Redirect By Betto Adami

quarta-feira, 31 de março de 2010

Liberando espaços


"Eu hoje joguei tanta coisa fora, eu vi o meu passado passar por mim..."

Então você faria uma imersão e tentaria organizar a sua bagunça interna.
De pronto, encontraria uma barreira na entrada...
Tentando empurrar com jeito, observaria que naquelas caixas sujas, estão os sentimentos que atrapalham a harmonia do ambiente: inveja, mágoa, preconceito.
Passou a vassoura e empurrou em direção ao lixo... sem muita segurança, pois ainda não sabe como se livrar definitivamente deles.

Consegue liberar a entrada, passa para o próximo canto e se depara com uma pilha de ressentimentos, olha e se faz aquela pergunta clássica: Pra que eu guardei tudo isso? Não serve para nada, é só tralha.

Continua seguindo pelos espaços onde vê fendas de luz que incidem sobre imagens, recordações, saudades, alegrias que nunca serão esquecidas e tristezas que também ajudaram na sua construção.

Finalmente, fica em frente àquele baú que você relutou em abrir por tanto tempo.
Ainda não está forte o suficiente para arrumar o que está ali dentro, mas enfrenta.
Deixa a tampa despencar e encara: romances rotos, amores perdidos, amores sofridos, amores que nunca mais voltarão.
Fica imóvel e não sabe o que fazer com tudo aquilo...abaixa e começa a pegar uma flanela para espantar a poeira repleta de ácaros...percebe até algumas teias de aranha enredadas naquela paixão que você jurava um dia ser resgatada.
Resolve, por fim, jogar tudo fora separando apenas algumas lembranças felizes!
Possivelmente, os romances passaram da validade e não convém guardá-los...separa apenas um lugarzinho para as recordações que em um dia triste você possa lembrar e sorrir, sem mágoas ou arrependimentos.
O saldo negativo que esses sentimentos trouxeram, transformaram-se em experiência e crescimento... o resto, é só entulho.

Liberou mais espaço e segue adiante.
Avista uma caixa que remete à alguma coisa boa, mas não lembra o que guardou ali.
Chega mais perto...abre e encontra milhares de sonhos empoeirados.
Passa a mão por cima para tirar um pouco do pó, senta no chão e começa a tirar um a um...lembrando quando eles foram construídos e porque foram deixados ali sendo desgastados pelo tempo.
Chora... chora mais um pouco.

Decide levantar do chão e agarra essa caixa com cuidado para que nenhum desses sonhos possam se perder e se enche de alegria e motivação por pensar o quanto vai fazer bem, tirá-los de um lugar escuro para deixá-los expostos ao sol.
De tudo que restou, sem dúvida os sonhos são as únicas coisas que não podem continuar ali, em meio a bagunça.

Depois dessa faxina espiritual, você se sente bem e renovado...respirando melhor!

É bom que a alma e o coração estejam sempre limpos.
A gente nunca sabe quando chegarão novas emoções, novos amores, novos sonhos... pode acontecer de quando chegarem, não haver lugar suficiente por conta das tranqueiras que as vezes guardamos desnecessariamente!

Libere tudo que não serve, preserve e cuide do que, realmente, foi importante ajudando a construir sua história e tenha um carinho especial pelos sonhos... por mais loucos que eles possam parecer.

E isso não é um conselho... baseia-se meramente em cotidianas experiências.

segunda-feira, 29 de março de 2010

O Ex e o Blog

- Tenho lido o seu blog... diariamente.

- Que bom! Gostando?

- Aham... você fala muito dos relacionamentos, né?

- Sim! Não necessariamente dos meus.

- Mas li algumas coisas que sei que são suas...que é você.

- Verdade! Em alguns posts me retrato mesmo.

- Sei... é.. li quase todos... mas não vi nada que falasse de nós!

- Foi? Não sei... acho que não tinha nada relevante para falar.

- Como assim? Não foi importante a nossa história?

- Muito! Todas as minhas histórias foram importantes, o que não quer dizer que eu tenha que falar de cada uma delas.

- Engraçado... agora que eu leio os seus textos, entendo você melhor...percebo algumas coisas que eu não via.

- É... você sempre foi muito distraído mesmo.

- Te magoei de alguma forma?

- Absolutamente! A nossa história foi breve, mas sem máculas.

- Conta lá no blog sobre aquela viagem que a gente fez...aquela que foi linda!

- Tá! Se houver algum assunto relacionado, eu conto.

- Ou quem sabe se a gente começar uma nova etapa na nossa história...assim você poderia contar.

- Não...essa história já foi finalizada.

- Certo! Mas se quiser... (interrompido)

- Já foi...finalizada.

- Então só me resta aguardar alguma menção à nós qualquer dia desses, né?

- Quem sabe...quem sabe!!!


Feito!

Quando um homem é sexy

Para as mulheres, a definição de sensualidade masculina vai além de um corpo sarado.
Não que os bíceps, tríceps e músculos afins não nos encantem.
Um corpo bem definido é bonito de se ver, seja no homem ou na mulher.

Mas a mulher acha o homem sexy, em momentos que ele nem imagina que está sendo...

Quando fica em casa vendo TV, sem camisa e só de bermuda

Quando passa a mão na nuca, alisando o cabelo

Quando está sorrindo, enquanto conversa distraidamente com os amigos

Quando toma banho e chega no quarto com as costas, levemente, molhadas

Quando dorme de bruços, com as mãos embaixo do travesseiro e as pernas espalhadas

Quando toca violão

Quando fala de um assunto com propriedade, mostrando o quanto entende daquilo

Quando veste um jeans e uma camiseta básica branca

Quando está lendo o jornal pela manhã e fica comentando sobre algo engraçado

Quando começa a ficar grisalho

Quando tem a barba por fazer

Quando olha de um jeito tão direto que nem precisa dizer qual a sua vontade...

Ahhh...os homens!!!
Imprevisíveis, indecifráveis e tão indispensáveis!

sábado, 27 de março de 2010

A regra é clara

Tenho muitos amigos homens, muitos mesmo.
Alguns deles são confidentes... dividimos segredos, experiências e cumplicidade.
Assim como peço conselhos e opiniões nas questões sentimentais, eles também me pedem.
A diferença entre nós é que eu peço antes de fazer uma besteira e eles me pedem depois que fazem.

Não sou consultora sentimental e acredito que toda visão é relativa, mas tento ajudar com a minha humilde opinião, quando sou solicitada.
Recentemente, um deles me perguntou qual era a real importância de ter que dar notícias no dia seguinte, quando vai para a cama com uma garota.

Bom...me classifiquem, caso oportuno, de sensível, romântica ou apenas lembrem que sou mulher, mas dentro das regras de etiquetas da paquera, existe uma que nunca deverá ser burlada, quebrada ou negligenciada: não transarás e sumirás no dia seguinte.

Não se faz isso com uma mulher!
Além de indelicado é falta de educação.
Existem profissionais que você pode contratar e não ter obrigação de dar sinal de vida depois.
Se saiu com uma garota que conheceu naquele dia ou até mesmo com aquela que você, “fica” de vez em quando... por favor, seja um homem suficientemente elegante para no outro dia, enviar (no mínimo) um SMS.

A suposição de que essa atitude vai criar na garota uma expectativa de namoro, é ridícula.
Me desculpem a sinceridade!
Por causa de teorias furadas como esta, é que a falta de gentileza assola o mercado masculino.

Será que são as mulheres que cobram demais ou são os homens que tem educação de menos?
Dar valia a gestos simples como este, aumenta o respeito nas relações....sejam elas sérias ou efêmeras.

É bom lembrar que ainda existem homens educados... uma amostra muito pequena, bem verdade... mas existem!
Assusta é saber que temos que procurar as exceções em detrimento da regra.

O meu amigo ficou meio chateado por eu ter dito o quanto ele foi mal educado até hoje.
Mas prometeu melhorar e isso já é um bom começo... ou continuação!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Carência é normal!

Estava escolhendo filmes hoje na locadora e prestando atenção na conversa de dois amigos, que também faziam a mesma coisa.

ELE: Vamos levar uma comédia romântica?
ELA: Não, choro muito com romances...beijos...final feliz.
ELE: Então pode ser um suspense?
ELA: Não. Me deprime! Quero alguém pra abraçar na hora do susto e não tenho.
ELE: Tá... então vou escolher um de guerra...matança...assim você não chora.
ELA: Você que pensa! Cada um que recebe um tiro, fico pensando na família dele e desabo no choro.

Tive vontade de me meter na conversa e alertar a moça para o grave estado de carência que ela estava atravessando, mas me contive.

Quer saber? É normal!
Ela ataca nos mais variados tipos de personalidade, independente do estado civil.
Erra quem pensa que carência é sentimento exclusivo dos solteiros.
Não tem vacina, por mais que você se cure de uma fase, breve ela atacará novamente... demasiado humano!

Nas mulheres, é tão normal quanto TPM que aliás, agrava o estado.
Pode ser carência de amigo, de amor, de sexo, de família...tem para o gosto do freguês.

A carência só passa a ser um problema, quando começa a interferir nas relações sociais e pessoais, como no exemplo que citei lá no início. A pobre da moça deixa claro o quanto está sendo afetada. Não consegue nem escolher um filme! Pire aí!

Mas tem gente que fica carente e fica legal!
Não permite que esse estado de espírito atrapalhe a vida.
Gente que leva numa boa, sem culpar o mundo por isso, entendendo que nem sempre podemos ter tudo.

Ah! Já ia esquecendo...
Nos homens, não há registros!
Na verdade, eles até sofrem de uma determinada variação da carência, mas ela é atípica...fica situada em apenas um dos órgãos do corpo.
Normalmente onde a corrente sanguínea é mais acentuada, sabe?
Os sintomas nunca duram muito tempo, pois eles se apressam em resolver.
Quando não encontram ajuda de terceiros, eles próprios “se dão” uma mãozinha.
Massa, né? Resolvem o problema sem demora e sem sofrimento...muito bom!

O mais engraçado é que homem com jeito de carente, normalmente atrai muitas mulheres. Gostamos daquela carinha de cachorro que caiu da mudança e logo temos vontade de cuidar.

Já a mulher que tem fama de carente, é barril!
Os homens que não querem compromisso não se aproximam, pois sabem que será uma vítima trabalhosa... vai se apaixonar já no primeiro beijo.
E assim, deixam de conhecer uma mulher por vezes interessante e que até tenha atributos suficientes para conquistá-lo.

É meninas...essa situação precisa ser revertida.
Carência não deve ser sinônimo de chatisse, nem dependência...na medida certa, ela pode até ser charme.

Hay que endurecer... pero sin perder la ternura jamás!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Não vou mais te procurar

Olha, falando muito sério agora...
Tomei uma decisão e preciso compartilhar com você:
Não vou mais te procurar!

Antes de tudo, quero deixar claro que eu sei que você existe...em algum lugar!
Talvez esteja aqui na mesma cidade que eu, ou quem sabe mora no Rio de Janeiro ou até mesmo no Paquistão. Mas eu sei que você existe!

Sei que quando eu te encontrar, vamos nos entender só pelo olhar, vamos adormecer sorrindo e ainda acordar com o riso paralisado no rosto.
Você vai me trazer paz, calmaria e ao mesmo tempo revirar a minha vida de cabeça para baixo.
Vai me ligar no meio da tarde daquele dia cheio, dizendo que comprou entradas para um filme mais tarde, pois sabe o quanto adoro cinema.

Vai adorar rever as temporadas de Friends comigo, rindo novamente de todas as besteiras de Joey e Phoebe.
Eu sei que você tem uma voz que vai me acalmar e me dar segurança nos momentos que vou precisar. Sei também que quando eu te olhar com jeito triste, você vai me dar um abraço bem demorado e apertado, pois saberá o quanto eu gosto disso.

Sei que você vai me fazer rir sem esperar, estremecer quando me tocar, me surpreender nos momentos mais inusitados, me deixar orgulhosa da sua inteligência, me fazer ficar procurando seu cheiro por adorar o seu perfume, sei que você tem defeitos que vou aprender a conviver.

Tenho certeza que a sinceridade é a sua maior qualidade e que mentir, definitivamente, não é um dos seus defeitos.
Sei que às quartas você vai ver o futebol com os amigos, vai ter o dia do bába e algumas vezes a cervejinha depois do trabalho, mas tenho certeza que depois de cada encontro desse, é pra mim que você vai querer voltar.

De maneira incompreensível, combinaremos no gosto pelas músicas de Dave Matthews Band, U2, Jquest, Lulu, Ben Harper, Cazuza e tantos outros.
Sinto que temos a mesma mania de fazer tudo ouvindo música e que vamos ter uma trilha sonora só nossa.

Sei que nem tudo será um mar de rosas e dificuldades serão tão certas quanto as chuvas de verão, mas nesses momentos seremos cúmplices e serenos...assim, quando toda a tempestade passar, teremos ainda mais certeza do nosso amor.

E embora eu saiba de tudo isso e volte a dizer que sei que você existe, decidi parar de te procurar...pelo menos, por enquanto.
Essa espera está me deixando ansiosa demais e não quero te encontrar nervosa e reclamando pelo fato de você ter demorado tanto de aparecer.

Paro por aqui! Mas paro sem deixar de acreditar que vamos ficar juntos.
Só que agora é a sua vez de me procurar.
Estou um pouco cansada, espero que você entenda...mas não estou desanimada, pois sei que você virá logo.
Torço para que tenha mais êxito que eu nessa busca e não demore muito a me encontrar.

E nesse tempo de absoluta espera, as vezes assumirei ares de um cãozinho sem dono e alguns rirão por me verem esperando... sentada.
Muitos me acharão iludida, mas mal sabem eles que você existe mesmo e o quanto tenho te procurado.

E quando você vier, não precisa me dizer como estará vestido...
Saberei que é você e que a procura acabou!
Até lá!

Posição de conchinha: modo de usar

A Yoga tem posições que trabalham os músculos e a mente, o Kama Sutra tem outras tantas que transformam a relação sexual, em uma versão particular do Quidam (pensando...será que alguém já fez aquilo tudo?).

Já a posição de conchinha, relaxa e pode também ser uma variação do sexo básico, a depender da sua intenção.

Mas quero falar sobre aquela conchinha que é formada depois do sexo e faz parte da cesta básica masculina que as mulheres sonham em receber.
As mulheres entendem como um bônus especial, o homem que depois de transar lhe pega nessa posição e fica dando beijinhos na nuca, no pescoço, na orelha e falando aquelas besteiras que fazem rir e sentir que o céu é perto.

É normal que nesse momento, o casal se sinta mais leve e acabe por entrar em um sono profundo. E é aì que está o problema...
Dormir (dormir mesmo) a noite inteira em posição de conchinha, funciona bem na novela das oito, na vida real dá dormência nos braços, calor, desconforto, aperto, torcicolo e dor na coluna.

O ideal é que o casal converse e saiba a preferência um do outro. Não adianta dormir assim só para agradar o parceiro. O resultado final pode ser desastroso e acabar gerando um mau humor matinal que atravessará o dia.

O sono é sagrado e precisa ser respeitado!
O fato de gostar de dormir separado e na posição preferida, está longe de ser um sinal de falta de cuidado ou carinho.

Voto para que a posição de conchinha, sempre tão perfeita nos primeiros minutos, seja regulamentada e tenha um manual de uso.
E que este manual, além de ensinar a posição certa dos braços e pernas, estabeleça também que deve durar até que o primeiro diga: “Câmbio, desligo”.

Depois disso, será feita a separação momentânea dos corpos e como talvez diria Darwin... “Cada macaco no seu galho!”

terça-feira, 23 de março de 2010

Tentações

E o que seria da vida sem as tentações?
Elas existem justamente para apimentar, testar e dar um sabor diferente à mesmice de cada dia.
Resistir? Nem sempre é possível... a carne é fraca e influenciável!
Já dizia Oscar Wilde: “Posso resistir a tudo, menos às tentações”


Malhar durante uma hora, chegar em casa abrir a geladeira, dar de cara com uma torta de chocolate e comer.

Ir ao shopping só para comprar um livro e sair com várias sacolas das suas lojas preferidas.

Encontrar aquela pessoa que você jurou se distanciar e dizer SIM!

Ceder aos caprichos do sono, ficar na cama por mais cinco minutinhos...e perder a hora.

Avisar no trabalho que está doente, só para ficar em casa em um dia chuvoso e ver aquele seu filme preferido do Telecine Pipoca.

Saber que aquela pessoa especial é muito complicada, mas resolver tentar!

Ter assistido Simplesmente Amor por seis vezes e não conseguir deixar de ver a sétima.

Ficar olhando aquele número na agenda do celular que você não deve ligar e apertar o send.

Passar a semana inteira de dieta e se render aos encantos do seu restaurante italiano preferido, no sábado.

E a tentação da carne? Aquela que você sabe que não pode se deixar seduzir, mas deixa? Alguns dizem, inclusive, que escondido é mais gostoso.

Elas estão aí!
Prontas para te pegar na próxima esquina, no próximo vacilo, na próxima carência, na próxima TPM...sempre haverá um motivo para justificar.
Afinal, Eva foi a primeira vítima e depois dela, tudo virou pecado!
As vezes é difícil ser forte, concorda?

domingo, 21 de março de 2010

Fácil...extremamente, fácil!


Eu e a minha intuição formamos uma excelente dupla!
Só que, invariavelmente, somos muito eficientes em relação à terceiros...quando é para intuir algo em relação à mim, essa dupla funciona que é uma desgraça.

Mas bom... vamos em frente!

Sabe aqueles dias em que você não tem a menor vontade de sair e fica um monte de amigo ligando pra te pôr a prova?
Pois bem, a minha vontade era ficar em casa, mas a intuição dizia:
“Saia de casa! Mistério sempre há de pintar por aí..." (ela é tão piegas!)

Resolvi escutá-la e aceitar o convite dos amigos para ir ao churrasco do aniversário de um deles.
O que eu não sabia era que um encontro inusitado e evitado, me esperava.
Chegando lá, dei de cara com o meu primeiro...como dizer?...o meu primeiro... “homem”... se é que vocês me entendem.

Não, não havia a menor possibilidade de levantar alguma hipótese da presença do rapaz neste evento...ele foi porque conhecia o amigo do vizinho, da prima, da madrinha, da tia do aniversariante....vulgo: penetra!

Eu queria matar a minha intuição com todas as forças, afinal ele era persona non grata na minha vida, alguém que eu não queria ver de novo.
Digo isso não pelo fato dele ter rasgado a embalagem e não ter ficado com o produto...o motivo é bem maior. Ele não foi muito honesto comigo.
Mas pulemos esta parte...

O que me irritou muito foi o fato de descobrir que além de uma intuição “meia boca” (em relação à mim), eu também não tenho muito respeito às minhas promessas.

Jurei que no dia que eu o encontrasse novamente, iria olhá-lo da cabeça aos pés, torcer o nariz, jogar o meu cabelão para o lado (tipo modelo, sabe?), estufar os peitos pra fora, dar um pivô (isso... aquele giro que as modelos fazem) e sair andando sem falar com ele, ao som de “Tremendo Vacilão” de Perlla, bem naquele pedacinho que diz assim:

"Pra mim já chega
Eu tô bolada
Agora quem não quer sou eu
Não te dou bola
Senta e chora
Porque você já me perdeu..."

Seria o máximo, né?
Ah...tudo bem, admito que foi um roteirinho de terceira, mas na minha imaginação a direção de arte tá massa!

Voltando à realidade, não foi nada disso que aconteceu...

Eis que em menos de uma hora de picanhas e calabrezas, estava eu lá em altos papos com o sujeitinho...acreditem!
E nem estava bêbada para atribuir o meu comportamento ao álcool.

Devo confessar que quando ele me viu, ficou meio sem graça, mas não perdeu a pose... disse que eu estava linda e puxou o primeiro assunto...e nesse momento se instaurou a quebra da minha promessa e a derrota dos meus planos.
Comecei a conversar animadamente, dar risada, atualizar as novidades e blá, blá, blá.
A minha amiga que sabia de toda a história olhava pra mim de longe e me mandava mensagens no celular: “Vc é fraquíssima!”.

Mas eu não sou tão fraca e fácil quanto posso parecer...nem tão difícil!
Não me aproximei por causa dos elogios ou por que eu queria ficar com ele de novo. Me aproximei, por ter visto no rosto e no olhar dele que a vida foi bem mais generosa comigo e que o desenrolar das nossas histórias ao longo desses anos (não vou contar a idade que dei!), foi bem diferente.

Eu estou feliz...e não foi isso que vi no rosto dele, nem no teor da nossa conversa.
Ele não está feliz...(com terceiros, a minha intuição não falha, lembra?)

Desde que percebi isso, a minha mágoa passou e diferentemente do que vocês possam suspeitar, eu não me senti bem.

Tomara que ele volte a ser feliz, como um dia vi que ele foi!
Assim talvez eu ainda possa protagonizar aquela cena digna dos studios de hollywood que descrevi.
E não adianta dizer que é ridícula! O roteiro é esse e ponto final!

sábado, 20 de março de 2010

Quase perdeu!

Não achava estranho todo aquele cuidado que ele tinha com ela, apenas atribuía isso à uma amizade verdadeira.
Jamais questionou o motivo dele ficar olhando ela ir embora e continuar olhando, mesmo quando ela já estava longe.
Não se preocupou em entender por que ele ficava incomodado com a aproximação de novos amigos e potenciais paqueras.

Acreditou que o olhar de decepção quando ela dizia que ia encontrar alguém, era só implicância dele e nunca deu muita importância.
E por que perceberia que ele ficou bêbado, naquele dia que ela contou que estava apaixonada?

Não via o menor problema em deixá-lo saber de todos os seus amores antigos, paixões passageiras e casos atuais, apesar de reclamar por ele ficar impaciente e querer encurtar a conversa.

Achava legal quando as pessoas diziam que ele era lindo e que era um homem sensacional, mas nunca chegou a reparar com profundidade o quanto aquilo era verdade...

Mas um dia, ela se viu pensando nele e então...a ficha e o queixo caíram!
Percebeu tudo e ao mesmo tempo sentiu que era dele o único sorriso para onde ela sempre queria voltar.

Foi uma pena ter percebido isso no meio da madrugada, quando o celular dele estava desligado. Esperou o dia amanhecer acordada e contando todos os minutos...

Pela manhã, correu até a casa dele, parou na sua frente e não soube o que dizer.
Mas ele sabia... e pra quem já tinha esperado tanto, não era preciso que ela falasse nada!

E quem irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá acreditar que uma história dessa aconteceu fora de uma novela das sete?

Mas aconteceu...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Sobre calcinhas

Espeeeerem! Não vão embora, rapazes!
Esse não é um post sobre dicas de lingerie, tendências da estação ou cores indicadas para a sedução.

Pelo contrário, hoje vou trair um pouco o corporativismo feminino e prestar um auxílio luxuoso (uia!) para vocês homens.
Apesar do título, o que abordaremos aqui é um fator comprometedor para uma boa noite de sexo com a sua garota.

As mulheres possuem alguns rituais que precisam ser alimentados e respeitados para que se sintam seguras no momento que antecede a relação sexual.
Um deles, é a peça íntima que ela está usando.

Não se enganem! As mulheres não vivem sempre com aquela calcinha minúscula de rendinha, oncinha, zebrinha, fio dental e toda transparente que você vê quando começa a despi-la no momento especial da noite.

Vou contar um segredo: este tipo de calcinha incomoda muito! Não é nenhum pouco confortável e tenham certeza, o primeiro orgasmo da mulher é quando você tira aquele pedacinho de pano dela.

Partimos desse princípio para concluir que na sua rotina diária, as mulheres procuram usar peças confortáveis...as vezes super confortáveis, leia-se: calçolas.

A calçola não precisa ser necessariamente grande e bege. Elas são maiores do que aquelas utilizadas no pré coito, obviamente, mas o que caracteriza esta peça, é o tempo que ela tem de vida, as avarias e o grau de conforto.

Portanto, agora é a dica, se você convidar uma mulher para esticar a noite em um dia que ela não tenha saído de casa preparada para transar, entenda o motivo do “não”. Ela pode estar com muita vontade, louquinha por você, mas quando lembrar que está usando a calçola rosa com a foto do Bob Esponja na frente, dizendo “Olá, gosto de você”... acordará do transe e dirá um sonoro NÃO.

Ela vai dizer que não é o tipo que vai pra cama no primeiro encontro, que precisa pensar melhor no que quer, que o cachorro morreu...qualquer coisa, mas o motivo real será a calçola que ela não quer te mostrar.

Para embasar o relato, termino com dois depoimentos para que vocês entendam a diversidade do ponto de vista:
Perguntei para uma amiga se ela sairia com um homem com a peça íntima que estava usando naquele momento e ela:
“Claro que não! Tô com uma calçola feia da p#@*#!

Perguntei para o meu amigo e consultor, o que ele acharia se ao tirar a roupa de uma mulher ela estivesse usando uma “calçola” e ele:
“Não teria a menor importância! Ficaria com ela e seria bom do mesmo jeito”

O meu amigo saiu e depois voltou para completar:

“Faz o seguinte...se ela tiver com vergonha da calçola, vai no banheiro, tira e diz que estava sem...funciona muito melhor que qualquer lingerie sensual”

Viu só, meninas?
Os sutiãs já foram queimados lá atrás, quem sabe agora não chegou a vez das calcinhas...e das calçolas?!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Hoje ela olhou para trás

Passaram-se muitos dias, mais precisamente...um ano.
E só hoje ela se permitiu olhar para trás.

Olhou tentando lembrar por que sofreu, chorou e pensou que a vida não teria mais sentido.
Se achou ridícula!
Mas não se viu ridícula por conseguir demonstrar que ama, que é sensível e que lágrimas não são produtos em escassez nos seus olhos.
Se pareceu ridícula por olhar para trás e entender que aquilo que parecia o fim, era apenas o começo e ela não havia entendido.

O que ela achava perda, nada mais era que uma conquista.
Conquista da liberdade dos sentimentos, dos sorrisos soltos e involuntários, da leveza de espírito, do corpo sem tensões, das palavras ditas sem serem medidas, dos sonhos sem sobressaltos, dos dias tranqüilos e da alma menina retornando.

Olhou várias vezes e não estremeceu.
Teve certeza que onde ela estava era o lugar certo e não houve ao menos uma tênue vontade de voltar para aquilo que um dia ela achou ser felicidade.

Felicidade é agora! Nesse exato momento em que ela olha para trás e não vê nada além de uma sombra, ao mesmo tempo em que olha para a frente e vê o sol...mais bonito, quente e convidativo do que em qualquer outro dia de verão.

E ela sorri...sorri mais uma vez, assim como está sorrindo agora...o mesmo sorriso que adormecerá com ela nessa noite tranqüila e cheia de liberdade!


“Que saudade agora me aguardem,
Chegaram as tardes de sol a pino,
Pelas ruas, flores e amigos,
Me encontram vestindo meu MELHOR SORRISO,
Eu passei um tempo andando no escuro...

...e eu cavei como um túnel meu caminho de volta.

E quando ouvir alguém falar no meu nome,

Eu te juro que pode acreditar nos rumores.”

(Temporada das Flores / Daniela Mercury)

terça-feira, 16 de março de 2010

Homens, dívidas e prozac

A saúde emocional da mulher, oscila como a Nasdaq.
Segundo a OMS, as cinco saúdes – espiritual, mental, física, financeira e emocional - devem estar em perfeito equilíbrio para que o ser humano esteja pleno e realizado.

No caso da mulher, esse padrão é um pouco difícil de ser adotado.
Com a saúde emocional vivendo na corda bamba, todas as outras estarão constantemente, por águas, cachoeiras e ladeiras abaixo!
Para tratar desse assunto seria necessário um livro, pois o conteúdo é vasto, meus amigos! Eu diria ainda que além de vasto, também é complexo.

Então deixemos toda essa conversa para algum especialista discorrer, com base nos pensamentos de Sig (Freud) e sigamos adiante.
O que quero falar hoje é um pouco relacionado à este assunto, mas são apenas teorias e reflexões que construo a partir de experiências minhas, das amigas, das vizinhas, das conhecidas..etc.

A situação financeira da mulher, está intimamente ligada ao número de dias que ela transa ou não transa. Assista:

Descobri, conversando com algumas amigas, que a maioria delas estava em declínio financeiro. Tentando detectar o que deu início à bancarrota, foi feita uma retrospectiva no extrato e constatado o motivo das suas contas estarem no vermelho: os homens!

Não! Não estamos em mais uma crise de TPM atribuindo todas as desgraças do mundo à vocês homens. Infelizmente, desta vez a culpa é das mulheres que se envolvem demais e não sabem como administrar a crise financeira depois.

Ocorre que para manter o seu emocional de forma um pouco equilibrada, a mulher precisa lançar mão de alguns artifícios que, fatalmente, envolverá investimentos e a partir disso você vai perceber o que um ser portador de pênis, é capaz de desencadear em uma conta corrente feminina.

Se está solteira, ela acha que precisa ir para todos os eventos onde seja possível prospectar potenciais candidatos, então marca barzinhos, festas, shows, praias, cinema, restaurantes badalados, temakerias e todos os lugares abertos, lotados e com um número relevante de homens que possam ser triados.
Como se não bastasse, o salão precisa estar impecavelmente em dia, afinal uma mulher sem a depilação feita e sem os cabelos arrumados, não estará segura para encarar um primeiro encontro.
O figurino é ponto que merece atenção especial na anãlise da baixa de investimentos. Mulher solteira compra roupa quase toda semana, é a lei da compensação...fazer o quê?
E as lingeries? Se os homens tivessem noção de quanto se investe naqueles pedacinhos de rendas e transparências, jamais teriam a idéia infeliz de rasgá-las no dente!
Final do mês, nos extratos do cartão só aparecem restaurantes e lojas femininas.

Se está comprometida, ela quer inovar!
Compra lingerie sexy (olha elas aí de novo!), muda o visual passando horas no salão, programa uma viagem surpresa para ele como presente de aniversário de namoro, prepara jantarzinhos à luz de velas com o buffêt daquele japonês caríssimo, compra presentinhos diários para que ele não esqueça dela, olha o tênis do rapaz acha que está velho demais e pensa que não custa nada fazer uma gracinha e dar um novo (Ah custa! Custa caro).
Vai conhecer a cobra...ops!... a sogra e quer fazer média levando uma belíssima (e caríssima) orquídea, a irmã dele adorou aquele brinco que você suou para comprar em 12 vezes e, lógico, você não se incomoda de suar um pouco mais e comprar um para ela também.
No final do mês, o ideal é fazer uma avaliação comportamental e sexual do mocinho. Especialistas aconselham que se você equiparar os custos que teve e o benefício não compensar, é coerente partir para novos investimentos.

A última fase da quebra da bolsa (a de couro, não a de valores) e a mais dolorosa é esta: o fim do relacionamento!
Nesta etapa, além de gastar muito, nenhum prazer lhe diverte...nem mesmo o produzido pelo Prozac.
Aqui se investe nas terapias, que apesar de recomendadas uma vez por semana, você quer três vezes ao dia e não se incomoda em pagar por isso. As únicas saídas da cama, são para ir na Saraiva comprar livros de Greg Behrendt e Amiira Ruotola, dvds de Sex and the city e do filme O Amor não tira férias.

E é assim... mas em todas essas fases, por mais que elas olhem o extrato da conta e sinta os prejuízos, tem a certeza que nada incomoda mais do que a falta de um grande amor! Mulheres...todas iguais!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Formando um paredão

Se tem uma coisa que gosto no Big Brother Brasil, é a ferramenta do Paredão.
Pensa bem como é interessante você poder se livrar de alguém que não está agradando e enchendo a paciência, sem precisar dar porrada, arruinar uma amizade, amordaçar ou coisas parecidas...
Pensou? Bom, né?
E o melhor de tudo: sem sentimento de culpa, afinal “é um jogo”.

Me imaginei tendo mérito a esse direito e estruturei um paredão na minha vida real. Comecei a escolher o emparedado, avaliando o que mais me incomodou nas últimas horas.

A minha primeira opção seria um amigo que reclama de tudo e está sempre mal humorado, mas ele está imune...vai fazer o meu imposto de renda.

A segunda opção foi uma amiga e colega de trabalho que senta na mesa ao lado da minha. Hoje cedo peguei a traidora lendo um blog concorrente...ela percebeu o meu olhar 43 fuzilante e saiu da página. Vou liberar só pelo respeito!

A terceira opção é um amigo confidente. Ele não tem me dado muita atenção, mas como não sei viver sem a alegria dele, tenho que pensar em outra pessoa.

A quarta opção é a minha amiga que voltou da lua de mel e fica humilhando a gente só porque agora vai dormir de conchinha todos os dias. Mas ela trouxe maquiagens maravilhosas e uma camiseta do Mickey pra mim...não vou emparedar.

A quinta opção é o meu novo vizinho que todos os dias estaciona o carro na minha vaga alegando que se atrapalhou. Mas Deus me livre daquele espetáculo ir embora do meu prédio... além de não emparedar, vou dar a minha vaga para ele.

Difícil...ainda preciso pensar melhor em quem vou votar. Até domingo, eu defino!

Brincadeiras à parte, admito que o meu paredão foi um fracasso no sentido da decisão! Por outro lado, me senti feliz por não querer eliminar ninguém.
Nem mesmo os que já me fizeram algum mal (de verdade).

Mas acho que algumas pessoas deveriam pensar, seriamente, em exterminar alguns sentimentos ruins que nutrem em seus corações.
São improdutivos, desnecessários e mais nocivos à quem sente do que a qualquer outra pessoa.

Fica o recado e a sugestão para um paredão que elimine em definitivo os dissabores da alma.

Saudade de quem???

Domingão, solzão, cervejão... (chega de merchand!), dia de reunir a galera para matar a sede no buteco.
Se essa é a ordem, seis amigos fazem a sua parte conversando e bebendo animadamente, se despedindo do fim de semana.

Assuntos variados, micos revelados, segredos contados... eis que em um momento percebemos o olhar triste de uma das amigas, perguntamos o motivo e ela disse que era saudade!

Foi compreendida de pronto! Êta palavrinha que dói só de falar!
Ninguém está imune à ela - dissemos tentando animar a amiga.
Todos nós temos “saudades” de coisas, lugares, pessoas, perfumes, sabores...enfim, saudade sempre!

Para quebrar o clima e a vontade que ela estava de chorar, resolvemos ser solidários e mostrar que esse sentimento é normal! Fizemos um joguinho para descontrair: cada um deveria revelar algo que tinha saudade.
Aos que estavam mais alcoolizados, restringimos a resposta à duas palavras, no máximo. Ninguém merece conversa de bêbado triste, né?

E foi assim:

Amiga que já estava com saudade diz: Saudade do meu amor que está viajando e vai demorar muito pra voltar.

Amiga divertida diz: Saudade de transar...aff faz tempo que não faço isso

Amigo meio bêbado diz: Saudade do meu Baêa ganhando um título

Amiga durona diz: Saudade? De nada não...tô bem!

Amigo todo bêbado diz: Poaha...saudade de vocês... a gente tem que se ver mais, cara! A vida passa rápido... (Interrompemos! Ficou estabelecido que ele só teria direito a duas palavras, lembra?)

Amiga que sobrou diz: Saudade de alguém que eu ainda nem conheço, mas sinto!

Todos dizem: Hã?!!

E ela continuou...

Saudade de quem vai chegar pra me fazer sentir saudade! Me dar aquele amasso certo na hora certa e errada, me roubar a respiração com um beijo, me fazer sonhar acordada...alguém que vem usando um perfume Hugo Boss pra deixar o cheiro nas minhas mãos quando for embora...
Saudade de alguém assim...eu sei que tá perto dele chegar, só não sei quando. Ah! Chega logo que eu tô morrendo de saudade!!!

Não houve uma seleção da melhor resposta, mas essa última foi a mais comentada e discutida.

Agora me respondam...
Como posso não ser repetitiva? É óbvio que eu tenho que terminar esse post com Lulu!
Não tem jeito!

“Onde esta você?
É o que eu quero saber
Como se me descobrir
Só dependesse de lhe conhecer

E ainda que não saiba quem é

Lhe vejo andando pela cidade
Desejo é o seu disfarce
Só desconheço o nome e a identidade
Cadê Você?”

sábado, 13 de março de 2010

Paradoxos

Eu que sempre soube que homens complicados e proibidos, cheiram a corações sangrando, me pego aceitando cair na sua armadilha

Eu que sempre fui consciente de tudo o que nos cercava e da sua condição transitória na minha vida, deixei a razão em algum lugar que não lembro e até fiz planos

Eu que nunca fui muito de tomar sustos, perco a respiração todas as vezes que sobe a janelinha do msn avisando a sua presença virtual

Eu que sei o quanto é improvável te ver pelas ruas, me pego indo à todos os lugares sempre achando que vou encontrar seu sorriso

Eu que tenho a minha agenda tão programada e seguida a risca, largo tudo e cancelo até o que é impossível em função de qualquer possibilidade de estar com você

Eu que pensei nada ser possível me fazer esquecer a mágoa e a dor que sentia, vi você chegar e acabar, definitivamente, com toda a minha angústia

Eu que jurei embargo aos encontros rápidos com intenção de saciar apenas desejos carnais, abri mão da minha decisão

Eu que sempre tive homens com padrões esteticamente tradicionais, não consigo lembrar de nada que me encante mais do que o piercing da sua orelha, viajo olhando a sua tatuagem e arrepio com o seu maxilar longe da lâmina por uma semana

Eu sempre contida em algumas situações, me pego até considerando as suas propostas loucas e inconsequentes

Eu que tenho uma trilha sonora para tudo, tentei te deixar fora da playlist e não consegui...mesmo sabendo que a nossa história não passa de um daqueles curtas que o final chega logo e meio sem sentido

Eu que sempre fui fiel à Saturno que joga todos os seus anéis para me prender com os pés bem firmes na terra, me pego andando em trilhos sem nenhuma segurança ou estabilidade

E eu que fiz um pacto comigo mesma de nunca te revelar todas essas coisas... acabo de desertar!

...

“Meu plano era deixar você pensar o que quiser
Meu plano era deixar você pensar
Meu plano era deixar você falar o que quiser
Meu plano era deixar você falar...

...Mesmo sem sentido, sem motivo, sem querer
Andei fazendo planos pra você
Pra você eu faço tudo e um pouco mais...


Largo os compromissos
Deixo tudo ao largo
Você tenta em vão me convencer
Que é melhor não fazer planos pra você

Meu plano era deixar você fugir quando quiser

Meu plano era esperar você voltar...

...Acho que o destino antes de nos conhecer
Fez um plano pra juntar eu e você”

(Meu Plano / Daniela Mercury)


sexta-feira, 12 de março de 2010

Quando uma imagem vale mais que um post

Hoje cedo, uma amiga ligou dizendo que tinha adorado os últimos posts do blog e me sugerindo um assunto para o próximo texto.
Dizia ela: “Fale sobre os sentimentos...da diferença entre o amor do homem e da mulher...da maneira como cada um sente e valoriza a pessoa amada”.

Adorei a sugestão e no primeiro intervalo livre do dia, comecei a escrever.
Como de costume, recorrendo às minhas experiências e também às histórias vividas por amigos que me confidenciam as suas dores e amores.

Depois que escrevi o texto, fui a procura da foto para ilustrar, confesso que adoro esse momento, pois acho que as fotos materializam muito do quero dizer.

Foi quando encontrei a gravura acima, que acredito muitos já terem visto pelas páginas da internet.
Fiquei olhando, olhando, olhando...e pensando quantos caracteres gastei sem proveito para falar de algo tão bem retratado nesta simples ilustração.

Achei a imagem perfeita! Simplesmente dotada de toda a criatividade necessária para traduzir o que livros de auto ajuda, poetas, revistas de variedades, programas vespertinos de apresentadoras maduras e os meus posts (porque não?), jamais conseguiriam dizer.

Parei, reli o texto e mais uma vez acreditei que ele pareceria redundante junto à foto, por isso optei em não publicá-lo, pelo menos não ainda...não hoje.
Deixo que se deleitem na livre interpretação do que tem diante dos olhos.

Tenho certeza que contemplando essa imagem, todos vocês, homens e mulheres, entenderão de forma rápida e sucinta tudo que está por trás de um relacionamento...das brigas, das cobranças, da forma de sentir algumas coisas...enfim, da maneira de cada um se comprometer (esse comproMETER não ficou muito legal, mas não lembrei de outra palavra).

Então é isso...é o que tem pra hoje!!!

O beijo que ela tenta evitar

O beijo que ela tenta evitar...já foi dado muitas vezes!
Não era um simples beijo, era quase uma catarse.

Era acompanhado pelo abraço, pelas palavras no ouvido, pelas mãos sempre nos lugares certos, pela respiração, pela proximidade, mas principalmente por todo sentimento que os envolviam.

Esse beijo que foi dado tantas, inúmeras, incontáveis, incomensuráveis vezes, foi roubado e interrompido por uma dessas mudanças bruscas de humor que o destino tem. Não fosse um substantivo masculino, ela diria que o destino sofre de uma grave TPM e desconta em quem bem entende.

O destino interferiu e os beijos deixaram de existir, mas o desejo não!

Ficou lá em um cantinho do coração! Aquele cantinho que por maior que tenha sido a catástrofe do desfecho, continua intacto preservando alguns sentimentos bons que restaram. Ela não quer que esse desejo acorde, acha melhor que fique dormindo pra sempre, dentro dessa caixa preta.

Mas ele acordou! E todos os argumentos não falíveis que ela tinha, se foram. A aflição na coronária indica que o momento de se deparar com a decisão de dar esse beijo novamente está próximo.

Ela tenta, desesperadamente, lembrar todos os motivos que a fizeram se manter afastada e todos parecem sem força...náufragos.
Desespero total! Pensa, pensa...e continua sem saber por onde ir.

Apela para aquela técnica de repetição que faz absorver o que se está falando e começa:

NÃO QUERO, NÃO QUERO, NÃO QUERO, QUERO NÃO, NÃO, QUERO, NÃOOO...QUERO, QUERO e QUERO!!!

Não deu certo e o ato é falho! Mas algumas coisas Freud explica, outras não.
A blindagem que ela tinha como certa, descobriu que não passa de uma parede de cristal que ao menor sinal, mostrará a sua fragilidade.

Faz o quê? Beija ou não beija?
Ela continua repetindo que (não) quer, não pode e não deve dar esse beijo.
Sabidamente, alguns diriam para ela apostar novamente no destino e nas suas reações imprevisíveis.

Da minha parte, ao contrário de todos os outros posts, não vou esboçar nenhuma das minhas humildes opiniões finais...
Não mesmo!

quarta-feira, 10 de março de 2010

A pimenta do baiano

Alguém já ouviu aquele dito popular que de forma enfática, estabelece uma regra que define o tamanho do órgão genital dos homens? Ele diz o seguinte:

“O tamanho do pé, é proporcional ao tamanho do pênis”

Me pergunto quem foi o desocupado que saiu por aí a medir pé e pinto para saber se as medidas casavam, criando assim esta “verdade” atribuída ao senso comum.
Não sei se a regra é cientificamente comprovada, nem eu terei a audácia de contestá-la, afinal nunca comparei o pé e o pinto de nenhum homem para atestar.

A preocupação com o tamanho do pênis é comum entre os homens. Essa ansiedade pode ocorrer na infância, na adolescência ou na fase adulta. Meninos freqüentemente comparam o tamanho de seus pênis com os dos outros. Piadas e brincadeiras surgem dessas comparações.

As meninas não brincam disso não!!!
A gente nunca perdeu tempo vendo quem tinha a periquita maior ou mais gorda.
Brincadeira sem graça da p...!

Entretanto, este continua sendo um assunto delicado para alguns homens que acreditam que o desempenho sexual deles e a realização de uma mulher na cama, estão proporcionalmente atribuídos ao tamanho do que eles levam entre as pernas.

Afirmo com veemência que isso não é questão eliminatória para nós!
Saber O QUE fazer na cama, é muito mais importante do que ter um pinto grande.
I´m so sorry... mas não vou continuar o assunto e nem gastar caracteres ensinando como um homem deve transar de maneira satisfatória.

O que me fez tocar nesse assunto, foi uma situação que passei esses dias com uma amiga...

Ela me convidou para almoçar no shopping e ajudá-la a comprar um sapato para o irmão dela.
E lá fomos nós! Mas, digamos que o rapaz foge um pouco dos padrões...ele calça 45!
(Pasmou? Posso continuar?)

Então, continuando...de todas as inúmeras lojas que entramos, nenhuma tinha essa numeração disponível.
E em todas elas, não pude deixar de perceber um sorrisinho irônico nos lábios dos vendedores que respondiam: “Desse tamanho não tem não!”
Em uma das últimas lojas, o vendedor deu margens à uma interpretação da sua sexualidade, quando disse meio afetado e empolgado: “Jura que é 45? Tamanho grande tá em falta”!

Cá pra nós, achei que ele ficou com um ar muito pensativo, enquanto saíamos da loja!

Mas agora, me acompanhe no raciocínio...se é verdade mesmo que o tamanho do pé é proporcional ao tamanho do pinto e nas lojas de sapatos masculinos da cidade, não encontramos essa numeração...isto é um sintoma, uma premissa, um princípio, um início de um novo dito popular onde afirmaremos por séculos e séculos, metaforicamente a bem dizer, que:

“A pimenta do baiano não é essa malagueta toda”

Será?
Questão a ser refletida... e patenteada!

terça-feira, 9 de março de 2010

Caindo na conexão errada

Predador diz: e aí gata, blz?
Gatinha diz: oi... tá sumido!
Predador diz: pô..então...umas parada p resolver..sem tempo.
Gatinha diz: aham...te vi num barzinho dia desses
Predador diz: sério? E não falou comigo pq?
Gatinha diz: tentei...mas tinha uma loura que não soltava a sua boca
Predador diz: huahuahua...deve ter sido outro cara
Gatinha diz: só se tivesse um irmão igual ao seu pq ele tb tava na mesa
Predador diz: ...
Gatinha diz: e no mais?
Predador diz: queria te ver
Gatinha diz: esquece...vc eh mto enrolado
Predador diz: claro q não.. só tô sem tempo
Gatinha diz: melhor não... não quero correr o risco de me apaixonar
Predador diz: esse risco é bom
Gatinha diz: só se vc pretender correr o mesmo risco
Predador diz: pior q vc é a pessoa certa no momento errado
Gatinha diz: poxa! q lindo! Essa frase diz tudo.. nunca tinha escutado isso
Predador diz: sim...quero te ver
Gatinha diz: não sei...melhor não
Predador diz: pq? a gente se dá tão bem...vc é linda..adoro a sua companhia
Gatinha diz: ahh...páraaa..rs
Predador diz: é sério, gata...saudade do seu cheiro, da sua boca
Gatinha diz: então só mais uma vez, tá?
Predador diz: fechado!
Gatinha diz: pode ser no sábado?
Predador diz: putz, gata! no findi tô complicado...só posso amanhã
Gatinha diz: mas amanhã é segunda...
Predador diz: então.. segunda é massa, dia tranqüilo
Gatinha diz: não pode ser quinta ou sexta?
Predador diz: tenho bába nesses 2 dias e academia nos outros
Gatinha diz: tá..então tá bom então...
Predador diz: te pego amanhã umas 21h
Gatinha diz: hummm.. vou adorar passar a noite com vc, gato!
Predador diz: veja bem... num vai rolar de dormir...tenho q acordar cedo no outro dia
Gatinha diz: pôoo...que pena!
Predador diz: fica triste não linda, vai ser uma hora só de prazer
Gatinha diz: a gente vai jantar onde?
Predador diz: vamo comer aquela parmegiana lá do motel?
Gatinha diz: pôxaa...vc já quer ir direto pro motel?
Predador diz: Ow linda! É pra gente aproveitar o tempo e ficar mais juntinho
Gatinha diz: aiiii... vc é tão fôfo!!!
Predador diz: heheheh...té manhã então
Gatinha diz: até amanhã meu amor, não vejo a hora de te encontrar pra matar a saudade, ficar abraçadinho e te beijar muito!!!
Gatinha diz: um beijo bem gostoso...manda beijo p mim
Gatinha diz: ei...amor? manda beijo p mim...
Predador diz: (status definido como offline...há cinco minutos)

Se achou nessa conversa? Normal...é um texto quase padrão!!!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Quem disse que é para entender?

Em 8 de março de 1857, um grupo de mulheres tecelãs fazia manifestações pela equidade na profissão. Os patrões reagiram e 130 delas foram trancadas dentro da fábrica e incendiadas. Em 1910, a memória do episódio fez com que militantes dinamarquesas criassem essa data especial.
Portanto esta data não foi escolhida para ganharmos presentes, parabéns e homenagens. Ela tem um sentido maior!
Não justificaria lutarmos tanto pela igualdade e acharmos necessário ter um dia especial apenas para comemorar o fato de sermos mulheres, concorda?

Bom, coincidência ou não, o assunto que trago hoje é sobre a mulher.
Ontem vi uma chamada para o Fantástico, anunciando uma matéria em que eles mostrariam “como entender as mulheres”.
Por conta da chuva torrencial que caiu, faltou luz na minha casa e eu não pude assistir.

Mesmo não tendo assistido, tenho certeza que a matéria deve ter sido um fiasco.
Veja o que me fez tirar essa conclusão:
Como é que os homens querem entender uma coisa que nem nós entendemos?

ATENÇÃO HOMENS: Não entendam as mulheres!
Se entender, perde a graça!

Não entendam...apenas percebam, sintam, aprendam e aceitem.

Percebam que todos nós temos momentos fracos e de tristeza, mas que a mulher não tem vergonha de admiti-los. Percebam que se você elogiar sempre, não vai precisar responder a perguntas bôbas do tipo “Tô gorda?”, “Tô feia?”, “Tô gostosa?”.

Sintam que naquele abraço solicitado por ela, o desejo era esse mesmo...só um abraço! Não precisa descer a mão para a bunda, achando que aquilo será um plus. Sintam quando é importante estar perto e quando é necessário se afastar dela. Mas mesmo afastado, permaneça onde ela possa estender a mão e encontrar você.

Aprendam que aquela história de que temos “um sexto sentido maior que a razão”, procede e é uma verdade incontestável!
Nós sabemos o que vocês fizeram no verão passado, na noite passada, no domingo passado e até o que vocês ainda estão por fazer...simplesmente, sabemos!
E vou além, se você tem ao seu lado uma mulher que acredita em tudo o que você diz e que não intui quando você está prestes a aprontar alguma safadeza...pule fora!
Essa mulher é fake! E falsificação dá cadeia, livre-se dela o quanto antes.

E por fim, mas não menos importante: aceitem!
Aceitem a mulher como um ser superior!
Calma rapazes, não estou afirmando que vocês são inferiores...parem com essa mania de perseguição!
Aceitem a superioridade de um ser que erra e pede perdão e que também é capaz de perdoar erros imperdoáveis.
Aceitem o mau humor lembrando que depois dele vem um sorriso largo e o desejo de levar você até as nuvens.
Aceitem que quando dizemos “eu te amo”, é de verdade...não estamos dizendo só pra te comer. (entendeu a questão da superioridade?).

E se quiserem esquecer todas essas dicas, sigam em frente!
Mas sigam sem querer entender o que não pode ser entendido. Porém, como toda boa regra, esta também tem a sua exceção.
E sendo assim, a única coisa que você precisa entender é que “nem só de cama, vive a mulher”

That's all, guys!

sábado, 6 de março de 2010

Eu podia tá matano, eu podia tá robano...mas eu sou romântica

Sinto muitíssimo contrariar Lulu (o Santos), mas ele não é o último romântico.
Eu também sou! E junto comigo, acredito que tenha uma boa galera, apesar de ninguém assumir, como eu e Lulu o fazemos.

Romantismo hoje é out, barril, uó... e qualquer outras dessas expressões atuais que desmereçam coisas, sentimentos e pessoas.
Chega a parecer preconceito, pois os românticos são tachados como melosos, piegas, dramáticos e sem capacidade de entender o amor livre e banal.

Não é verdade! Em nossa defesa, digo que apesar de românticos, não nos furtamos de viver amores imperfeitos, encontros efêmeros ou até mesmo beijar por beijar, ficar por ficar e entendemos que nem todas as pessoas tem a nossa sensibilidade.

Somos minoria e como toda minoria, temos a inferioridade numérica, mas em contra ponto, possuímos a superioridade de entender com o coração o que os poetas e as canções de amor querem provar.

Ser romântico é isso...entender o amor!

Adorar o pôr do sol, beijar na chuva, os detalhes que marcam a história, o silêncio que antecede o beijo, perder horas olhando a lua, adorar ficar de conchinha, dividir uma rede, ver clássicos com Clark Gable e também as comédias românticas com Hugh Grant...
É ter uma trilha sonora na cabeça todas as vezes que você pensa na pessoa que gosta, é não ter vergonha de amar (e isso é mais difícil do que você pensa!), é sentir saudade e dizer, é ouvir os comentários preconceituosos e continuar sendo romântico mesmo assim.

Para terminar volto à Lulu...ele não deve ser contrariado!
Poucas pessoas falam de amor tão bem quanto esse rapaz...

“...Me dá um beijo, então
Aperta a minha mão
Tolice é viver a vida
Assim, sem aventura...
Deixa ser
Pelo coração
Se é loucura então
Melhor não ter razão...”

E se você quiser assumir que é romântico e se juntar à nós (a mim e a Lulu), bem vindo ao clube!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Aquele AMIGO

Por vezes você não está namorando, não está ficando, não tem a família por perto, não conhece os vizinhos... mas um amigo, mesmo que seja só um, você sempre tem ao alcance.
Amizade é um sentimento muito amplo! Nele você vai inserindo todas as pessoas que conhece, tem afinidade e gosta.

A lista é grande e as sub-categorias também!
Algumas variáveis dão o tom da convivência. Há os que estão mais distantes, mas ainda assim se tornam sempre presentes, há os que você só encontra de vez em quando e parece que nunca se afastou, há os que estão bem próximos todos os dias... enfim, as descrições são extensas e não vou me alongar tanto.

Quero apenas destacar um tipo de amigo: aquele que denomino “Amigo Puta Que Pariu”!!!
Essa espécie não é tão fácil encontrar, mas caso você seja um afortunado e tenha chance de achá-lo...agarre, segure, valorize e nunca, nunca mesmo, sob nenhuma hipótese, duvide de que ele estará sempre ao seu lado.

Entenda que essa definição não desvaloriza os outros amigos, apenas realça as qualidades do Amigo PQP.

Para definir se um amigo entra nessa classificação, é preciso passar por alguns momentos de perrengue, tais como: você olha para todos os lados e não encontra uma solução para os seus problemas, procura um ombro para chorar as mágoas, deseja ardentemente um ser que te ouça e dê atenção para o que você está falando, sente vontade de mostrar todas as suas fraquezas e não precisar fingir que tem sempre o controle de tudo, quer revelar todos os arranhões que tem no seu orgulho e confessar as falhas que sente vergonha de contar para qualquer pessoa, olha o fim do túnel, olha de novo...olha mais uma vez e não consegue enxergar aquela luzinha clichê que te disseram que existia.

E é então nessa parte da história que esse amigo aparece!
Aparece trazendo tudo o que você estava precisando como se fosse a entrega de “Desejos Delivery”... e com um detalhe importante e balizador para todas as conclusões: ele traz tudo isso, sem pedir nada em troca.

É exatamente nesse momento que você olha pra ele e diz: PUTA QUE PARIU!!! Você chegou na hora que eu mais precisava.

Aos meus Amigos PUTA QUE PARIU!! ...dedico o meu mais profundo e sincero EU TE AMO!!!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Onde se ganha o pão...

Pois é, já diz o ditado que “Onde se ganha o pão, não se come a carne”...mas estão comendo...e muito!
Peço desculpas pelo trocadilho grosseiro e licença para abordar um assunto cada vez mais comum no mundo corporativo: os romances no trabalho.

O número de horas que passamos trabalhando, é consideravelmente maior do que o que passamos em outros ambientes, então vamos concordar que chega a ser natural esse tipo de envolvimento. São pessoas que compartilham da mesma network, tem interesses parecidos e a convivência diária acaba gerando uma conseqüente aproximação.

Tudo tem início quando começamos (Sim! Esta que vos fala, também está inclusa!) a ter um olhar diferente sobre aquele colega novo ou até mesmo por aquele que já estava lá há um bom tempo e nunca tínhamos reparado.
Encontros e esbarrões na copa, na copiadora, nos corredores, nos elevadores, no restaurante...olhares compridos e aquelas considerações iniciais:

Ah! Se não fosse casado!..ou..Ah! Se não fosse safado...ou ainda...Ah! Se não fosse viado!

Por mais que você até tente evitar, em algum momento a aproximação será inevitável. E nesse caso, a única ressalva inteligente é eliminar os comprometidos e os chefes...de resto, olhe o crachá para ver o setor e seja feliz.
Muitos dos casos, ficam apenas em uma saída sem compromisso e não segue adiante...nessas situações, a pior parte é o “pós-venda”...encarar a figura na manhã seguinte como se nada tivesse acontecido e se concentrar na reunião enquanto você tem aquela certeza silenciosa de que ele está te olhando e lembrando que viu tudo o que a sua roupa tenta esconder.

Há também os desejos ocultos... aqueles que ficam somente na imaginação e sobrevivem na sua condição platônica.

Contudo, quase nunca a experiência fica somente nos olhares ou em uma única saída...e pode até virar namoro mesmo, daqueles que toda a empresa toma conhecimento, inclusive de quando ele termina.

Aí é que entram as complicações... se envolver é natural, estar junto é bom enquanto dura, mas na hora de terminar, maturidade é imprescindível!!!
Nada de descontar nos outros colegas, clientes e chefe a sua raiva, caso o affair não tenha acabado em comum acordo.
Elegância nesse momento é TUDO! A relação acabou, mas o emprego é o mesmo e contrariando os seus desejos de dar um chá de sumiço para a criatura, ela continuará lá na mesma folha de pagamento que você.

Não tem receita de bolo para aprender a lidar com essas situações, nem antídoto para ficar imune aos desejos carnais (ou seria empresariais?). A dica é entrar com consciência e sair com o bom senso.... palavra de quem já sucumbiu algumas vezes!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Coisas que te disseram

Alguém disse que os seus sentimentos não eram tão importantes
Alguém disse que falar e ouvir “eu te amo” não era necessário
Alguém disse que você tinha ciúmes, quando na verdade o que você tinha era certeza
Alguém disse que estava com você, mas você estava sempre sozinho
Alguém disse que o problema era você, enquanto as provas mostravam o contrário
Alguém disse que você estava sempre triste, mas não notou que roubou a sua alegria
Alguém disse que os seus desejos de beijos e abraços poderiam esperar
Alguém não deixou você falar, esquecendo que opinar é constitucional
Alguém escondeu você... o seu brilho se retraiu e a insegurança se agigantou
Alguém disse que você era por vezes passional demais, esquecendo-se insensível
Alguém disse que cada um é por si e a sua auto defesa tomou proporções perigosas
Alguém esqueceu a sua mão estendida e ela ficou fria e cansada
Alguém disse que paciência era uma condição que não lhe seria dada e você tornou-se objetivo demais, perdendo todos os seus detalhes
Alguém disse que as prioridades eram outras e você tornou-se marginal nesse caminho

Um dia alguém disse tudo isso...e você acreditou!
E desde então, você acha que não vale a pena se doar, que amar dói e que toda pessoa que agora se aproxima é apenas mais um... mais um alguém que vai te fazer passar por tudo isso de novo. A inocência uma vez perdida, torna-se quase impossível de recuperar!

Mas sempre há uma forma de mudar tudo e não deixar que filosofias, conclusões e conceitos ignorantes e mentirosos te impeçam de viver novas emoções.
Seja um desertor e abandone todos os estigmas que tentaram tatuar na sua alma.

Fuja, voe e volte a ser livre!

“Não há vôo mais divino que o da alma”
(Alberto S. Dumont)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Vida Real

Gostaria muito de saber de onde vem a inspiração dos roteiros hollywoodianos no que diz respeito ao amor e aos encontros casuais que se transformam em paixões arrebatadoras.
Para mim, ou essas situações não existem ou eu estou na contramão dos capítulos.

Quando estou na fila do caixa do supermercado, o sujeito que está na minha frente, nunca é aquele personagem dos filmes que seria gentil, inteligente, solteiro, interessante e que me olharia com a cara de quem encontrou a mulher da sua vida.

Vou ao cinema e ao meu lado não senta um homem educado, atraente, que sabe conversar sobre cinema e, gentilmente, se oferecerá para ir comprar uma pipoca, começando assim um encontro romântico e inesquecível.

As minhas visitas ao Solar do Unhão, que é um lugar mágico e cenário perfeito para o início de uma história de amor, nunca terminam com um esbarrão naquele cara que me olharia e, silenciosamente, pensaria que eu era tudo o que ele estava procurando.

Se vejo um homem que faz o meu joelho tremer e o coração disparar...fico nervosa e ouço Lulu cantando bem alto na minha mente “quando um certo alguém, desperta o sentimento..é melhor não resistir e se entregar”... a música é tão alta que acho que ele também está ouvindo, mas ele não ouve... e passa deixando só um sorriso.

Na rua, se alguma coisa cai da minha mão e quando abaixo para pegar, um homem abaixa junto para me ajudar, não há aquele encontro de olhares em que o mundo pára e a voz de Nat King Cole ecoa no ar cantando “When I Fall in love”.

Fim de tarde na praia olhando o pôr do sol e nada... nenhum amor por perto.

Na balada, vários homens... mas nenhum chega com uma frase ou um olhar que o transformaria em alguém especial e diferente de todos os outros.

Na academia...hum!!!...vamos pular esse cenário, não tem nada romântico em homens suados e fazendo careta para levantar peso.

Naquela viagem em que fui sozinha e passei por lugares lindos e bucólicos, não apareceu um homem que mudaria de vez e para melhor o meu destino...

Nos filmes as coisas sempre dão tão certo...os amores são sempre tão perfeitos, os homens sempre tão lindos, a estação do ano é sempre favorável, a trilha sonora sempre emocionante e os finais sempre tão felizes!

Conclusão de tudo: preciso parar de assistir filmes ou então vou achar que a minha vida não passa de um programa de variedades.