palavras dele.”
A amiga respondia:
“Relaxa! Na faculdade você queria que todos os jobs se passassem na cidade de Macondo, por influência do Garcia Márquez, depois passa!”
A garota do blog passou a ser motivo de gozação na turma.
O amigo mais irônico, espalhava: “Sabia que ela ta namorando? Mas o cara não sabe... se souber, ele termina!”
A amiga mais compreensiva falava: “Faz alguma coisa, envia um comentário”.
Mas a garota do blog já tinha pensado nisso.. e sabia que seria apenas mais uma a fazê-lo.
Então decidiu adotar um codinome para falar com o seu beija-flor, digo, com o garoto do blog.
E assim foi...
Depois que enviou, desejou profundamente que aquele fosse o primeiro passo para se aproximar dele.
Mas o garoto do blog resolveu que iria bloquear os comentários anônimos e o mundo dela caiu!
A garota apelou...pegou pesado... lascou um e-mail, perguntando se ela também seria detida.
E, pasmem, ele respondeu!
Respondeu de forma educada que ela poderia continuar comentando e que tinha curiosidade em saber quem ela era (uia!!!!).
E agora, pasmem ainda mais, depois de vários e-mails trocados, ela se revelou, eles de “conheceram” e até já conversaram pelo msn.
Na Corte correm apostas... a plebe se divide em “vai parar por aí” e “pode ser que vá adiante”.
Quanto à garota do blog, apesar de muito feliz por tudo que aconteceu, ela prefere não apostar, nem criar falsas expectativas!
A única coisa que ela não pára de pensar é em uma frase que diz assim:
Cuidado com o que você deseja, pois pode acabar conseguindo!
"Mas como entender que os dois
Por serem feijão e arroz
Se encontram só de passagem..."
(OTM)
Dizia ser impossível se apaixonar por alguém que não conhecesse.
Também nunca levou a sério aquele ditado que diz “nunca diga desta água não beberei”.
Estamos falando de uma garota que tem um blog e gosta de escrever na madrugada, pois é quando sente mais tranqüilidade para pensar.
Era mais um post que falava sobre homens e então precisou fazer uma pesquisa através do google. Quando já tinha achado o que procurava, percebeu o link de um blog que chamou sua atenção e acessou.
Foi aí que tudo começou... o garoto do blog falava de mulheres, sexo e amor de uma forma que a fez congelar. Ele era perfeito!
Leu o primeiro texto e não parou mais... quase perdeu o horário de acordar no dia seguinte.
Pela manhã, chegando no trabalho, a garota do blog chamou a melhor amiga e disse:
“Acho que estou me apaixonando!”
E a amiga mal conteve a alegria:
“Que maravilha! Você merece, depois de tudo que passou com aquilo que parecia se aproximar um pouco de um ser humano!”... melhor amiga sempre exagera!.. e continuou.. “Mas me conta logo quem é”.
A garota do blog disse que contaria depois, ainda era cedo para revelar...
Contava os minutos para chegar a noite e encontrar, novamente, com o garoto do blog, de forma unilateral a bem dizer. Cada texto que ela lia, evocava uma reação diferente... as vezes chorava, as vezes ria, as vezes desejava e em todas as vezes se apaixonava mais um pouco.
Alguns textos dele, pareciam responder o que ela havia escrito em um outro momento. Como pode ser? Se perguntava e não achava resposta...
Resolveu dividir a angústia com os amigos mais próximos:
“Estou apaixonada por um garoto que escreve um blog sobre amor!”
Depois que contou, ouviu as seguintes frases, não necessariamente nessa mesma ordem:
1. Hã??
2. Peraí... volta tudo que fui pegar um cafezinho e acho que perdi algum pedaço.
3. Como assim, apaixonada? Vocês nem se conhecem.
4. PQP! Você gosta de um homem complicado, hein? Haja paciência!
Mas era verdade! A garota do blog não só estava apaixonada, como até abandonou os seus autores preferidos para ler apenas o blog do garoto.
Percebia que os seus textos tinham expressões dele, as vezes, inconscientemente, até escrevia respondendo à algum post que ele havia publicado no dia anterior.
Desabafava com a amiga:
“Estou perdendo minha identidade! Estou contaminada com as palavras dele.”
A amiga respondia:
“Relaxa! Na faculdade você queria que todos os jobs se passassem na cidade de Macondo, por influência do Garcia Márquez, depois passa!”
A garota do blog passou a ser motivo de gozação na turma.
O amigo mais irônico, espalhava: “Sabia que ela ta namorando? Mas o cara não sabe... se souber, ele termina!”
A amiga mais compreensiva falava: “Faz alguma coisa, envia um comentário”.
Mas a garota do blog já tinha pensado nisso.. e sabia que seria apenas mais uma a fazê-lo.
Então decidiu adotar um codinome para falar com o seu beija-flor, digo, com o garoto do blog.
E assim foi...
Depois que enviou, desejou profundamente que aquele fosse o primeiro passo para se aproximar dele.
Mas o garoto do blog resolveu que iria bloquear os comentários anônimos e o mundo dela caiu!
A garota apelou...pegou pesado... lascou um e-mail, perguntando se ela também seria detida.
E, pasmem, ele respondeu!
Respondeu de forma educada que ela poderia continuar comentando e que tinha curiosidade em saber quem ela era (uia!!!!).
E agora, pasmem ainda mais, depois de vários e-mails trocados, ela se revelou, eles de “conheceram” e até já conversaram pelo msn.
Na Corte correm apostas... a plebe se divide em “vai parar por aí” e “pode ser que vá adiante”.
Quanto à garota do blog, apesar de muito feliz por tudo que aconteceu, ela prefere não apostar, nem criar falsas expectativas!
A única coisa que ela não pára de pensar é em uma frase que diz assim:
Cuidado com o que você deseja, pois pode acabar conseguindo!
"Mas como entender que os dois
Por serem feijão e arroz
Se encontram só de passagem..."
(OTM)
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sexta-feira, 9 de abril de 2010
Um encontro na zona rural
Lembrava, claramente, do rosto dele naqueles dias em que, enquanto treinava vôlei pela manhã, o via sentado na arquibancada da quadra, assistindo atento.
Ela não era uma jogadora profissional, fazia apenas uma atividade esportiva que gostava e ele não estava lá para vê-la, apenas matava o seu tempo ocioso.
No colégio não se encontravam...ele estava a três séries a menos e ela era três anos mais velha. Nesse período, a diferença de idade era mais visível...ela já era uma mocinha que começava a paquerar e ele um moleque que, provavelmente, ainda “jogava futebol de botão com seu avô”.
O tempo passa, o tempo vôa, a poupança Bamerindus não existe mais e a diferença de idade entre eles agora parece bem menor.
Eis que em um feriado, eles retornam àquela “pequena e pacata cidade de Miracema do Norte”, onde nasceram, e se permitem um olhar mais incisivo, pesquisador, curioso e com um certo desejo que jamais pensariam existir.
Encontraram-se naquela festa do sábado à noite onde estavam os velhos amigos de infância e sem maiores negociações, deram um beijo.
Ela concluiu que sendo ele três anos mais novo, algumas concessões deveriam ser feitas, mas ficou feliz em sentir que o beijo era bom e não precisaria atribuir à idade dele, caso não fosse.
É claro que ela já se relacionou com caras até mais novos, mas havia um agravante: os outros ela não tinha conhecido na infância.
Saindo da festa, um convite para trocar beijinhos dentro do carro, nada mais natural em uma cidade pequena do interior onde existem tantas ruas desertas.
Convite aceito e então resolveram se afastar o quanto podiam do centro da cidade, parando em um lugar mais deserto, escuro (um breu, melhor dizendo) e com aquele céu que só existe nesse tipo bucólico de cidade.
Ficaram um bom tempo ali parados... e ela não conseguia parar de fazer algumas ponderações: era atencioso como se tivesse 3 anos a mais e com o atrevimento peculiar aos seus 3 anos a menos. Tinha a compreensão de 3 anos a mais, sem deixar de ter a pressa de quem possui 3 anos a menos.
Pronto! Agora vou satisfazer a sua curiosidade: eles não transaram dentro do carro, ok? Óbvio que por decisão dela!
Mas a conversa era boa, a sintonia idem e ele se mostrava mais carinhoso do que ela imaginou que seria.
Que bom! Três anos a menos não fazem mesmo a menor diferença, pensou ela.
Apesar da relutância de quem queria passar a noite inteira ali, decidiram por voltar para casa. Ele ligou o carro e o farol iluminou o que estava na frente: uma dessas estradas não pavimentadas onde percebia-se um convite à prática de um “cavalo de pau”.
E ele, com todo o seu espírito aventureiro e a irresponsabilidade dos 3 anos a menos, resolve puxar o freio de mão, apesar de todos os protestos dela.
O problema é que a estrada muito estreita e escura, dificultava a manobra para o carro retornar. Então, sem pensar muito onde estava e sem medo, ele segue mais para a frente percebendo depois que tinha atolado os pneus dianteiros a milímetros de um precipício...e, certamente, o carro não sairia dali sozinho, nem se ele tivesse um cinto de utilidades igual ao do batman.
Quando ela percebeu onde o carro estava, prendeu a respiração com medo de que qualquer movimento pudesse incliná-lo mais para a frente e fazê-los descer ribanceira abaixo.
Rapidamente, cogitou que por não ter aceitado transar com ele naquele momento, talvez aquilo fosse uma vingança e que a próxima frase dele seria: “ou você dá ou a gente desce!”
Merda! Três anos a menos, fazem mesmo muita diferença, pensou ela de novo!
Mas essa não foi a intenção dele, que ficou visivelmente chateado com a proporção que uma atitude bôba e momentânea havia tomado, deixando o seu carro a centímetros de uma queda livre e colocando em risco a vida deles.
Saíram do carro e a situação se transformou em comédia!
Riram muito e apesar da lua não ter se mostrado, a noite estava linda e eles continuaram a conversar perto do carro pendurado, enquanto esperavam a ajuda de um amigo discreto que não questionaria mais tarde o que eles estavam fazendo ali, nem espalharia o acontecido pela cidade...e tudo foi resolvido!
Ah! Já ia esquecendo... ele pediu o telefone dela... e ligou durante a semana!
Três anos a menos de pura atitude!!!
Ela não era uma jogadora profissional, fazia apenas uma atividade esportiva que gostava e ele não estava lá para vê-la, apenas matava o seu tempo ocioso.
No colégio não se encontravam...ele estava a três séries a menos e ela era três anos mais velha. Nesse período, a diferença de idade era mais visível...ela já era uma mocinha que começava a paquerar e ele um moleque que, provavelmente, ainda “jogava futebol de botão com seu avô”.
O tempo passa, o tempo vôa, a poupança Bamerindus não existe mais e a diferença de idade entre eles agora parece bem menor.
Eis que em um feriado, eles retornam àquela “pequena e pacata cidade de Miracema do Norte”, onde nasceram, e se permitem um olhar mais incisivo, pesquisador, curioso e com um certo desejo que jamais pensariam existir.
Encontraram-se naquela festa do sábado à noite onde estavam os velhos amigos de infância e sem maiores negociações, deram um beijo.
Ela concluiu que sendo ele três anos mais novo, algumas concessões deveriam ser feitas, mas ficou feliz em sentir que o beijo era bom e não precisaria atribuir à idade dele, caso não fosse.
É claro que ela já se relacionou com caras até mais novos, mas havia um agravante: os outros ela não tinha conhecido na infância.
Saindo da festa, um convite para trocar beijinhos dentro do carro, nada mais natural em uma cidade pequena do interior onde existem tantas ruas desertas.
Convite aceito e então resolveram se afastar o quanto podiam do centro da cidade, parando em um lugar mais deserto, escuro (um breu, melhor dizendo) e com aquele céu que só existe nesse tipo bucólico de cidade.
Ficaram um bom tempo ali parados... e ela não conseguia parar de fazer algumas ponderações: era atencioso como se tivesse 3 anos a mais e com o atrevimento peculiar aos seus 3 anos a menos. Tinha a compreensão de 3 anos a mais, sem deixar de ter a pressa de quem possui 3 anos a menos.
Pronto! Agora vou satisfazer a sua curiosidade: eles não transaram dentro do carro, ok? Óbvio que por decisão dela!
Mas a conversa era boa, a sintonia idem e ele se mostrava mais carinhoso do que ela imaginou que seria.
Que bom! Três anos a menos não fazem mesmo a menor diferença, pensou ela.
Apesar da relutância de quem queria passar a noite inteira ali, decidiram por voltar para casa. Ele ligou o carro e o farol iluminou o que estava na frente: uma dessas estradas não pavimentadas onde percebia-se um convite à prática de um “cavalo de pau”.
E ele, com todo o seu espírito aventureiro e a irresponsabilidade dos 3 anos a menos, resolve puxar o freio de mão, apesar de todos os protestos dela.
O problema é que a estrada muito estreita e escura, dificultava a manobra para o carro retornar. Então, sem pensar muito onde estava e sem medo, ele segue mais para a frente percebendo depois que tinha atolado os pneus dianteiros a milímetros de um precipício...e, certamente, o carro não sairia dali sozinho, nem se ele tivesse um cinto de utilidades igual ao do batman.
Quando ela percebeu onde o carro estava, prendeu a respiração com medo de que qualquer movimento pudesse incliná-lo mais para a frente e fazê-los descer ribanceira abaixo.
Rapidamente, cogitou que por não ter aceitado transar com ele naquele momento, talvez aquilo fosse uma vingança e que a próxima frase dele seria: “ou você dá ou a gente desce!”
Merda! Três anos a menos, fazem mesmo muita diferença, pensou ela de novo!
Mas essa não foi a intenção dele, que ficou visivelmente chateado com a proporção que uma atitude bôba e momentânea havia tomado, deixando o seu carro a centímetros de uma queda livre e colocando em risco a vida deles.
Saíram do carro e a situação se transformou em comédia!
Riram muito e apesar da lua não ter se mostrado, a noite estava linda e eles continuaram a conversar perto do carro pendurado, enquanto esperavam a ajuda de um amigo discreto que não questionaria mais tarde o que eles estavam fazendo ali, nem espalharia o acontecido pela cidade...e tudo foi resolvido!
Ah! Já ia esquecendo... ele pediu o telefone dela... e ligou durante a semana!
Três anos a menos de pura atitude!!!
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quinta-feira, 8 de abril de 2010
Depois de você...
Ela estava parada no trânsito das 17h30.
Alheia ao tumulto de carros, ônibus e motos que se atulhavam ao seu lado.
Pensando amenidades e torcendo para sair dali a tempo de pegar a sessão de cinema que tinha combinado com a amiga, nem percebeu que mudou completamente o rumo do pensamento quando prestou atenção em uma velha balada que tocava no rádio.
Uma frase chamou sua atenção:
“Depois de você, os outros são os outros e só...”
Rapidamente, deu um F5 na memória para tentar buscar alguém do seu portfólio de namorados, que se encaixasse na descrição que a música fazia.
Não foi difícil encontrar!
Curiosamente, não foi o namoro mais longo, não era oficial, não fizeram nenhuma viagem, quase não dormiram juntos, sequer correram na praia revivendo alguma cena de filme... mas foi o que mais chegou perto de um amor perfeito!
Depois dele, não houve ninguém que falasse “eu te amo” daquela forma... com a voz e com o corpo.
As frases escritas em post-it, panfletos de propaganda ou em qualquer outro papel que fosse possível deixar no pára-brisa do carro dela, ninguém jamais conseguiu escrever igual.
As mensagens de texto passadas nas madrugadas, os e-mails de bom dia, o sexo quente e com amor, os dois dançando “Everydody Hurts” juntinhos, as risadas sincronizadas, os olhares que se entendiam quando queriam criticar alguma coisa, a cumplicidade dos segredos divididos e os abraços que mais pareciam querer transformá-los em um único corpo... ninguém chegou perto de uma reles imitação.
Ela acredita que ele ainda será superado e um outro assumirá o posto de melhor namorado, mas por hora...a música é dele!
Já conheci muita gente
Gostei de alguns garotos
Mas depois de você
Os outros são os outros
Ninguém pode acreditar
Na gente separado
Eu tenho mil amigos mas você foi
O meu melhor namorado
Procuro evitar comparações
Entre flores e declarações
Eu tento te esquecer
A minha vida continua
Mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
Depois de você, os outros são os outros e só
São tantas noites em restaurantes
Amores sem ciúmes
Eu sei bem mais do que antes
Sobre mãos, bocas e perfumes
Eu não consigo achar normal
Meninas do seu lado
Eu sei que não merecem mais que um cinema
Com meu melhor namorado
Procuro evitar comparações
Entre flores e declarações
Eu tento te esquecer
A minha vida continua
Mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
Depois de você, os outros são os outros e só
Depois de você, os outros são os outros e só
Kid Abelha
Alheia ao tumulto de carros, ônibus e motos que se atulhavam ao seu lado.
Pensando amenidades e torcendo para sair dali a tempo de pegar a sessão de cinema que tinha combinado com a amiga, nem percebeu que mudou completamente o rumo do pensamento quando prestou atenção em uma velha balada que tocava no rádio.
Uma frase chamou sua atenção:
“Depois de você, os outros são os outros e só...”
Rapidamente, deu um F5 na memória para tentar buscar alguém do seu portfólio de namorados, que se encaixasse na descrição que a música fazia.
Não foi difícil encontrar!
Curiosamente, não foi o namoro mais longo, não era oficial, não fizeram nenhuma viagem, quase não dormiram juntos, sequer correram na praia revivendo alguma cena de filme... mas foi o que mais chegou perto de um amor perfeito!
Depois dele, não houve ninguém que falasse “eu te amo” daquela forma... com a voz e com o corpo.
As frases escritas em post-it, panfletos de propaganda ou em qualquer outro papel que fosse possível deixar no pára-brisa do carro dela, ninguém jamais conseguiu escrever igual.
As mensagens de texto passadas nas madrugadas, os e-mails de bom dia, o sexo quente e com amor, os dois dançando “Everydody Hurts” juntinhos, as risadas sincronizadas, os olhares que se entendiam quando queriam criticar alguma coisa, a cumplicidade dos segredos divididos e os abraços que mais pareciam querer transformá-los em um único corpo... ninguém chegou perto de uma reles imitação.
Ela acredita que ele ainda será superado e um outro assumirá o posto de melhor namorado, mas por hora...a música é dele!
Já conheci muita gente
Gostei de alguns garotos
Mas depois de você
Os outros são os outros
Ninguém pode acreditar
Na gente separado
Eu tenho mil amigos mas você foi
O meu melhor namorado
Procuro evitar comparações
Entre flores e declarações
Eu tento te esquecer
A minha vida continua
Mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
Depois de você, os outros são os outros e só
São tantas noites em restaurantes
Amores sem ciúmes
Eu sei bem mais do que antes
Sobre mãos, bocas e perfumes
Eu não consigo achar normal
Meninas do seu lado
Eu sei que não merecem mais que um cinema
Com meu melhor namorado
Procuro evitar comparações
Entre flores e declarações
Eu tento te esquecer
A minha vida continua
Mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
Depois de você, os outros são os outros e só
Depois de você, os outros são os outros e só
Kid Abelha
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quarta-feira, 7 de abril de 2010
Vai ligar ou não vai?
Funciona assim:
Você conhece o rapaz em uma festa no sábado à noite e fica com ele.
No final da balada, trocam telefones...óbvio, que vocês não transaram.
Se tivesse transado, ele não lembraria de pedir o número!
Ele diz que vai ligar durante a semana e por mais bem resolvida e descolada que você seja, vai ficar esperando a tal ligação, com uma certa ansiedade.
O grau de desespero varia muito entre as mulheres e em função da qualidade do bofe.
Caso você tenha ficado com aquele carinha lindo, educado, cheiroso, carinhoso, gostoso, tudo de bom e depois de 40 minutos juntos não ouviu a voz do Faustão dizendo tratar-se de uma pegadinha... era, realmente, o seu dia de sorte.
E é aí que a espera pela ligação torna-se uma via crucis!
Você não vai passar muito tempo sem conferir o display vazio e irônico do celular.
Se ele não ligou no domingo, é até aceitável.. pode ser que não queira parecer muito afoito (desculpa péssima!)
Na segunda você acorda confiante e tem tranqüilidade para esperar, caso ele ainda não tenha resolvido apertar o send.
Na terça, você começa a sentir uma certa angústia e liga para a melhor amiga a cada cinco minutos para extravasar a ansiedade, até que na trigésima sétima vez, ela lhe pergunta: Meu nome, por acaso, é Freud?
Você decide parar de incomodá-la em nome da boa e velha amizade.
Na quarta você já não responde pelos seus atos!
Grita com o irmão, briga com a mãe, acha que todos os colegas de trabalho resolveram fazer uma conspiração contra você e se o porteiro do prédio arrisca dar um “Bom dia”, você responde que é problema dele!!!
Na quinta, você toma o último tranqüilizante da cartela de 20 e começa a andar de um lado para o outro do quarto, imaginando todas as catástrofes possíveis de terem acontecido com o sujeitinho. Por sorte lembrou do sobrenome dele e entra no orkut para fazer uma varredura.
Triste e decepcionada, você descobre pelos scraps que ele estava em uma festa a cada dia da semana. Surtada, começa a pensar em ligar para ele e elenca as possíveis abordagens:
Oi, tudo bem? Tô ligando pra saber porque você não me ligou!
(atestado de maluca!)
E aí? Tudo beleza? É que o meu celular teve um probleminha e queria saber se você me ligou nesse tempo que fiquei sem ele.
(Afff! Meu sobrinho de 2 anos, seria mais criativo)
Olá! Como você está? Já que você não me ligou, resolvi tomar a iniciativa e te convidar para fazer alguma coisa.
(minha filha, se ele farreou a semana inteira e não te ligou, é porque ele NÃO QUER fazer alguma coisa com você!)
Então... rolou uma sintonia tão boa entre nós, senti até que poderíamos ter momentos maravilhosos juntos. Você não ligou e fiquei triste...queria muito te ver!
(se ele não fizer parte do elenco de uma novela mexicana do SBT, vai bater o telefone na sua cara!)
Desista dessa idéia assombrosa de ligar pedindo satisfações se mostrando carente, dependente e dramática.
Como especialista que sou...
Calma!... não quis dizer especialista em comportamento humano, tenho especialidade em esperar ligações e não receber.
Pois é, com todo o meu expertise, afirmo veementemente que é melhor ficar “na sua”!
Relaxe e tente esquecer... se você foi especial e despertou algum interesse, ele vai ligar com certeza.
Não adianta ficar monitorando o celular e fazendo apostas silenciosas consigo mesma, do dia e horário que a ligação vai acontecer.
E se você aprender como fazer isso, me conta! Me liga!
Você conhece o rapaz em uma festa no sábado à noite e fica com ele.
No final da balada, trocam telefones...óbvio, que vocês não transaram.
Se tivesse transado, ele não lembraria de pedir o número!
Ele diz que vai ligar durante a semana e por mais bem resolvida e descolada que você seja, vai ficar esperando a tal ligação, com uma certa ansiedade.
O grau de desespero varia muito entre as mulheres e em função da qualidade do bofe.
Caso você tenha ficado com aquele carinha lindo, educado, cheiroso, carinhoso, gostoso, tudo de bom e depois de 40 minutos juntos não ouviu a voz do Faustão dizendo tratar-se de uma pegadinha... era, realmente, o seu dia de sorte.
E é aí que a espera pela ligação torna-se uma via crucis!
Você não vai passar muito tempo sem conferir o display vazio e irônico do celular.
Se ele não ligou no domingo, é até aceitável.. pode ser que não queira parecer muito afoito (desculpa péssima!)
Na segunda você acorda confiante e tem tranqüilidade para esperar, caso ele ainda não tenha resolvido apertar o send.
Na terça, você começa a sentir uma certa angústia e liga para a melhor amiga a cada cinco minutos para extravasar a ansiedade, até que na trigésima sétima vez, ela lhe pergunta: Meu nome, por acaso, é Freud?
Você decide parar de incomodá-la em nome da boa e velha amizade.
Na quarta você já não responde pelos seus atos!
Grita com o irmão, briga com a mãe, acha que todos os colegas de trabalho resolveram fazer uma conspiração contra você e se o porteiro do prédio arrisca dar um “Bom dia”, você responde que é problema dele!!!
Na quinta, você toma o último tranqüilizante da cartela de 20 e começa a andar de um lado para o outro do quarto, imaginando todas as catástrofes possíveis de terem acontecido com o sujeitinho. Por sorte lembrou do sobrenome dele e entra no orkut para fazer uma varredura.
Triste e decepcionada, você descobre pelos scraps que ele estava em uma festa a cada dia da semana. Surtada, começa a pensar em ligar para ele e elenca as possíveis abordagens:
Oi, tudo bem? Tô ligando pra saber porque você não me ligou!
(atestado de maluca!)
E aí? Tudo beleza? É que o meu celular teve um probleminha e queria saber se você me ligou nesse tempo que fiquei sem ele.
(Afff! Meu sobrinho de 2 anos, seria mais criativo)
Olá! Como você está? Já que você não me ligou, resolvi tomar a iniciativa e te convidar para fazer alguma coisa.
(minha filha, se ele farreou a semana inteira e não te ligou, é porque ele NÃO QUER fazer alguma coisa com você!)
Então... rolou uma sintonia tão boa entre nós, senti até que poderíamos ter momentos maravilhosos juntos. Você não ligou e fiquei triste...queria muito te ver!
(se ele não fizer parte do elenco de uma novela mexicana do SBT, vai bater o telefone na sua cara!)
Desista dessa idéia assombrosa de ligar pedindo satisfações se mostrando carente, dependente e dramática.
Como especialista que sou...
Calma!... não quis dizer especialista em comportamento humano, tenho especialidade em esperar ligações e não receber.
Pois é, com todo o meu expertise, afirmo veementemente que é melhor ficar “na sua”!
Relaxe e tente esquecer... se você foi especial e despertou algum interesse, ele vai ligar com certeza.
Não adianta ficar monitorando o celular e fazendo apostas silenciosas consigo mesma, do dia e horário que a ligação vai acontecer.
E se você aprender como fazer isso, me conta! Me liga!
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segunda-feira, 5 de abril de 2010
Dai-me Paciência!!!
Ando impaciente!
Não apenas com os nossos direitos de cidadãos agredidos pelas questões políticas, com o descaso com a educação e a saúde, com o metrô que nunca fica pronto ou até mesmo com o time que parece perder sempre.
Além de tudo isso, existem outros pontos que agravam em mim, os sintomas de intolerância em situações que também não tenho como controlar.
Não importa se ela é uma virtude ou se é de Jó, mas está acabando toda a paciência que eu tinha para lidar com alguns sentimentos e tenho a impressão que uma hecatombe emocional precisa ser evitada.
Sem paciência para esperar matar a saudade de quem amo.
Sem paciência com aquelas pessoas que não dizem o que sentem, achando que a insegurança é uma forma de prender alguém.
Sem paciência para lutar e resistir às tentações.
Sem paciência para fazer mais tarde o que posso sentir agora.
Sem paciência com pessoas que se aproximam só para tentar acabar com a felicidade do outro.
Sem paciência para certos tipos de homens que nem disfarçam o seu único e sexual interesse.
Sem paciência para deixar a felicidade esperando.
Sem paciência para esperar uma ligação que pode mudar o meu dia.
Sem paciência para esperar o sol do final de semana chegar.
Sem paciência para esperar a realização dos sonhos.
Sem paciência de tentar ser paciente...
Porto a síndrome do “Quero Agora” e não sei como me livrar dela!
Percebo que ela se agiganta a cada momento e apesar de acalentar essas inquietações genuínas, sei que é preciso esperar e cultivar a paciência que foi perdida.
Não me culpo!
Talvez por estar “menos verde” e mais decidida, tenho pressa para tudo e para todos.
Mas existe um sujeito minimizador desse desespero que atende pela alcunha de “tempo”... e para mim, que sou uma apaixonada pela vida, ele vem trazendo a resposta e com um simples sopro, me diz o que eu preciso saber:
Não se apresse, tampouco fique parada esperando...apenas viva e deixe que eu cuido do resto!
E quem fecha o post, é Lenine:
“Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...”
Não apenas com os nossos direitos de cidadãos agredidos pelas questões políticas, com o descaso com a educação e a saúde, com o metrô que nunca fica pronto ou até mesmo com o time que parece perder sempre.
Além de tudo isso, existem outros pontos que agravam em mim, os sintomas de intolerância em situações que também não tenho como controlar.
Não importa se ela é uma virtude ou se é de Jó, mas está acabando toda a paciência que eu tinha para lidar com alguns sentimentos e tenho a impressão que uma hecatombe emocional precisa ser evitada.
Sem paciência para esperar matar a saudade de quem amo.
Sem paciência com aquelas pessoas que não dizem o que sentem, achando que a insegurança é uma forma de prender alguém.
Sem paciência para lutar e resistir às tentações.
Sem paciência para fazer mais tarde o que posso sentir agora.
Sem paciência com pessoas que se aproximam só para tentar acabar com a felicidade do outro.
Sem paciência para certos tipos de homens que nem disfarçam o seu único e sexual interesse.
Sem paciência para deixar a felicidade esperando.
Sem paciência para esperar uma ligação que pode mudar o meu dia.
Sem paciência para esperar o sol do final de semana chegar.
Sem paciência para esperar a realização dos sonhos.
Sem paciência de tentar ser paciente...
Porto a síndrome do “Quero Agora” e não sei como me livrar dela!
Percebo que ela se agiganta a cada momento e apesar de acalentar essas inquietações genuínas, sei que é preciso esperar e cultivar a paciência que foi perdida.
Não me culpo!
Talvez por estar “menos verde” e mais decidida, tenho pressa para tudo e para todos.
Mas existe um sujeito minimizador desse desespero que atende pela alcunha de “tempo”... e para mim, que sou uma apaixonada pela vida, ele vem trazendo a resposta e com um simples sopro, me diz o que eu preciso saber:
Não se apresse, tampouco fique parada esperando...apenas viva e deixe que eu cuido do resto!
E quem fecha o post, é Lenine:
“Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...”
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sexta-feira, 2 de abril de 2010
Quem namora
Gosto desse poema de Artur da Távola...aliás, eu adoro!
Sempre vou ler desejando tê-lo escrito.
Compartilho com vocês...
Para os que namoram e para aqueles que estão prestes a fazê-lo.
Have fun!
"Quem namora agrada a Deus.
Namorar é a forma bonita de viver um amor.
Namora, quem lê nos olhos e sente no coração as vontades saborosas do outro.
Namora, quem se embeleza em estado de amor
A pele melhora, o olhar com brilho de manhã.
Namora, quem suspira, quem não sabe esperar, mas espera, quem se sacode de taquicardia e timidez diante da paixão, quem ri por bobagem, quem entra em estado de música, quem sente frios e calores nas horas menos recomendáveis.
Namorados que se prezam têm a sua música.
E não temem se derreter quando ela toca. Ou, se o namoro acabou, nunca mais dela se esquecem.
Namorados que se prezam gostam de beijo, suspiro, morderem o mesmo pastel, dividir a empada, beber no mesmo copo.
Apreciam ternurinhas que matam de vergonha fora do namoro ou lhes parecem ridículas nos outros.
Por falar em beijo, só namora quem beija de mil maneiras e sabe cada pedaço e gostinho da boca amada.
Beijo de roçar, beijo fundo, inteirão, os molhados, os de língua, beijo na testa, beijo livre como o pensamento, beijo na hora certa e no lugar desejado.
Sem medo nem preconceito.
Beijo na face, na nuca e aquele especial atrás da orelha no lugar que só ele ou ela conhece.
Namora, quem começa a ver muito mais no mesmo lugar que sempre viu e jamais reparou. Flores, árvores, a santidade, o perdão, Deus, tudo fica mais fácil para quem sabe de verdade o que é namorar.
Por isso só namora quem se descobre dono de um lindo amor, tecido do melhor de si mesmo e do outro.
Só namora quem não precisa explicar, quem já começa a falar pelo fim, quem consegue manifestar com clareza e facilidade tudo o que fora do namoro é complicado.
Namora, quem diz: "Precisamos muito conversar"; e quem é capaz de perder tempo, muito tempo, com a mais útil das inutilidades e pensar no ser amado, degustar cada momento vivido e recordar palavras, fotos e carícias com uma vontade doida de estourar o tempo e embebedar-se de flores astrais.
Namora, quem fala da infância e da fazenda das férias, quem aguarda com aflição, o telefone tocar e dá um salto para atendê-lo antes mesmo do primeiro trim.
Namora quem namora, quem à toa chora, quem rememora, quem comemora datas que o outro esqueceu.
Namora quem é bom, quem gosta da vida, de nuvem, de rio gelado e de parque de diversões.
Namora quem sonha, quem teima, quem vive morrendo de amor e quem morre vivendo de amar."
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