Redirect By Betto Adami

terça-feira, 18 de maio de 2010

A decisão de terminar

No post anterior, contei a história de um amigo meu com a sua ex namorada.
Ele leu, me disse que tinha adorado e que eu era fantástica... linda, inteligente, sensual, exuberante (mentira...ele só foi até o “fantástica”, mas peguei o embalo e completei com esses outros adjetivos).
Apesar de ter gostado do post, ele me pediu que fizesse uma retificação importantíssima: quem terminou o namoro foi ELE!

Isso parecia mudar tudo e favorecer bastante o seu orgulho de macho. Pois bem, a alteração foi feita, conforme pedido da parte afetada.

Mas essa conversa, levantou outra reflexão: será que importa QUEM termina?

A decisão de terminar um relacionamento, nunca é algo tranqüilo.
Por mais que você já não goste da pessoa, a tarefa é árdua... se envolver sentimento da outra parte, é ainda pior.
Claro que temos exceções estranhas. Tem gente que é uma verdadeira pedra de gelo, não se incomoda nem um pouco com o que a outra parte pode sentir.
Só quer se livrar do “problema” e seguir adiante.

Mas para os ditos “normais”, exige técnica, cuidado e esforço para ninguém sair ferido.
Se você já terminou com alguém ou está prestes a terminar, fatalmente, estará em uma dessas duas situações:

A primeira é, até certo ponto, mais fácil...
É quando você não sente mais o amor que um dia construiu tudo, não tem vontade de estar com a pessoa e sim, longe dela.
Sente uma necessidade pungente de liberdade ou então de sair correndo para os braços da terceira pessoa envolvida, aquela que você se apaixonou e te levou a esquecer quem estava ao seu lado.
É humano! Natural e passível de acontecer... a gente não consegue dar ordens ao coração.

Mas o que vai fazer a diferença na sua história e no seu caráter é a maneira de conduzir esse fim.
Pode optar por não magoar ainda mais o coração que você está rejeitando e terminar de uma maneira limpa, sem mentiras e tramas ou... não se importar, se mostrar um egoísta e ir embora como um tsunami que acabou de destruir o mundo de alguém.
Mas isso é uma escolha particular e cada um vai ter a sua teoria formada.

A segunda forma de terminar, é mais complicada...
É quando você ainda ama, deseja, sente e respira alguém que só está te fazendo sofrer, que só está perto, fisicamente... não tem mais nenhum interesse na relação e não tem atitude suficiente para pôr fim em tudo, com honestidade.

Então você procura todo o amor próprio que ainda lhe resta e diz que não dá mais... que quer terminar. Quer? Talvez a palavra não seja bem essa... assim você reformula a frase e diz que “precisa” terminar... antes que não sobre nem mais um pedacinho do seu orgulho.

As duas formas são ruins, só que a última é mais dolorosa.
Mas é onde a maturidade se revela... este é um ato de total aposta em si mesmo, é abandonar um amor que te machuca, para se valorizar e preservar.
É sofrível, angustiante e sufocante... mas não subestime essa dor.
Ela vai te fortalecer... e em seguida a vida vai trazer coisas imensamente maiores e melhores, do que a perda que você julgava tão importante.

A boa notícia é que o ciclo continua e logo chega um novo amor...


"Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor, não será passageiro
Te amarei de janeiro á janeiro
Até o mundo acabar"

(Roberta Campos / Nando Reis)

5 comentários:

  1. é aquela coisa... o pé sempre dói menos que a bunda.

    bj,
    Gui.

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  2. Eu já fui magoada e já magoei... e por incrível que pareça é mais fácillidar qndo sou magoada... Não que eu prefira, afinal não sou masoquista, mas magoar alguém que, no mínimo, respeitamos é fogo.
    O bom mesmo é o " E viveram felizes para sempre..." hahahaha Maldita Cinderela !!! hunf !!

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  3. Dificil começar..., mesmo as 2 pessoas envolvidas querendo..., imagine terminar..., onde só basta..., um querer...
    Como doi !!!

    Mas é isso..., não desistir jamais! rs
    Bjs,

    Lu Coni

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  4. Nunca comentei aqui e não vou me identificar.
    Mas vc me ajudou a tomar a decisão q eu precisava, q é terminar.
    Leio o seu blog todos os dias e adoro.
    Beijos

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  5. Primeiro:
    Simplesmente adorei a frase do Gui (apesar de nunca termos sido apresentados vou chama-lo assim, pois temos amigos em comum que o chamam e já internalizei) e vai entrar para o hall das minhas prediletas.Olha que profundidade:o pé sempre dói menos que a bunda.LINDO!!

    Segundo:
    Lorâ, isso aqui tá virando um espaço terapeutico, não só para suas amigas e amigos, mas também para anônimos. Você é F*!Orgulho!!

    bjs

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